Capítulo 1: Casa nova

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Astrid O'conner

Saí no portão de casa, a rua estava quase vazia, só havia Logan e Andy. O que ela faz aqui? Ele sabe que eu não gosto dela. Caminhei até eles, algo já me dizia que não vinha algo bom dali.

– Aconteceu alguma coisa, amor? – perguntei desentendida.

– Sim, Astrid – falou pesado. Ele nunca me chama de Astrid, notei. – eu quero terminar com você – disse frio, despejando aquelas palavras em mim.

– Por quê-ê? – minha voz saiu arrastada.

– Não me leve a mal... – falou sem jeito – você não atende mais minhas expectativas. Sabe, eu não quero mais ser visto como o namorado de uma nerd. Eu agradeço por tudo que você me deu como meu carro, status e até as viagens, mas agora eu acho que quero alguém mais interessante – pegou na mão de Andy.

Saí correndo dali, não queria acreditar naquelas palavras. Entrei para dentro de casa e corri para a garagem, a única coisa que poderia me confortar era ele, meu carro. Entrei e o liguei, iria atrás de Dexter, mesmo sabendo que ele estaria ocupado com o racha de hoje a noite.

Quase na velocidade da luz, eu cheguei onde todo o ciclo se encontrava. Todos felizes, alguns bêbado ou — e — drogados. Parei meu carro na linha de partida, ao lado do carro dele. Meus olhos encheram de água, começou a cair a ficha que meu relacionamento de quase dois anos estava indo por água abaixo. Ele era o meu primeiro.

Os motores roncaram quando Charlotte pareceu com o pano xadrez na frente dos carros.

– Parece que temos mais uma competidora – comentou no microfone – todos a postos? – os motores roncaram mais uma vez – 3... 2... 1...

– Uns contra os outros... – a voz de Dexter chiou no rádio do carro. Nossos carros são conectados para caso haja um trapaceiro.

– Mas todos a favor da velocidade – completei com a voz embargada.

Charlotte balançou o pano, dando largada. Saí em primeira posição, como de costume. De repente o céu ficou vermelho, a loira apareceu no meu parabrisa com um olhar demoníaco.

– Ele nunca vai ser seu. NUNCA – gritou com uma voz assustadora.


Acordei assustada, por um momento achei que passaria por tudo aquilo de novo. Respirei profundamente antes de olhar para o relógio, 03:43. Fiquei acordada até às duas da manhã tentando dormir para não conseguir dormir nem três horas consecutivas. Meus pensamentos foram para Dexter, como ele deve estar na cadeia?.

Levantei e fui em direção a escrivaninha, liguei meu laptop e entrei no site do governo que te permite falar com alguns detentos. Não o achei lá, provavelmente ele deve ter se metido em alguma confusão que o fez ser desconsiderado um detento de penalidade leve como ele mesmo disse que estaria prestes a fazer no último email.

Peguei então papel e caneta, comecei a escrever a punho para ele:

Oʟᴀ́, ᴅᴇx

Cᴏᴍᴏ ᴠᴏᴄᴇ̂ Esᴛᴀ́ ɴᴇssᴇ ʟᴜɢᴀʀ?

AesirOnde histórias criam vida. Descubra agora