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Os Black necessitaram de viajar novamente, deixando Sirius e Regulus sozinhos em casa. Obviamente, Sirius pulou de alegria e chamou seus amigos para sua casa e para mostrar sua mais nova aquisição: uma bateria. Já Regulus se sentiu ainda mais sozinho do que antes. Apesar de aliviado, Sirius era sua única companhia naquele enorme casarão, e com seus outros amigos ali, ele se sentiu excluído, mesmo com Remus tentando integra-lo no grupo.

Ele não tinha amigos de fato. As pessoas as quais ele era próximo em Hogwarts era por pura influência de seus pais e da ideologia doentia deles. Ele sentia repulsa quando conversava com eles, sentia vontade de gritar o quanto aquilo era errado, mas se continha. Ele tinha de dar orgulho aos seus pais, mesmo que não fosse da forma que ele gostaria. A única pessoa a qual ele realmente teve algo que gostasse foi Elis. As poucas conversas que eles tiveram foram as únicas que não fez Regulus sentir nojo ou qualquer outro sentimento de repulsa, o que ele não estava acostumado.

Uma pena que na solidão que era sua casa, ele não podia ter essas conversas.

Ele estava na varanda de sua casa, encarando os grandes prédios e casas enquanto o sol raiava. Ele adorava ver tanto o raiar quanto o por-do-sol, adorava ver o céu no geral. Para ele, olhar o céu lhe incentivava a continuar com a vida, mesmo que ele quisesse se manter no escuro da noite. Ele começou a cantar baixinho enquanto sentia a brisa fria da manhã balançar seus cabelos e corar as maçãs de seu rosto, inspirando o ar fresco antes de suspirar e seguir para o café da manhã.

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As aulas retornaram para os estudantes de Hogwarts, todos seguindo em direção a sua cabine. Elis escolheu uma cabine mais vazia, queria poder apreciar a viagem sem conversas em sua mente. Se sentou perto da janela, os raios de sol abraçando seu corpo quando a mesma se sentou ali procurando uma fonte de calor extra. Ela só não esperava que um rapaz entraria em sua cabine de repente.

— Com licença, tem algum lugar sobrando aqui?

— Ah, claro. Fique a vontade.

O rapaz se sentou e logo sacou um caderninho junto de uma pena, começando a escrever algo com uma expressão serena. Elis reparou no rapaz. Não parecia ser dali, tinha olhos âmbar que contrastava com seu cabelo dourado escuro. Ele se parecia com Remus de certa forma, no entanto, não possuía nenhuma cicatriz e era mais magro que o licantropo.

  — Desculpe interromper, mas você não parece ser daqui.

  — Ah, eu realmente não sou.— Ele tira os olhos de seu caderno e sorri para ela.— Me chamo Arthur Sparrow, e você?

  — Elis Venus. De onde você veio?

  — Eu vim da Espanha, e você?

  — Grécia.— Elis disse com suavidade enquanto analisava o rosto sereno, até que seus olhos caíram em seu caderno. Ela reparou na caligrafia do jovem, parecia... familiar a ela.— Você gosta de escrever?

  — Ah sim, eu amo escrever, especialmente poemas. Quer ler um?

  — Se você não se incomodar.— Ele sorri e entrega a ela um de seus poemas. Era uma poesia linda, ela não podia negar. Transmitia certa tristeza e melancolia de um amor não correspondido. Quando acabou, ela olhou novamente para Arthur.— Uau, eu... estou impressionada com o seu talento.

  — Ah... obrigado.— O jovem diz tímido e guarda seu caderno.

  — Desculpe me intrometer, mas... alguém quebrou seu coração?

𝑪𝒖𝒑𝒊𝒅 𝑬𝒓𝒓𝒐𝒓𝒔- Regulus BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora