Capítulo 8: Negado

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Não sei se essa ideia da vovó daria certo, mas eu concordei em ajudar e ensinar coisas nescessárias para a Watson, ou como vovó disse, Jade.

– Mas e o corpo da mamãe? O que vamos fazer? – perguntou segurando as lágrimas enquanto brincava com a espuma da banheira.

– Papai vai mandar alguns seguranças pra lá e vamos dar uma cova digna ao corpo – contei – vai acabar com o local pra polícia não ter ideia e não investigar – ela me olhou e deu um sorriso calmo, como quem concorda.

– E o que eu vou ter que fazer? – perguntou apreensiva.

– Vou te ensinar o que for preciso como etiqueta, um pouco de moda e o básico. Em relação a escola, você não vai por agora, papai vai contratar professores particulares – disse pegando o roupão – vamos, se continuar aqui vai derreter – brinquei entregando o roupa e me virando pra que ela saísse.

– Nossa, minhas mãos estão estranhas! – comentou enquanto ouvi o barulho da água – pronto – avisou.

– Com ruguinhas? – perguntei me virando, ela balançou a cabeça concordando – isso é normal.

– Certo, onde estão minhas roupas? – Perguntou olhando ao redor.

– Vamos no meu quarto, talvez lá tenha roupas pra você.

Fomos para o meu quarto. Minhas roupas já são largas, nela ficava mais larga ainda. Era engraçado. Ela se sentou na cadeira da escrivaninha e eu comecei a secar seu cabelo enquanto ela fazia mil caretas. O cabelo dela é enorme, mas falta corte.

– Esse troço é barulhento – comentou assim que eu desliguei.

– Secador é o nome. Eu também acho. – ri da cara que ela fez com o nome.

– Astrid, né? – concordei – qual sua idade? – perguntou curiosa.

– 17 e a sua? – minha vez de ficar curiosa.

– A mesma – Deu um sorrisinho.

– O jantar está pronto! – Alex avisou da porta do quarto.

– Já vamos – respondi – estamos sozinhas, papai saiu. Espero que se sinta em casa – ela balançou a cabeça concordando.

Saímos do quarto e caminhamos juntas até a sala de jantar. Apresentei a ela todas as partes principais da casa como: os quartos, as salas de jogos, sala de cinema, sala de informática, sala de instrumentos e música, um pequeno auditório, sala de reunião, os halls, salão principal, entre outros. Todos os comentários dela foram baseados em como é grande a casa.

Nos sentamos pra comer uma de frente a outra. Achei engraçado ela não saber usar colher, garfo ou faca — a menos que seja pra matar alguém —, mas a ajudei com isso. O mais preocupante foi ver ela fazendo vômito quando Alex colocou um pedaço de carne no seu prato. Pelo visto, eu não vou ser a única quase vegetariana aqui.

Andy Picciani

– E como foi? – perguntei curiosa com o encontro dela e do novato, que inclusive acabou de entrar na sala.

– Foi ótimo! Ele é muito carinhoso e atento. A pegada dele é incrível – comentou admirada.

– Vocês transaram? – perguntei de cara, tô sem tempo para enrolação.

– Calma, Andy! Deixa ela contar – Mandy me repreendeu.

– Cala boca, você tem nome de encantamento do Minecraft – revirei os olhos.

– Não se preocupe, Mandy, e sim, Andy, nós transamos – contou assim que o professor entrou na sala.

Viramos todas para a frente e começamos a prestar atenção na aula.

AesirOnde histórias criam vida. Descubra agora