Segundo capítulo - Pôr do sol

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Ao abrir os olhos, Hange continuou, por alguns segundos, inconsciente, enquanto suas pupilas se ajustavam aos tons outonais do cenário em sua visão

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Ao abrir os olhos, Hange continuou, por alguns segundos, inconsciente, enquanto suas pupilas se ajustavam aos tons outonais do cenário em sua visão. Com a cabeça virada para a esquerda, ela tinha o vislumbre das árvores com suas folhas chamuscadas por um dourado vibrante, além de mais ao fundo, ter a visão de um céu pintado de laranja, tendo nuvens perfuradas pelos raios do sol que saudava um breve adeus na linha do horizonte, timidamente, atrás das árvores.

Sua cabeça era ocupada por um branco, até uma dor aguda trazer de volta seus sentidos. A tenente se levantou do tronco ligeiramente, assustando-se ao se encontrar acima de galhos finos no meio de uma floresta. Hange virara sua a cabeça freneticamente para todas as direções, não apenas com o intuito de ver algo, mas sim, de alguma forma, acordar dessa ilusão de ótica. Entretanto, outra pontada de dor era despertada em seu abdômen, ganhando a atenção da mulher. Ela se surpreendeu ao ver sua camisa, que fora limpa para seus padrões nada exigentes de limpeza, completamente manchada de marrom e carmesim. Além da coloração, sua barra estava completamente rasgada, revelando um pouco das faixas que cobriam seu busto, além de bandagens ao redor da cintura, esse último detalhe era completamente novo para Hange.

Seu cérebro buscava lembranças, enquanto ela esfregava suas têmporas com as pontas dos dedos. Todavia, um farfalhar vindo de cima, destrói sua concentração.

– Levi! – Hange parecia ter visto uma assombração, Levi estava pendurado pelos ganchos do DMT, a sua frente, com os braços cruzados acima do peito, encarando-a com indiferença. Mas por que diabos ele estaria ali? Por que eles estariam ali? Mais uma vez... Sua linha de raciocínio é quebrada.

– Vejo que acordou. – Ela balança sua cabeça num movimento rápido, afastando a neblina que cobriu sua mente.

– Ah, sim... – Ela engasga as palavras, graças a confusão que sentia. – Por que... Por que eu estou aqui? – Uma outra pontada vem de seu abdômen, arrancando um gemido baixo, a medida em que ela levara sua mão acima das bandagens, esfregando a região.

– Tch. – Levi não se impressiona com sua falta de memória, já era esperado que algo assim ocorresse, pois anteriormente a tenente esteve numa condição de grande instabilidade. – Como está se sentindo?

– Hã... Bem, eu acho. Mas Levi, você não me-. – Antes que ela pudesse cobrar sua resposta ou fazer 50 perguntas adicionais, o soldado decide a falar novamente.

– Estávamos em missão, se lembra disso? Expedição.

– Ah... Sim. – Hange medita. – Eu estava com um baita sono assim que me juntei a tropa em frente ao portão. – Ela ri ao se lembrar de sua situação antecedente, onde seus olhos mal se abriam, e baba escorria do canto de sua boca, enquanto sonhava com titãs. O grito de Shadis seguido pelo estouro dos cascos, acorda Hange de seus devaneios. ­ – Eu passei a noite inteira planejando um meio de capturar um titã. Estava tão ansiosa para a expedição, ainda mais tendo um soldado tão forte como membro oficial, pensei até que se trabalhasse comigo para realizar isso, teríamos sucesso. – Seu sorriso era arregalado, Hange piscava os olhos para ele, como uma criança após fazer um pedido estranho aos pais, porém em seu caso, não era um pedido, e sim uma sincera confissão.

Um ao outro - LevihanOnde histórias criam vida. Descubra agora