15- Consequences

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Te amar foi juvenil, selvagem e livre

Te amar foi legal, quente e doce

Te amar foi luz do sol, foi estar sã e salva

Um lugar seguro para baixar minha guarda

Mas te amar teve consequências

    A S H A N T I

    Eu definitivamente odeio despedidas.

    Agora, estou esperando meu carro chegar para me levar até o aeroporto de Manchester, e Brandon e Hope me faziam companhia.

    —Eu sei que você tem muito mais coisa pra fazer e... sendo famosa quase não tem tempo, mas você vai achar ruim se eu te ligar de vez em quando?  —Hope perguntou, enfiando as mãos nos bolsos de seu grande casaco.

    —É claro que não. Pode me ligar sempre que quiser. —Sorri fraco pra ela. —Vai ficar bem, e sem dar trabalho para o seu pai?

    —Vou pensar. —Ela riu e me abraçou. —Obrigada por tudo, Ashanti. Você é mesmo muito legal.

    —Você também é, Hope. —Afaguei as costas dela. —Qualquer dia desses eu volto pra visitar vocês, tá bom?

    —Tá. —Ela sorriu e fungou. —Eu já vou entrar, tá bem frio aqui.

    E então, agora era apenas Brandon e eu.

    —Sabe que... eu quase comecei a escrever um conto sobre você. Mas não vou continuar, vou descartar a ideia. —Ele comentou sem me olhar. —Não quero que ache que levei isso mais a sério do que "uma simples paixão de verão".

    —Ficou sentido com isso, não foi? —Olhei para ele, que negou veemente. —Eu disse por impulso, me desculpe!

    E então, silêncio.

    —Sabe que, se você quisesse, poderíamos entrar em um daqueles relacionamentos escondidos. —Comentei depois de um tempo. —Algo secreto. Não é a melhor das opções mas, contanto que eu não precisasse ficar longe de você...

    E por sorte, antes que Brandon dissesse qualquer coisa, meu carro chegou. Salva pelo motorista pontual.

    —Bem... eu devo ir agora. —Suspirei alto.—Sem ressentimentos?

    —Sem ressentimentos.—Ele sorriu minimamente— Você vai voltar, não vai? Quer dizer... se tudo ficar meio difícil no perfeito mundo dos famosos, eu vou estar aqui.

    —Um dia, quem sabe... —Dei de ombros. —A gente sempre precisa voltar pra casa. —Sorri para ele. —Até qualquer dia, Brandon.

    —Até.

    Agarrei minhas malas com força e andei rápido até o carro. O motorista pareceu perceber que eu só queria sair dali o mais rápido possível então saiu de seu banco e veio guardar minhas coisas no porta malas.

    Encostei no vidro do carro e apertei os olhos, sentindo lágrimas queimarem meus olhos. Que droga, porque eu fui me envolver tanto?

    É engraçado porque, estou finalizando essa história exatamente como comecei, me afogando em minhas próprias lágrimas por causa de um homem. A única diferença é que dessa vez, eu sentia que minhas lágrimas realmente valiam a pena.

    B R A N D O N

  Mais do que nunca, eu me sinto péssimo.

    Eu sabia. Algo em mim apitava de que eu não deveria ter me envolvido tanto com Ashanti, mas, já era tarde demais.

    Uma parte de mim queria fazer como nos filmes românticos clichês. Eu iria sair de casa e ir atrás da mulher que amo, provavelmente, chegar no aeroporto bem a tempo de ela não ter pego o voô ainda. Apenas não desistir da mulher que eu amo.

    Mas, havia outra parte insegura e muito maior em mim que dizia que, talvez Ashanti nunca sentiu nada por mim. É claro, porque eu sequer pensei que tinha sido especial par ela? Porque acreditei que aquilo era real?

    Tudo que fiz foi encostar na porta e chorar em silêncio. Pelo menos isso foi como a cena de um filme.

    Algumas semanas depois...

    A N D Y

    Eu já consigo prever Ashanti surtando comigo pelo o que vou fazer agora, mas mais pra frente, ela entenderá meus motivos. Eu sou sua melhor amiga, e melhores amigas fazem o bem por suas melhores amigas.

    —Alô? Oi, meu nome é Andy London, eu gostaria de falar com... —Afastei o celular e li o nome do contato—Hope Ray Young, esse é o número certo?

    —Oi, sou eu sim. Andy... você é a amiga da Ashanti, né? —A menina disse do outro lado da linha e concordei. —Como posso te ajudar?

    —Acontece que, bem, você deve saber que minha amiga e seu pai estavam apaixonados um pelo outro, né? E eu estava pensando... e se tivesse um jeito de fazermos os dois se encontrarem de novo?

   

DreamGirl: The Solo StarOnde histórias criam vida. Descubra agora