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  Apolo presenciou a cena de Elis e Regulus, não gostando nada do que viu. Ele conseguiu sentir a tensão que aquela troca de olhares trouxe, se enfurecendo com isso.

  — Então ela prefere um mortal do que o Deus mais lindo do Olimpo?— Sua carranca se intensificou quando sentiu o deus do amor se aproximando.

  — Por que está aqui?— Eros consegue dar uma olhada para o que Apolo olhava nas águas do lago.— Por que está espionando a minha irmã?

  — E desde quando isso é da sua conta?

  — Se torna a partir do momento que você está de olho na minha irmã.— Apolo se vira para Eros, se assustando quando o mesmo levanta seu arco com uma flecha a postos.— Eu tô te avisando, seu mimadinho de merda: Não se aproxima dela.

  Apolo solta uma risada e levanta as mãos em redenção, olhando para Eros por cima de suas sobrancelhas.

  — Não se preocupe, Eros. Não tocarei em um fio de cabelo de sua irmãzinha.— Ele sai dali, mas não sem antes sussurrar.— Eu a terei sem o menor esforço.

  Eros atira a flecha, mas o deus solar a segura, olhando o mais jovem por cima do ombro e quebrando sua flecha com apenas um apertar de punho.

—>❤︎︎<—

  Elis e Marlene ficavam de vez em quando, as duas se davam muito bem entre quatro paredes. Isso fez com que Elis se tornasse mais próxima dos marotos e dos únicos que lhe importavam: James e Lily. Ela estudava com Lily todos os dias na biblioteca, o que de certa forma já fazia ela ser mais próxima da ruiva, mesmo que não seja uma plena amizade.

Mas mesmo com os estudos, isso não tirava o fato de que ela era péssima em feitiços, e odiava que suas aulas eram compartilhadas com os sonserinos. Eles sempre caçoavam baixinho e riam de suas falhas. Se eles soubessem quem ela era, com certeza eles pensariam mais de mil vezes antes de caçoar de sua pessoa. Foi durante uma das tentativas de executar um feitiço que um bilhetinho voou até sua mesa, a fazendo estranhar.

"Precisa de ajuda?"

Procurando pela sala pelo autor do bilhete, seus olhos se cruzam com os de Regulus, seu olhar entregando que era ele. Ela escreveu uma resposta no verso do papel e jogou para ele. Não se passou nem três minutos e mais um bilhete caiu em sua carteira.

"Evite movimentos bruscos, faça com mais leveza e tranquilidade."

Quando olhou para ele novamente, ele pegou sua varinha e fez uma demonstração de como o feitiço deveria ser executado, gravando seus movimentos. Logo, ela pegou sua varinha e reproduziu os movimentos algumas vezes, apenas para ver se havia decorado. Quando se sentiu confiante, executou junto do encantamento, o feitiço acontecendo com perfeição.

— Meus parabéns, senhorita Venus.— O professor a parabeniza e ela sorri, genuinamente feliz por ter conseguido finalmente fazer um feitiço de forma decente. Seu olhar logo foi para Regulus, que sorria com o sucesso da lufana.

No fim da aula, Elis foi até a carteira de Regulus, que estava arrumando suas coisas.

— Ei Black, obrigada por me ajudar mais cedo. Sem sua dica, eu não conseguiria executar aquele feitiço nunca.

— Não foi nada. Eu percebi o quão frustrada você estava ficando, só fiz o que qualquer um faria.— Ele se levanta e segue com ela para fora da sala.— Bem, se não for incômodo, posso te perguntar uma coisa?

Claro, o que quer saber?

— Por que tem tanta dificuldade com feitiços? Tipo, essa é uma das matérias que os bruxos tem menos dificuldades.

— Ah, é que...— Ela olhou para os lados, revirando suas memórias atrás de uma boa desculpa. Como era o nome das pessoas que nascem de famílias mortais?— Minha família não tem muita magia , sabe? E...

— Ah, você é uma nascida-trouxa?

— Isso!— Ela confirma, animada até demais. Quando percebe, cora um pouco e se retrai um pouco.— Quer dizer... quase. Eu sou mestiça.

— Ah, entendi. Bem, se você tem tanta dificuldade, eu posso te ajudar, o que acha?

Elis o olhou espantada. Ele era um sonserino diferente dos que conheceu. Ele não era esnobe e nem caçoava dela, era simpático e gentil. Desde o primeiro dia dela no colégio, ele a tratou normalmente, sem grandes cerimônias e nem perguntas, a conversa fluía de forma natural.

— O que foi?

— Ah nada, eu só... estava pensativa.

— E então, vai querer as aulas?

— Eu adoraria. Obrigada Regulus.— Ela sorri e ele também, ajeitando a alça de sua mochila.

—>❤︎︎<—

  Elis foi chamada para passar uma tarde na comunal da Grifinória junto das meninas, mais especificamente, passar a tarde junto de Marlene. Quando entrou, viu um monte de estudantes amontoados em uma das mesas, sem saber o que se passava ali. Quando olhou mais atentamente, percebeu se tratar de Sirius e James dançando em cima da mesa, suas gravatas extremamente trouxas e camisas saindo para fora da bainha de suas calças.

  — Não ligue para eles, são uns idiotas.— Lily sussurra para a lufana, que estava chocada com o que via, especialmente com o contraste do Black mais velho para o mais novo. Ela logo percebeu James dirigindo seu olhar para Lily, e resolveu dar uma forcinha a ele.

  — E ai meu lírio!

  Assim que Lily se virou para reclamar, Elis deu um sopro em sua mão, como se tirasse algo dali, lançando um pouco de paixão ao ar. Assim que Lily inspirou o ar encantado e olhou para James, ela se perdeu em sua imagem por algum tempo. Parecia que a pele de James contrastava com o sol, deixando alguns de seus músculos em destaque. Seu cabelo desajeitado brilhava em contraste com a gravata da Grifinória amarrada em sua cabeça, enquanto ele ajeitava seus óculos e sorria para Lily.

  — O que foi ruiva? Ficou hipnotizada por mim foi?

  Com essas palavras, Lily caiu em realidade, olhando espantada para James e revirando os olhos logo em seguida.

  — Vamos meninas.— Ela seguiu com o resto de suas amigas para o dormitório, levando Elis junto, que segurava o riso com a cena que havia acabado de criar.

  Ela com certeza faria essa cena se repetir mais vezes.

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E ai meu povo.

Elis e Reg se tornando mais próximos, quem amou? E ai, o q será que Apolo vai aprontar em? Algum palpite?

Votem e bjs ♥️

𝑪𝒖𝒑𝒊𝒅 𝑬𝒓𝒓𝒐𝒓𝒔- Regulus BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora