- Você sempre pediu para voltarmos aqui, que data melhor para realizar um pedido seu se não o seu aniversário?- Payton sorriu estendendo sua mão para mim pegar.
- Eu te amo muito.- Beijei seu rosto o apertando eufórica.
ele parecia se sentir realizado com minhas carícias e elogios e eu adoro quando o vejo feliz por minha causa, acho que é isso que se sente quando se ama alguém. Você quer fazê-la feliz o tempo todo.
Payton me puxou para perto das pessoas que soltavam suas Chiang Mai, eu estava tão animada para soltar uma que nem o percebi retirar um papel do bolso.
- O que é isso?- Perguntei apontando para o papel em suas mãos.
- São os meus votos.
- Por que os trouxe?- Arqueei uma sombrancelha.
- Eu sei que não é nosso aniversário, é seu mas como eu quero tornar seu dia o melhor que eu puder, pensei em te lembrar de algo.- Ele abriu o papel me dando em mãos.- Mas não são os votos que eu disse no nosso casamento, é um rascunho que não usei mas por algum motivo guardei, ele fala mais coisas.
Sorri passando os olhos pelo papel amassado pelo tempo guardado. Moormeier sempre foi ótimo com palavras, enquanto eu me matei para fazer um rascunho dos meus votos no nosso casamento ele fez mais de um e tenho certeza que ficou perfeito.
- Você quer ler para mim?- Perguntei estendendo o papel.
- Ok, posso ler.- Deu de ombros pegando o papel.
Payton brincou aquecendo a voz e estendeu o papel nas duas mãos se preparando para ler.
- Monse... hoje é um dos dias mais importantes de nossas vidas, nosso casamento. Podemos ser jovens e estúpidos de estarmos fazendo isso mas eu tenho plena certeza que não escolheria alguém melhor para passar o resto da minha vida. Nos conhecemos de uma forma meio indevida e se o padre descobrir não vai querer mais nos casar... Mas eu me casaria até em Las Vegas com você, contanto que fosse oficial que somos um do outro. Não pensei que fosse encontrar alguém como você, tudo é tão melhor ao seu lado e eu me sinto sortudo por ter isso para sempre, ter suas risadas e sorrisos, seus beijinhos na ponta do nariz, seus carinhos nas minhas costas, seu corpo e sem dúvida nosso sexo (me perdoe por falar isso na igreja). Não somos perfeitos mas quem precisa de perfeição quando se tem nossa química!? Quero ter filhos com você Mo, os mais lindos e imperativos, quero ver você me xingar por ensinar á eles coisas erradas, quero dizer a você que o tempo te fez bem e que eu te amo cada vez mais, quero passar o resto dos meus dias ao seu lado e quando estivermos velhinhos lembrar de tudo porque sem dúvida não restarão arrependimentos. Eu te amo futura Sra. Moormeier, e isso nunca vai mudar.
Payton terminou sua leitura com um sorriso de canto logo levando seus olhos para os meus. Eu podia ser dura na queda mas palavras bonitas dele para mim me faziam ceder como uma idiota, mas tudo bem eu cederia mil vezes.
- Eu juro que não lembrava que havia escrito tudo isso.- Se defendeu rindo.
- Está perfeito.- Tentei esconder a voz embargada.
- Que bom que eu não falei sobre seu corpo e nosso sexo na igreja.- Ele riu se aproximando.
- Obrigado por guardar esse rascunho para mim, você é o melhor bae.- Juntei nossos lábios o beijando calmamente.- Você tornou esse aniversário o melhor.
- Me perdoe por muitas vezes ter sido idiota, você não merece menos que tudo isso que estou tentando fazer amor.- Sussurrou entre nossos lábios.
O abracei forte deixando algumas lágrimas caírem, esse momento era importante para ambos. Nem podia lembrar como passei tanto tempo sem nem trocar uma palavra com Payton, e nem queria voltar a lembrar.
Estávamos nos consertando e fazendo dar certo.
- Quer soltar uma Chiang Mai?- Perguntou brincalhão.
- É claro que eu quero.- Assenti pegando sua mão.
Pegamos o papel de bambu dobrado que seria a futura lanterna flutuante, sentamos no chão com os pincéis ao lado logo nos entreolhando.
- O que você deseja Monse?- perguntou.
- Desejo que seja para sempre, você e eu.- Sorrimos juntos pegando os pincéis.
- Desejo que a terapia do sexo continue funcionando!- Brincou me fazendo rir.
Escrevemos no papel: "para sempre Monse e Payton".
Na hora nem pensei em retrucar dizendo que era clichê, porque estava amando de mais para fazer uma piadinha sarcástica.
Eu evoluí...
Payton acendeu um fósforo o colocando perto da base da lanterna, ela se inflou ficando totalmente iluminada. Soltamos ao céu tendo a certeza que o desejo se realizaria, não por destino ou obra divina e sim por nós.
- Esse era meu presente para você, não pensei em nada físico para te dar. Espero que tenha gostado.- Sussurrou em meu ouvido enquanto víamos nossa lanterna voar.
- Eu amei bae.- Virei o rosto ficando perto do seu.
Payton sorriu e colou nossos lábios calmamente, não desejando mais nada eu apenas aproveitei o resto da noite.
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