Eu realmente odeio essa tipoia, meu braço já está melhor não precisa disso, com esse treco preciso ficar pedindo ajuda toda hora pra Marco e eu odeio depender dos outros, ele tem as coisas dele pra fazer sei que ele não se importa de me ajudar mais ainda é chato, hoje é dia de jogo e Marco já saiu eu disse pra ele que eu pegava um táxi depois e ia pra lá, mais ainda estou tentando pôr a calça sem me jogar no chão meu braço ainda dói e se eu continuar forçando mais vai demorar pra eu tirar isso.
Depois de muita luta consegui me arrumar sozinha estava trancando a casa para poder sair e chegar o mais rápido possível pra não pegar um lugar ruim, pois não ia ficar na área vip se eu podia gritar que nem louca no meio do povo.
Cheguei no estádio faltava vinte minutos pra começar o jogo mandei uma mensagem pra Marco avisando que cheguei mesmo sabendo que ele não iria ver agora, me ajeito na fileira que comprei o ingresso esperando a partida começar, sempre fico ansiosa e nervosa por Marco sei que ele vai dar o melhor dele mais ainda sim fico nervosa.
O primeiro tempo do jogo tinha acabado, fui comprar algo pra comer estava morta de fome e Marco não sabia o que íamos comer depois do jogo hoje, fui até a loja de conveniências e comprei um cachorro quente e um refrigerante o problema era andar com tudo isso e não derrubar nada, de raiva peguei e tirei a tipoia do braço já não estava doendo tanto só doía se eu fizesse muito esforço o que carregar um refrigerante não era, voltei ao meu acento e comi tranquila.
O segundo tempo do jogo começou e eu já estava aflita no primeiro tempo eles perderam duas oportunidades de fazer gol e agora estavam com a defesa muito aberta dando brecha pro outro time fazer gol e eu estava ficando puta da vida com isso, graças ao bom Deus alguém abriu a cabeça do número sete que saiu em perfeita sincronia com Marco e fez um gol lindo dando até vontade de chorar de alegria o resto do jogo foi arriscado para o outro time mais conseguimos terminar ganhando mesmo que só com um gol, espero a maioria das pessoas saírem pra poder sair e enquanto isso mando mensagem pra Marco avisando que estou saindo agora daqui e vou direto pro estacionamento, guardo o celular no bolso e seguro a tipoia na mão porque não consigo por sozinha de volta.
Fico esperando Marco na frente do carro dele e mexendo no celular quando escuto vozes vindo na minha direção olho pra cima e vejo Marco vindo na frente e acho que os quatro amigos dele estão parados olhando enquanto ele vem até mim, creio que não conseguem ver muito já que estou no escuro aqui.
- Por que tirou a tipoia? - Marco diz olhando feio e pega da minha mão pra por em mim, reviro os olhos.
- Estava me irritando e eu não conseguia equilibrar comida e refrigerante com a tipoia então tirei. - Dou de ombros.
- Falta pouco pra você tirar isso já. - Ele termina de pôr e dá um beijo na minha testa.
- Vamos? Estou morrendo de fome...
- Você não comeu agora pouco?
- Faz quase uma hora, deu tempo do estomago esvaziar. - Digo batendo no ombro dele.
- Ei eu só disse, não precisa me socar.
- Para de drama nem doeu.
- Não foi em você. – Ele diz com um bico emburrado
- Não foi em você – Eu imito sua voz, e dou um selinho no seu bico emburrado.
- Vamos logo.
- Tá. - Ele diz se virando pra acenar pros amigos e entrando no banco do motorista.
Marco estava dirigindo em outra direção sem ser nossa casa, tento localizar na minha mente esse caminho mais não acho nada, tudo bem que minha mente nem é lá essas coisas mais as vezes ela funciona, tentei de novo e nada, não estamos indo para casa do Gilberto e nem para o restaurante que sempre vamos, resolvo então que vou perguntar.
- Baby, onde estamos indo? - Marco se vira rápido para mim e abre um sorriso e sei que ele está aprontando.
- Já que a gente chega.- Diz com um sorriso brincalhão.
- Mas, aonde?
- Você já vai ver.
- Sabe que sou cardíaca e ansiosa né? - digo começando um drama fingido.
- Para de graça Amor. – Ele diz rindo;
Marco continua dirigindo prestando total atenção na rua e quando estaciona o carro vejo que estamos numa espécie de jardim eu acho, ele abre a porta pra mim e eu desço agradecendo-o pelo gesto, já são quase nove horas da noite e está um calor daqueles, nada se compara ao do Brasil, mas faz eu querer ficar na água o dia inteiro, vejo que Marco pega uma cesta no banco de trás do carro e me pergunto como não vi isso o caminho todo.
- Era pra gente fazer isso de dia, mas meus planos foram por água abaixo e então eu pensei por que não a noite, sei que você sente fome a qualquer horário, mais não é esse o ponto e sim que eu queria fazer algo legal fora da nossa rotina de sempre.
Fico boba toda vez que Marco tenta se expressar e acaba se embolando, acho uma coisa muito fofa nele e esse piquenique sem dúvidas será o melhor que eu vou ter em toda minha vida.
- Nosso primeiro encontro oficial? - Pergunto e ele assente sem jeito.
- Bom, acho que não tinha como ser melhor. - Digo dando um beijo na bochecha dele.
Entramos no Jardim que era realmente bonito tem uma fonte de água no meio dele e em volta é todo esverdeado com árvores lindas, Marco pega uma toalha de dentro da cesta e coloca bem debaixo de uma árvore onde de frente conseguimos ver as estrelas, ele arruma todas as coisas no lugar e nos sentamos para comer e ficar conversando.
- Você não acha tudo isso muito doido? - pergunto olhando para o céu.
- É realmente insano.
- É tudo tão perfeito que jamais perderia um segundo não olhando o céu. - Marco tira as coisas que estávamos comendo e coloca de volta na cesta, ele se deita de um lado e eu do outro e ficamos de mãos dadas olhando pro céu naquele silencio que só nós dois entendíamos e que era bom, nosso momento de paz com a gente mesmo e eu amava compartilhar com ele, uma estrela cadente passa no céu e eu falo.
- Rápido Marco um pedido. - Ele ri e fecha os olhos depois abre e continua em silencio.
- O que pediu?
- Sabe que se eu contar, não se realiza né.
- Por favor peço como se fosse uma criança naquele momento.
- Não. - Marco me vira pra ele e antes que me beije ele sorri e eu juro que me derreto toda com esse jeito dele.
Passamos mais um tempo conversando sobre coisas da vida e um futuro nosso, fomos embora um pouco depois das onze e posso dizer que esse sempre será o meu dia favorito pro resto da vida.
O resto do fim de semana não demora a passar, visitamos o pai e o irmão de Marco e ficamos praticamente o domingo todo lá, joguei com ele e o Igor, demos muitas risadas e terminamos nosso dia juntos no sofá assistindo filmes clichês que ele pode até não admitir mais ama esses filmes.
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Can't help falling in love with you - Asensio e Yara
Fiksi PenggemarUm romance desenvolvido para amolecer os corações dos iludidos, segue aqui uma história de amor ficctícia onde dois jovens se apaixonam e vivem felizes.