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  Elis não se importou com o nome da escola de magia grega ao qual o diretor disse que ela estudava, ela apenas seguiu para ao banco ao qual um chapéu extremamente esquisito seria colocado em sua cabeça para decidir a sua casa. O que isso significava? Ela não fazia ideia. Era difícil para Elis ter que fingir que era uma adolescente bruxa de 14 anos, já que ela estava acostumada com sua forma divina a tanto tempo que ela nem se lembrava.

  Ela escolheu uma aparência que para os bruxos era lindíssima, mas que para ela era uma versão extremamente modesta de sua forma real. Ela manteve os cabelos castanhos e curtos, diminuiu um pouco de suas curvas para se parecer realmente com uma adolescente, escondeu suas asas e manteve seus olhos azuis. A cada passo que dava, conseguia sentir quem gostava de quem ali, até que reparou na mesa em que todos vestiam vermelho e logo reconheceu Lily e James.

Ela precisava ir para aquela mesa, mas... Qual era o nome da casa mesmo?

Assim que se sentou no banco, o chapéu foi colocado em sua cabeça e soltou uma risada.

  — Uau, nunca vi algo assim antes.— O silêncio reinou por um tempo, o chapéu toda hora ponderando.

  — Me bota na mesa vermelha, me bota na mesa vermelha...— Ela sussurra, cruzando os dedos com esperança.

  — Então você quer ir para a Grifinória? Não acho que você ia se dar muito bem lá.— Mais alguns minutos se passaram até que o chapéu tornou a falar.— Tudo bem, então é melhor que vá para a LUFA-LUFA!

Ela ficou extremamente confusa. Lufa-Lufa? O que era Lufa-Lufa? Quando suas vestes se tornaram amarelas, ela percebeu que não havia sido selecionada para a casa que precisava ir, a fazendo amaldiçoar o chapéu milhares de vezes em sua cabeça enquanto seguia para a mesa. Quando ela se sentou, começou a reparar nas outras casas, até que seu olhar caiu nos estudantes que vestiam verde, mais especificamente em um.

Ele era bem parecido com um rapaz da mesa vermelha, mas parecia ser mais reservado. Os olhos eram claros, o cabelo era escuro e cacheado, mas um pouco mais curto que o do outro menino que ela viu. Era um pouco mais magro também, seu semblante era mais fechado e não parecia ser de muitos amigos. Ele era muito lindo, Elis até se impressionou com o quão lindo ele era. Não demorou muito e ele reparou na jovem grega, retribuindo o olhar para ela.

  — Ei.— Um jovem lufano acorda Elis de seu transe com o rapaz, fazendo-a voltar sua atenção para o rapaz.— Você é grega né?

  — Sim, sou.— Ela sorri, o sotaque grego predominando no seu inglês.

  — Mas por que o seu sobrenome é romano?

  — Bem... meus pais amam mitologia, e... e como a mitologia romana era quase a mesma coisa que a grega, eles colocaram meu nome assim. Por isso tenho Venus no nome.

  — Você tem irmãos?

  — Sim, tenho um irmão gêmeo.— "E devo ter mais uns mil irmãos perdidos por ai." Pensou ela.

— E cadê ele? É um trouxa?

O sangue de Elis ferveu. Como eles ousavam chamar Eros de trouxa?

  — Você chamou o meu irmão de que?

  — Trouxa, um não mágico. Como vocês chamam eles na Grécia?

  Elis se acalmou e tornou a explicar as coisas para os lufanos, mas sempre trocando olhares com o garoto da mesa ao lado.

—>❤︎︎<—

  Os marotos entraram na comunal conversando e rindo muito. O jantar havia ocorrido muito bem, o assunto do momento sendo a aluna grega transferida.

𝑪𝒖𝒑𝒊𝒅 𝑬𝒓𝒓𝒐𝒓𝒔- Regulus BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora