Capítulo 7: Assumir o lugar

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– Como ela tá? – perguntei para Wandy, minha prima médica, assim que ela saiu do quarto.

– Eu posso estar errada, mas acho que não está tão mal. Onde a achou? – perguntou fechando a porta.

– Lá fora, ela estava rastejando e pedindo ajuda – contei.

– Isso é estranho. Ela está cheia de hematomas e pelo o que eu analisei, parece ter um bom tempo que ela não toma banho – faz sentido, o cheiro não é nada bom – ah! Você chegou! – disse olhando atrás de mim. Gelei já sabendo de quem se tratava.

– O que aconteceu? Alex não soube me explicar – Meu pai perguntou – Astrid? Não era pra estar no colégio? – perguntou quando eu me virei.

– Isso não é importante no momento – falei com um sorriso sem graça.

– Tá bom, agora me expliquem o que está acontecendo – pediu.

Scott Cárter

Aquele vestido não saia da minha cabeça, ou talvez a dona, não sei.

– Socorro – Harry apareceu e se sentou do meu lado.

– O que houve? – perguntei desentendido.

– Andy não dá sossêgo! – desabafou.

– Ela é bonita pelo menos – dei de ombros comendo.

– Olá, garotos! – a loira falou logo atrás dele. Harry revirou os olhos esperneando.

Estava acompanhada de mais algumas garotas, que se sentaram com a gente. Harry não parecia ter gostado daquilo, enquanto Delilah estava bastante sorridente ao meu lado.

Almoçamos juntos, as garotas até que são legais, mas Harry parecia não ter gostado. Houve alguns flertes entre eu e a morena, nada muito sério, porém interessante.

Voltei para a sala e a primeira coisa que notei foi a falta da prateada, que agora está com cabelos verdes. Ela não parece ser do tipo que falta a alguma aula, ainda mais porque estava nas primeiras aulas.

– Por que não dá uma chance pra ela? – perguntei cansado de escutar as lamentações dele.

– Porque eu gosto de outra! – respondeu grosso.

– Vai atrás dela, então – Zayn respondeu sem paciência.

– Mas é que... – tentou encontrar uma resposta.

– Já que não quer fazer nada, enfia isso no cu!

Alex Watson

Acordei em um quarto claro, não sei como cheguei aqui. Estava tudo branco, limpo e com um cheiro agradável. A cama que eu estou é totalmente confortável, algo que eu nunca tinha visto antes.

Olhei um pouco ao redor e vi uma garota de cabelos verdes, olhando para um objeto em sua mão que não sei o nome. Ela me olhou e deixou o objeto do seu lado.

– Ahn... Oi – cumprimentou tímida – já está melhor? – perguntou me olhando de uma maneira constrangedora para mim.

– Sim...– minha voz saiu arrastada enquanto eu me escondia naquele pano branco e cheiroso. Mamãe! – onde está minha mãe? Você conseguiu salvá-la? – perguntei aflita e ansiosa, levantando apressada da cama. Por um momento eu cambaleei, tonta.

– Opa! Vai com calma! – pediu se levantando rápida e vindo até mim – Sua mãe? – perguntou desentendida.

Eu não consegui dar o aviso, fracassei na minha única missão. Não pode ser. As lágrimas logo invadiram meus olhos e a dor tomou meu peito. Eu perdi minha mãe. Perdi tudo que eu tinha.

AesirOnde histórias criam vida. Descubra agora