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Elis havia retornado ao Olimpo, sendo bem recebida por sua mãe e irmão. Apesar da saudade, o dever a chamava e logo tornou a juntar almas gêmeas junto de seu irmão. Para sua surpresa, ela começou a imaginar como seria o próximo ano em Hogwarts, será que as pessoas mudariam muito? Será que os professores mudariam? Será que ela conheceria mais pessoas? As perguntas rodavam em sua mente até que chegou no lago encantado.

  Ela resolveu dar uma checada em James e Lily através do lago, mas não tinha nada anormal acontecendo. Lily vivia bem com seus pais, apesar de sua irmã a infernizar sempre. James vivia bem durante as férias, seus pais pareciam ser bem amorosos e ele sempre mantinha contato com seus amigos. Elis viu que não tinha nada com o que se preocupar durante as férias, mas logo surgiu a curiosidade de ver como os outros estavam.

— Elis!— Ela escuta uma voz a chamando, logo reconhecendo o tom arrogante e o brilho exageradamente cegante vindo do Deus do Sol.

  — O que quer, Apolo?

  — Vim lhe ver, parece que todos resolveram te atarefar após o seu retorno.— Apolo profere, puxando a mão da deusa até seus lábios, que logo a puxa de volta para a lateral de seu corpo.

  — Eu já lhe disse para me deixar em paz.— Elis se virou para sair, no entanto, Apolo a puxa, trazendo seu rosto para perto de si. Um sorriso arrogante brotava em seu rosto, olhando para os olhos azulados da deusa.

— Eu jamais irei desistir de ti, pequena arqueira.— Ele sussurra, mas em segundos, seu sorriso da lugar a uma expressão de choque ao receber um tapa no rosto. O rosto esculpido do deus continha agora uma mancha vermelha e ardente em uma de suas bochechas. Após o choque, se deparou com a deusa saindo apressada e furiosa do local, abrindo suas enormes asas e voando para longe.

—>❤︎︎<—

  Viver com os Black era um inferno, mas Regulus tentava ao máximo não transparecer isso. Ao contrário de Sirius, ele não queria causar problemas com seus pais, já que os mesmos não descontavam suas frustrações em cima dele... não todas.

  A cobrança que ele recebia era enorme. O fardo de ter que ser melhor que o seu irmão, ter que fazer o papel do primogênito da família e herdar a nobre casa Black era algo que ele com certeza não estava preparado e muito menos tinha mental para isso, o que o corroía demais por dentro. Seu único alívio era quando os pais viajavam e ele podia ficar ali, sozinho com o monstro e com seus tão amados instrumentos musicais. Regulus era um amante da música, mesmo que esse amor começara de forma forçada por sua família. Amava fazer os acordes do violino transmitirem tudo o que ele sente, cantar enquanto as notas do piano o acompanham em uma sintonia quase perfeita era como terapia para ele.

Uma coisa que ele se perguntava era como Elis estava. Ele imaginava o quão cansativo deveria ser viajar da Grécia até a Grã-Betanha, a tamanha saudade que ela deve ter sentido de sua família e amigos. Ela era uma jovem agradável, apesar de bastante temperamental. Ele gostou de tê-la por perto, ela era uma boa companhia para conversar, olhar as estrelas e para estudar.

Regulus seguiu escada acima determinado a ter notícias dela. Quando entrou em seu luxuoso quarto, se dirigiu a sua bancada de trabalho, retirando um pedaço de papel de sua gaveta junto do tinteiro e da pena.

  " Cara Elis,

  Imagino que quando esta carta chegar a ti, provavelmente nem se lembrará de seu remetente. Mas caso ainda lembre de mim, gostaria de saber como você está. Como andam as coisas ai na Grécia? Está conseguindo treinar os feitiços que lhe ensinei ano passado? Espero que sim, já que quero fazer questão de ver seu desempenho no próximo ano letivo.
Atenciosamente,

R.A.B."

  Assim que a pena repousou no tinteiro, Regulus releu a carta que havia escrito. Estava com medo de ser invasivo demais ou de não ter sido educado o suficiente, mas agora não teria como voltar atrás. O pouco de tempo que havia estado com Elis fora o suficiente para ele continuar a manter por perto, apesar de serem apenas conhecidos. Assim que viu sua coruja voar os céus nublados, suspirou ao pensar em quanto tempo sua resposta demoraria a chegar.

—>❤︎︎<—

  Na calada da madrugada, Elis resolveu se esgueirar nos tetos ingleses, sentando nas telhas e observando as estrelas. As penas de suas asas roçavam a cerâmica molhada pela chuva enquanto a brisa suave da noite lhe abraçava. Seu arco não estava a vista, aquele momento não era para ela fazer novos casais, aquele era um momento de reflexão dela, um dos vários que ela faz a milênios. Cada ponto brilhante lhe lembrava uma época de sua vida.

E um amor também, mas esse detalhe ela omitia.

Foi então que ela viu uma coruja vindo em sua direção, o que ela achou estranho, mas logo percebeu um pedaço de pergaminho em suas garras.

— Não sabia que o correio bruxo alcançava divindades.

Assim que a coruja pousou em seu ombro, ela soltou uma risada nasal e se pôs a ler o conteúdo da carta. Ela se surpreendeu em reconhecer a letra de Regulus, ao ver que ele queria notícias suas. Ela amaria lhe dar notícias, mas dizer como juntou mais de mil almas gêmeas todos os dias não seria algo muito bom para seu disfarce. A coruja estava ficando entediada, mas quando ia alçar voo, sentiu um dedo lhe impedindo.

— Espere.

Em um piscar de olhos, Elis havia invocado um pergaminho e pena, escrevendo um breve recado e entregando para a coruja.

— Entregue para Regulus Arcturus Black.

Ela observou cada bater de asa da ave, admirando a plenitude do movimento e a suavidade de suas penas. Com um suspiro, Elis se levantou e abriu suas asas, sentindo o vento lhe abraçar novamente e alçar voo no céu noturno.

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Oiie

Sumi ne? Desculpa por isso ksksksk
Bem, estou off por conta que está acontecendo muitas coisas em minha vida e que ainda estou assimilando e organizando, mas não é nada ruim, não se preocupem.

Votem e bjs ♥️

𝑪𝒖𝒑𝒊𝒅 𝑬𝒓𝒓𝒐𝒓𝒔- Regulus BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora