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  Assim como no ano passado, Elis seguiu até a sala precisa onde Regulus a esperava. A sala foi apresentada pelos marotos, logo tendo seus horários divididos entre Regulus e Sirius: Durante os fins de semana e quando queriam cabular aula, os marotos utilizavam a sala. Durante a noite de cada dia da semana, Regulus usava a sala junto de Elis, mas as vezes os dois se juntavam ao grupo nos fins de semana e passavam o dia ali. Apesar de Elis e Regulus serem apenas amigos, os dois se davam bem. Sempre tinham conversas agradáveis e Regulus era extremamente paciente com ela.

  — Precisa melhorar a pronúncia.— Regulus afirma com as mãos nas costas, se controlando para não rir da cara de frustração da lufana.— Você sabe o quanto isso faz diferença, não me olhe com essa cara feia.

  — Ah!— Ela arfa e coloca a mão no peito, uma atuação de ofensa completamente caricata.— Cara feia? Mas que ofensa contra minha pessoa.— Regulus não teve como se segurar dessa vez, rindo e balançando a cabeça com o comentário.

  — De fato, perdoe-me pelo sacrilégio que foi o meu comentário.— Regulus coloca uma das mãos no peito, enquanto reverencia Elis com a cabeça, fazendo a mesma rir.

— Perdoado, gatinho.— Ela pisca para ele e logo torna a fazer o feitiço. Ela acaba por executa-lo de forma bruta, o que a fez cambalear para trás. Regulus logo foi ao seu encalce e a segurou por trás, a preocupação sobressaindo em suas feições.

— Ei ei, vá com calma.— Regulus coloca a mão em sua cintura, a ajudando a recobrar o equilíbrio novamente.— Sei que quer ser boa em feitiços, mas eu prefiro que seja boa e que ainda se mantenha viva.— Elis ri e logo da um empurrãozinho no peito de Regulus, olhando em seus olhos com um sorriso tímido.

— Idiota.

  — Acho que já deu por hoje.— Ele se afasta da lufana, que ajeita suas vestes enquanto guarda sua varinha.

  — Tem certeza?— Elis da um sorriso.— Acho que com mais duas tentativas eu fico boa nesse feitiço.

— Está tarde, podemos ser pegos.— Regulus estende o braço a ela, a olhando com um sorriso de canto.

— Ah, por favor gatinho.

— Amanhã poderemos treinar mais, Ócean.

Com um suspiro ela enfim aceita a derrota e enrosca seu braço com o do sonserino, seguindo para fora da sala. Os dois se mantiveram em silêncio durante o trajeto, mas logo Elis resolveu mudar isso.

— E então, como se sente estando de volta para o tormento ao qual chamamos de ano letivo?

— Eu não acho que seja um tormento.

— Então você realmente gosta de aturar o professor Binns falando sobre história da magia todo dia?

  Após um tempo em silêncio, Regulus não teve outra opção a não ser rir baixo.

  — Tudo bem, a coisas que são realmente terríveis aqui.

  Os dois riem em cumplicidade enquanto viravam o corredor e desciam mais um lance de escadas.

  — E como o príncipe da sonserina anda no quesito vida social?

— E desde quando eu sou o príncipe da sonserina?

— Prefere ser chamado de príncipe Black então?— Ela arqueia uma sobrancelha enquanto ele a olha com um sorriso.

  — Prefiro continuar sendo chamado de gatinho preto. E sobre a sua pergunta, sou mais reservado.

  — Ah vai, conta só um tico. Nem um interesse romântico ou aventura mirabolante?

  — Não sou que nem você e o Sirius.— Ela se mantém em silêncio, esperando que ele continue. Ele apenas franze o cenho em confusão.— O que foi?

𝑪𝒖𝒑𝒊𝒅 𝑬𝒓𝒓𝒐𝒓𝒔- Regulus BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora