Nono capítulo - Disfuncional

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Apesar do clima outonal, o calor não perdoou

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Apesar do clima outonal, o calor não perdoou. A caminhada seguiu cansativa como nunca e os soldados se arrastavam em passos lentos acima da muralha. Levi nem sequer calçado estava, seus pés se queimaram sobre a plataforma rochosa, quando o sol forte apontou sobre eles. No entanto, ele não reclamou, preferindo ignorar a própria dor e seguir em frente até o sol se pôr.

Se o trajeto fosse feito a cavalos ou até mesmo sobre um clima ameno, eles chegariam ao próximo distrito antes do anoitecer. Mas a lentidão ocasionada por bons fatores, atrapalhou os planos de Hange, que por sinal estava silenciosa. Foi Levi quem iniciou alguns assuntos durante o dia, como: reclamações sobre a situação de merda deles; a cara do Erwin quando os visse; ou sobre como ter cavalos tornaria as coisas mais fáceis.

Levi observava o quanto Hange andava próxima a borda, aparentemente verificando os titãs, que apareceram com mais frequência do que no próprio território deles. Eram muitas as dúvidas na mente de ambos, o soldado estranhou Hange não tocar no assunto, dizendo como era tudo intrigante, mas como ela havia dito: sua cabeça estava explodindo. Mesmo em silêncio, a mente dela trabalhava.

O luar, antes escondido entre as nuvens, tornando o espaço escuro, emergiu. Banhando os viajantes com sua luz difusa. Era uma noite de lua cheia, então mesmo sem uma tocha era possível ver com nitidez a vegetação há cinquenta metros abaixo deles.

Levi se distraiu por um momento, olhando para a lua, quando acidentalmente colidiu com as costas de Hange, que para sua estranheza, estava parada, olhando para baixo. Seguindo o olhar dela, ele percebeu então, uma pequena vila.

— Ei, Hange... — O prolongado silêncio e observação o incomodou.

— Podemos procurar suprimentos. — propôs.

— Quatro-olhos... Não me parece uma boa. — Virando-se para ele, devido seu tom indicativo. Ela seguiu a ponta do seu dedo percebendo um titã há alguns metros da vila.

— Então eles não dormem...— disse em tom de indagação.

— Talvez ainda esteja cedo. — teorizou Levi.

— Sim. De qualquer forma, eu preciso ir lá. — Levi arregalou os olhos, pensando sobre como ela não tinha limites, ele puxou a manga da sua camisa, inconscientemente.

— Quatro...

— E nem venha me impedir! Você faria o mesmo se estivesse com o DMT. — Ele abaixou a cabeça, apertando os lábios.

— Você tem quantas lâminas? — perguntou.

Hange olhou para o suporte, e então o respondeu: — Apenas uma. — Levi engoliu em seco, dando as costas para ela e cruzando os braços. Ele estava inseguro pela mulher.. — Mas tenho um bom gás, troquei o tanque durante aquela noite.

Hange virou-se para encarar suas costas, percebendo seu provável aborrecimento, ela suspirou.

Levi não estava aborrecido, embora estivesse infeliz com a ideia dela se arriscar novamente, ele estava confuso demais consigo mesmo, preferindo limitar-se em respondê-la, não deixando transparecer tanta preocupação. Eles se conheciam há um ano, e o fora o bastante para concluir que Hange, apesar de imprudente, era otima em campo, não era atoa que a mulher estava numa patente alta.

Um ao outro - LevihanOnde histórias criam vida. Descubra agora