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  Elis concluiu depois de duas aulas de feitiços: Ela era péssima nessa matéria. Por que os bruxos faziam feitiços com um pedaço de madeira sendo que era só utilizar as mãos? Pronunciar aquelas palavras era inútil, mas ela tentava se adaptar ao máximo. Observava Lily e James de longe e concluiu que deveria fazer com que Lily se apaixonasse por ele, já que ela conseguia ver que ele já estava apaixonado por Lily. Ela só precisava agora fazer com que a ruiva se apaixonasse por ele e sua missão estaria cumprida.

Ela sentia muita saudade de seu lar. Cada dia que passava, mais ela sentia falta de pirraçar seu irmão, de cair bebâda com Dionísio, de passear pelos campos de flores da primavera com Perséfone, ela sentia falta de poder voar pelos céus. Mas ali estava ela, a trabalho e completamente sozinha. Deslocada, tendo que viver em um mundo ao qual ela não entendia e nem se encaixava.

  Pelo menos ela se esforçava para não revelar aos bruxos o que ela realmente era e relevava todas as perguntas que recebia. Foi durante uma aula de poções que ela viu a oportunidade perfeita de começar a encaminhar seu plano. Assim que a aula acabou, ela seguiu pelo corredor até achar Lily.

  — Er... Oi. Você é Lily Evans, né?— Lily se vira ao ser chamada.

  — Oi, sou eu sim. Você é a aluna nova né?— Elis acena com a cabeça.

  — Sim sou. É que... Eu ando muito mal em poções, será que tem como você me ajudar?

Antes que Lily pudesse responder, um outro rapaz que estava com ela se pronunciou, olhando diretamente nos olhos de Elis.

— Por que você não tenta estudar mais? Com certeza você sozinha conseguiria aprender, já que é a melhor nas aulas de voo.— A acidez no tom de voz do homem era inegável, assim como o seu ciúmes também.

Elis o olhou e começou a reparar em sua aparência. Era um sonserino de cabelos negros grandes e que aparentavam precisar de lavagem. Seu nariz era proeminente e seu olhar não era nada convidativo. Além disso, seus poderes conseguiram ver que ele era apaixonado por Lily. Na realidade, não era amor, mas sim uma confusão de sentimentos que o levou a isso. Elis não gostou nada de como o sonserino falou com ela e se não estivesse disfarçada, o faria pagar caro por sua ousadia.

— Severo, fique quieto!— Lily o repreende e torna a olhar Elis.— Me desculpe por isso, ele pode ser bem inconveniente quando quer.

— Sem problemas. De onde eu venho, esse tipo de comportamento não é tolerado de forma alguma.— Elis rebate olhando diretamente para o sonserino, planejando um castigo para ele.— Mas caso não queira, tudo bem.

  — Pode deixar que eu te ajudo, Elis. Que tal na biblioteca as 16:00?

  — Perfeito. Muito obrigada Lily.— Elis sorri e segue seu caminho. Ela não gostou nada de saber que Severo era apaixonado por Lily, aquele seria um obstáculo ao qual ela não tinha previsto ter que passar, mas ela não o deixaria estragar seus planos.

—>❤︎︎<—

  Marlene estava de olho em Elis desde quando a grega pisou no salão principal. Ela não queria namorar a estrangeira, ela não era do tipo que usava aliança, apenas queria ficar com ela. Porém, faltava saber se Elis também gostava de garotas e, caso gostasse, se ela estaria interessada nela.

Elis percebeu que Marlene estava de olho nela, seus poderes divinos revelaram as intenções da bruxa com facilidade. Ao reparar bem na grifana, percebeu que era bem bonita. Loira, cabelos cacheados e de olhos escuros, gostava de usar anéis e all star. Muito bonita para dizer o mínimo. Elis considerou o quanto sua missão poderia demorar, e pensando nisso, não poderia se privar de se divertir.

  Foi durante o almoço que Elis resolveu dar indícios de interesse por Marlene. Sempre trocando olhares e sorrisos, algumas indiretas jogadas ao ar, era evidente a tensão entre as duas. Foi então que um bilhete voou até a mesa de Elis.

  " E então, quer me encontrar depois do jantar? Juro que será uma conversa bem... amigável.

M.M."

  Com esse bilhete, Elis dirigiu um sorriso junto de uma piscada para Marlene, que sorriu com a reação.

  — Não acredito que você conseguiu a grega.— Sirius sussurra.

  — Por que tão surpreso? Eu consigo tudo o que quero.

  — É que bem... olha pra ela, é gata pra cacete. Nenhum garoto conseguiu ficar com ela até agora.

  — Bem, vocês certamente não sabem conquistar uma mulher.— Marlene o olha com um sorriso maroto e sobrancelha arqueada.— Por isso não conquistaram ela.

  Elis sorria ao imaginar o que poderia acontecer. Não era a primeira mulher que ela ficava, ela já perdeu a conta de quantos homens e mulheres, deuses e deusas havia ficado, mas uma experiência nova era sempre bem-vinda. Ela resolveu se distrair olhando pela janela, e percebeu que o sol brilhava demais, mais do que era o comum. Ela estranhou mas deixou de lado, pensou que pudesse ser mais uma exibição de Apolo.

—>❤︎︎<—

  Marlene a beijava de forma impiedosa, agarrando os cabelos castanhos com força enquanto sua outra mão apertava a coxa da grega. Gemidos e suspiros eram soltados por ambas enquanto se agarravam naquele minúsculo armário de vassouras, mas as duas estavam tão inebriadas pelo desejo que nem se importaram. Marlene seguiu com os beijos para seu pescoço, deixando algumas marcas ali, mas nada muito forte. Elis soltou uma risada nasal após um de seus gemidos.

  — Você é boa nisso.— Elis a pega pelo queixo e a olha.— A melhor que experimentei em anos.

  — Eu tenho meus truques, pequena.— Marlene sorri e da um último beijo em Elis.— Precisamos ir, logo logo vão estranhar o nosso sumiço.

  As duas começaram a se arrumar novamente, dando alguns beijos de vez em quando.

  — Imaginei que não gostasse de mulheres, Elis.

  — Eu gosto de tudo aquilo que me atraia e me faça bem, não me importa se quem vai me trazer isso é um homem ou uma mulher.— Elis sorri e termina de se vestir.— Eu vou primeiro, você espera uns cinco minutos e sai depois, ok?

  Com isso, Elis sai do cômodo e segue pelos corredores. Ao chegar perto das escadas que levavam ao corredor de sua comunal, encontrou uma pessoa que não esperava encontrar por tão cedo.

  — Regulus! Quanto tempo.— O sonserino a olha e lhe dirige um curto sorriso seguido por um aceno.

  — Você anda bem... ocupada pelo visto.— Ele ri e ela franze o cenho. Ele apenas levantou o pescoço e passou seu dedo por ele, a fazendo cair em si, corando logo em seguida.

  — A-Ah, isso? Eu... eu queimei ajeitando o cabelo hoje mais cedo.— Ela diz e ele ri.

  — Já que você diz, acreditarei em suas palavras.

  Os dois riem e se despedem, seguindo seus caminhos, até que Elis resolve olhar para trás e se depara com ele a encarando também. Naquela troca de olhares, ela sentiu algo estranho, como se fosse um magnetismo pelos olhos do sonserino, que não paravam de lhe encarar.

  Com um aceno, ela entrou em sua comunal, colocando aquela sensação de lado.

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Oiee, boa noite meu povo!

E então, o que acharam do cap de hoje? Gostaram?
Pra quem tiver dúvida, nessa fic a Marlene é lésbica e a Elis é pansexual, então mesmo que seja focada no reg, ainda vão ter várias cenas lgbts.

Votem e bjs ♥️

𝑪𝒖𝒑𝒊𝒅 𝑬𝒓𝒓𝒐𝒓𝒔- Regulus BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora