DreamGirl: The Solo Star

13- The Middle

Porque o pensamento de um dia perder você

Certamente deixaria minha vida triste

    A S H A N T I.

    —Brandon, olha, eu sei que é tarde da noite mas, eu preciso da sua ajuda pra uma coisa séria. —Disse por telefone. —O que eu compro de presente de aniversário pra Hope? 

    —Meu amor, não deve se preocupar com isso. —Ele respondeu, com a voz rouca. Dei uma leve tremida ao ouvir ele me chamar assim. —Não ligue pra isso não, ela já vai ficar feliz em você aparecer.

    —Não! Eu aprendi desde pequenininha que não se vai em uma festa sem levar presente.  Eu vou me sentir mal, então, o que eu levo?

    —Aí que tá o problema, a Hope é a pessoa mais chata de se dar presente, ela gosta de tudo! Juro, ela gosta de literalmente tudo, se você der uma florzinha pra ela, ela já vai ser a pessoa mais feliz do mundo. —Ele explicou —Ela não faz questão de nada chique, então, use sua criatividade.

    [...]

    B R A N D O N

    No início da tarde, minha casa estava tomada de várias decorações em um rosa chá forte e, tomada pela animação intensa de Hope e toda a família.

    14 anos... meu Deus. Sobrevivemos 14 anos. Hope está bem, é uma menina saudável, educada, inteligente e esperta.

    Acho que mereço certa congratulação também. Eu consegui criar uma menina incrível e praticamente sozinho. Só Deus, Hope e eu sabemos tudo que enfrentamos nesse período, todas as noites que eu sentia vontade de desistir de tudo (até quando Hope não parava de chorar e eu chorava junto), mas, quando eu olhava para essa menina, eu entendia e me lembrava sempre do significado do nome dela: O raio de esperança.

    Se eu não desisti de tudo, foi graças á ela.

    Mas, foi perto de 17h50 que eu percebi Hope meio amuada perto da mesinha de doces. Mesmo com tantas músicas animadas tocando, ela parecia triste.

    —Tudo bem, doce? —Me aproximei dela e afaguei suas costas. —Algo está te incomodando?

    —Pai, será que a Ashanti esqueceu e foi embora?—Hope ergueu os olhos para mim. —Ela já deveria ter chegado, não?

    —Honestamente sim, amor. Mas... tenho certeza de que ela não se esqueceu. —Sorri para ela. —Porque não termina de abrir os presentes que suas tias trouxeram?

    Tentei a entreter com outras coisas e, quando o céu começava a escurecer, ouvi o portão de casa abrir e vi Ashanti chegar, carregando uma caixa enorme.

    —Estou muito atrasada?—Ela perguntou e empurrou o portão com o quadril. —Meu Deus, isso é pesado!

    —Deixa eu segurar. —Me ofereci. —Aonde estava?

    —Fui atrás do presente da Hope!—Ela sorriu orgulhosa. —Passei o dia inteiro procurando o presente perfeito e, devo dizer que isso demandou muito esforço de minha parte.

    —Disse que não precisava se preocupar com isso.

    —É, mas eu quis me preocupar. Não se vai em uma festa sem presente. É falta de educação.—Ashanti se justificou. —Pensei aqui, tem muitas amiguinhas dela aí? É que eu meio que tô tentando passar despercebida por aqui.

    —É, mas não funcionou bem, né? —Arqueei uma sobrancelha e segui para entrar. —E não se preocupe, Hope é um tanto quanto antissocial, então só tem a família e você aqui. É meio difícil pra ela fazer amizades.