Estamos em um novo mundo. Um mundo onde as pessoas morrem e se transformam em criaturas que buscam por carne, seja ela humana ou animal. O novo mundo mudou as pessoas, mas eu não mudei. Conheci novas pessoas, um novo amor, uma nova família. A nature...
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EPILOGUE LUCILLE GRIMES SMITH 12 years later
Eu estava sentada na frente do túmulo da minha mãe, aqui mesmo em Commonwealth. Muita coisa mudou, posso citar algumas coisas.
Graças a imunidade da mamãe, conseguimos fazer uma vacina para o cordyceps. Como ela havia dito para meu pai, Commonwealth sabia mesmo como fabricar uma vacina, eles tinham um cirurgião que foi capaz de criar a vacina. Isso significa, que já faz alguns anos que o mundo voltou ao normal. Os soldados se espalharam ao redor do mundo para terminar com os infectados, óbvio que alguns ainda estão espalhados por ai, mas aos poucos estamos voltando ao normal.
Eu e Glenn temos 18 anos agora, papai estava beirando os 36 anos e ainda continuava solteiro. Eu namoro o Hershel, Maggie é uma ótima sogra. Tia Enid tem uma filha, o nome dela é Scarlett e ela tem 4 anos, Tio Alden é um bom pai. Tio Daryl, vovô Rick e vovô Negan são amigos agora, bom, eles brigam de vez em quando, mas conseguem se suportar. Glenn está solteiro, quer dizer, ele sai com algumas meninas daqui de Commonwealth, mas o mesmo diz que "não é homem para casar".
— Parece que tivemos a mesma ideia hoje.
Sorri fraco e me virei para o meu irmão. Glenn sentou ao meu lado e colocou um girassol em cima do túmulo da nossa mãe.
— Papai me entregou algo, ele disse que a tia Enid entregou a ele no dia que a mamãe morreu.
Glenn esticou uma folha na minha direção, peguei o papel e li meu nome escrito.
— Todo mundo recebeu uma, parecia que ela sabia que ia morrer. - ele sussurrou.
— Você leu a sua? - perguntei.
— Não, e não quero.
— Por que?
— Porque vou ficar triste, e eu não quero ficar triste hoje, não no dia do aniversário do papai.
Suspirei e levantei do chão. Guardei minha carta no bolso do calça e estiquei a mão para o meu irmão.
— Vem, vamos ver o papai.
CARL GRIMES
A carta estava em minhas mãos. Há 12 anos eu tenho ela guardada, e nunca tive coragem de ler.
Fechei os olhos e respirei fundo, eu precisava ler. Desdobrei a folha e a linda letra de Scarlett fez meus olhos brilharem.
"Carl, se você está lendo isso, é porquê o meu plano de acabar com a Alpha não deu muito certo.
Eu na verdade não sei muito o que dizer, mas eu queria que soubesse que eu me lembro Carl, me lembro de cada momento nosso. Lembro do nosso primeiro beijo, do nosso primeiro contato, de quando corremos entre aquela plantação enorme de girassóis, eu me lembro de absolutamente tudo, cada momento.
Cuida de Lucille e Glenn por mim, Carl, eles amam você. Sabia que Glenn sempre perguntava de você quando estávamos longe? Ele te amava mesmo sem te conhecer, e é por isso que ele é tão apegado a você. Lucille é desconfiada (acho que ela puxou um pouco de mim) mas ela ama você, mesmo sendo apegada ao Dylan, VOCÊ é o pai dela e sempre será.
Eu te amo, Carl Grimes. Você foi o meu primeiro e único amor, e eu te amei mais do que a minha própria vida.
Espero que lembre de mim ao olhar o céu estrelado. Eu sempre estarei lá.
Ps: Lucille sonha em ter um cachorro, se algum dia você encontrar um, chame de Ellie.
Com amor, Scarlett."
Meus soluços preenchiam o quarto, a porta foi aberta e meus dois filhos entraram, e ao verem minha situação, os dois me abraçaram.
— Também sentimos falta dela, papai. - Lucille sussurrou.
— Eu amo vocês, amo muito. - digo, beijando a testa de cada um.
— E nós amamos você, papai.
"Algum dia eu vou ter uma família linda, e vou ama-los eternamente" - Scarlett Smith.
