#01- Onde tudo começou.

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Meu nome é Kaya Kenobi, ou pelo menos eu acho que é.... Eu nasci em um vilarejo lindo em um planeta chamado Tatooine, a maior parte dele é composta por desertos enormes com temperaturas absurdas dependendo da região onde você está. Eu nasci e passei minha infância toda em Tatooine, porém sem meus pais, perdi eles quando tinha 2 anos, eles morreram em uma das vezes que o império invadiu e tentou dominar a região, com a ajuda de todos conseguimos exterminar os troopers que estavam ali, porém nesse confronto meus pais se foram. Mesmo que acabássemos com os exércitos de clones que vinham, algumas pessoas sempre morriam, e dessa vez, infelizmente foram meus pais.
Fui criada pela família de Din Djarin, antes de morrerem meus pais e os dele eram muito próximos e por isso nós consequentemente nos tornamos inseparáveis, melhores amigos.
Um dia, quando tinha 13 anos, eu me dei conta do tanto que gostava dele, percebi isso pois uma vez fomos ver um Jawa que tinha se perdido de seu grupo, quando nos demos conta estávamos correndo atrás dele de mãos dadas, foi algo que eu nunca esqueci, quando percebemos nos afastamos, eu só queria me enterrar na areia e só sair quando passasse o constrangimento, nunca me esquecerei do sentimento de vergonha mas ao mesmo tempo de querer segurar a mão dele pra sempre. Me peguei pensando nesse episódio que nos aconteceu há alguns dias atrás, mas isso me distraiu por pouco tempo, depois passei o dia todo pensando se eu falaria ou não pra ele como me sentia e se sim o que eu iria falar, até que finalmente criei coragem para falar tudo o que sentia por ele, Din Djarin.
Como todo fim de tarde fomos para um ponto alto do vilarejo para apreciar o pôr dos sóis, era o momento perfeito, estava um lindo fim de tarde o céu alaranjado com os sóis se escondendo atrás das enormes dunas de areia, encerrando mais um dia em Tatooine. Estávamos apenas aproveitando a companhia um do outro enquanto liamos nossos respectivos livros, ele lia sobre Mandalore, Din sempre achou incrível a ideia de existir um planeta repleto de guerreiros provavelmente um dos mais admirados da galáxia por suas habilidades em guerra, os Mandalorianos, e eu como sempre lendo os ensinamentos Jedi, mesmo tendo muita pouca esperança da força ser forte comigo sempre lia para tentar me aprofundar e aprender mais sobre os maiores e mais poderosos de todo o universo antes do império. Horas se passaram e agora as Luas de Tatooine já estavam altas no céu "Uau já passou horas e eu ainda não falei nada" pensei comigo mesma, então apenas soltei um simples
-Sei que vai soar estranho o que eu vou dizer, mas eu gosto muito de você Din... De verdade.
Ele olhou e apenas sorriu, me perguntei se ele estava achando ridículo o que eu disse ou se apenas não sabia o que dizer, quando ia começar a me explicar e pedir desculpas, pois no momento que aquelas palavras saíram da minha boca eu já tinha me arrependido, a mãe dele nos chamou para entrar pois já estava ficando bem frio.
No dia seguinte era meu aniversário, acordei, e não ouvi nenhuma conversa como sempre ouvia nos finais de semana, pois os pais de Din sempre saiam para trabalhar bem cedo, então olhei para a cama ao lado, mas não vi Din. Pensei que o encontraria na cozinha já tomando seu café da manhã, então me troquei e fui direto para lá, onde novamente, não encontrei nada além de um bilhete escrito a letra de Din, e dizia: "Não irei demorar".
Então terminei meu café e fiquei lendo no sofá da casa, que era uma espécie de iglu de areia construído pelo pai de Din, casas assim eram muito comuns em Tatooine.
Esperei por horas e nada, até que escuto a porta abrir e era ele segurando uma pequena caixa em suas mãos, quando eu abri era um colar lindo com uma corrente de couro fina, e de pingente o que parecia ser uma lasca de cristal branco eu olhei em seus olhos, estava quase chorando de alegria, Din nunca foi de falar muito, mas apenas de estar com ele ja me fazia feliz, ele disse um simples:
-Fiz um igual para mim também, e com esse colar eu prometo nunca te esquecer...
Eu me senti especial, com ele ali naquele momento, eu estava feliz depois de 7 anos sofrendo por causa dos meus pais, mas é como dizem a alegria dura pouco... Quando Din ia continuar a falar seus pais entraram gritando em desespero na casa, escutei gritos e tiros vindo de fora da casa, "troopers!" pensei, mas eram muito piores que troopers, quando olhei para a porta vi que eram droids imperiais, provavelmente novas armas e mais "eficazes". Estavam acabando com toda a pequena vila que eu tanto amava, estava desesperada. Os Pais de Din tiraram ele de casa e o colocaram em um pequeno compartimento no chão do lado de fora da casa para tentar deixa-lo a salvo, nós sempre ficávamos ali quando as tropas imperiais invadiam, mas dessa vez eu não corri a tempo, eu não pude dizer adeus. Vi os pais de Din morrerem e não pude fazer nada. Naquele dia eu jurei para mim mesma que iria buscar vingança, por tudo. Eu estava me aproximando do compartimento para ver se Din estava bem, mas uma mão com luvas pretas de couro puxou meus braços e eu apaguei.
Não pude abraça-lo e dizer que íamos sair dali juntos, não pude pedir desculpas de não estar ali pra ele...
Não pude dizer adeus.

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