Eight

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Acordo e olho para o lado, eu não tinha mais o privilégio de ver meu marido dormindo tranquilamente, sem ele essa cama parece ter crescido.

Parece que a cama esfriou e que ela esta vazia, mesmo que meu corpo ainda deite sobre ela.

Me levanto, tudo nessa casa parecia ter algo relacionado à Jimin.

Tudo, nada escapava.

A casa sem ele parece vazia, sem personalidade ou alegria.

Sim, sei que não o permitir ver meu rosto nunca foi certo, mas passei a ser inseguro depois do incidente.

Ainda sentia a dor daquele dia, ainda tenho as cicatrizes que sei que nunca vão sumir.

Mas existe uma, ela não foi em minha carne, foi na alma. Ela sempre irá me atormentar.

Até a morte.

A culpa de ter matado minha irmã mais nova.

Nayeon.

Eu não deveria ter deixado ela brincar sozinha, ainda mais com fogo por perto.

Por um incidente, uma de suas velas começou um incêndio, o fogo se espalhou pelas cortinas.

Consegui sair quase ileso, mas a Nay Nay, ah minha pobre irmã que sequer teve chance de conhecer a vida de verdade, ela morreu.

Agora a culpa me corroe.

Mas, depois de muito tempo sozinho se é necessário ter uma companhia, principalmente agora que já passei do tempo de casar.

Fiz um baile que sequer apareci. Digo, eu fui, eu estava lá, mas não participei.

Eu o vi pela primeira vez ali, falava distraído com aquelas moças e rapazes em sua volta.

Pedi para que o marquês falesse com ele, o convidasse para uma dança e então fizesse a proposta.

Confeço de início era tudo por mera conveniência, o garoto precisava de um marido e eu também.

O fato dele ter um rosto bonito apenas me ajudou a escolher ele.

Mas com o passar dos dias passei à realmente me apaixonar por ele.

✧✧✧✧✧✧

Ele estava parado em minha frente, com a fita vermelha em seus olhos, ele estava de cabeça baixa e seus dedos estavam brincado uns com os outros. Decido tomar a iniciativa de pegar sua mão e juntar com a minha.

O padre começa a falar, mas sequer consigo o escutar. Estava perdido na beleza do garoto baixo.

Mas, a frase esperada chega e eu apenas respondo um "sim", mas que significava muito.

A mesma pergunta é repetida para Jimin, que parece pensar um pouco antes de responder.

- Sim!

Eu devia ter o dado um casório descente, um pedido descente. Tudo, eu devia ter o dado tudo melhor.

Eu havia chegado no quarto, ele estava lindo. Nada parecia o deixar feio, nada mesmo.

Me deito na cama junto ao meu marido, ele parece ficar um pouco tenso, mas trato de mudar logo isso. Não queria que ele tivesse medo de mim.

Beijei cada parte do seu corpo maravilhoso, escutar os sons que saiam de sua boca eram a melhor parte, porquê eu sabia que estava dando prazer à ele.

Depois de nossa lua de mel o vejo adormecer em meus braços, ele sempre dormia tão sereno.

Parecia até mesmo um anjo.

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