Capítulo 42

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Vejo o Matt, ali parado com uma flor amarela na mão e desajeitado olhando para o lado.

Passo a mão em meus cabelos, garantindo que não estou descabelada e abro a porta.

Matt, que rapidamente ajeita sua postura e abre um sorriso de lado, com uma da mão em seus bolsos me diz um "olá"

— Olá? — respondo rindo.

— Estava com saudades, e está chegando festa, gostaria que minha parceira de festa fosse comigo...

— Eu não vou não, eu acho.

— O que, por quê? — perguntou ele com os olhos de indignação.

— Ai, não estou afim!

— Cuidado, não dar formiga aí.

— Aonde?

— Nesse seu cu doce — Ele diz e cai na gargalhada com sua própria piada ruim.

— Eu nem perguntei, você quer entrar? Quer uma água? — digo abrindo espaço para sua passagem.

— Bom, eu adoraria...

Matt entra para dentro e eu fecho a porta indo atrás dele, que se senta em uma das banquetas da cozinha.

Caminho até o armário e pego um copo e na geladeira a água para ele.

— Então o que o trouxe até aqui? — pergunto enchendo seu copo de água.

— O carro. — Me viro revirando os olhos, ele uma solta uma risada nasal e continua — Estava andando por esses lados e decidi dar uma passadinha aqui.

— Ah, entendi...

— Mentira, eu queria te ver mesmo! Você sumiu.

— Claro que não, eu ando só cansada demais.

— Sei...

Matt olha para suas mãos e me entrega a flor que estava nela, acho que ele havia esquecido da tal.

—  Trouxe pra você.

— Ah, obrigada meu príncipe encantado — Eu digo e ele ri — Assim eu morro de amores...

— Deus proverá — Matt responde rindo.

— Bobo.

— Vamos comigo, logo a festa, mas dessa vez me espera para vir embora, por favor!.

— Eu estou esperando o Nate, to cansada, sou fitness agora, fui na academia.

— O thomas?

— Isso. Só prestou atenção nessa parte? — Pergunto rindo da expressão estranha que matt esta fazendo enquanto me encara.

— Foi mal — ele diz e coloca a mão na cabeça e ri.

—Bom, se não for curioso demais da minha parte, o que vão fazer?

— Comer sushi, e assistir filme.

— Jura angel? Você jura? —Ele diz em tom de deboche — Você quer festa, isso sim.

— Eu fui a academia, estudei, tô cansada, po. — respondo fazendo biquinho.

— Vamos só um pouco, eu te levo e trago embora cedo, a hora que você me falar "Vamos embora", a gente vem! Sem exitar, sem reclamar, a gente só vem.

Olho para a Matt e penso na ideia de ir para a festa e aproveitar um pouquinho.

— Me convenceu, vamos! — respondo sorrindo.

Matt faz cosquinha em mim, e me da um abraço.

Seu rosto fica próximo demais do meu, mas a porta se abre e é Nate com duas caixinhas com sushi dentro.

Me solto rapidamente do abraço do Matt e olho para Nate, que encara Matt sem entender o que esta acontecendo.

Nate vai até a bancada e deixa os sushis la e aperta a mão de Matt.

— Vamos para a festa? — pergunto a Nate.

— Você não estava muito cansada? — Ele pergunta seriamente.

— Ah, mas é só um pouco e a quanto tempo eu não saio mais com o Matt, vou ir um pouquinho.

— Ela vai fazer esse grande esforço por mim — Diz matt rindo.

Nate só abre um sorriso amarelo e concorda.

— Eu vou la encima, vou passar uma maquiagem rapidinha e colocar uma sandália e ja estou pronta, ta bom? – falo subindo as escadas. 

Subo passo uma base, um blush e um batom, só pra sumir com esse meu rosto de assombração.

Vou até meu armário e pego uma rasterinha cheia de brilhantes, que eu tenho.

Começo a me perder nos meus pensamentos, e a pensar sobre o que pode dar errado nessa festa.

Não posso vacilar nessa festa, preciso sempre ter em mente que eu estou com o Nate.

Henry não pode abrir a boca dele e nem Matt dar encima de mim.

Tudo pode acontecer, inclusive absolutamente nada.

Fé que vai dar tudo certo.

Desço as escadas.

Nate e Matt param a sua conversa e olham para mim, como se eu estivesse reluzente, mas estou mais básica do que nunca.

— Podemos ir? – pergunto.

— Claro. — responde Matt me olhando de cima a baixo — Você vai em qual carro?

puta merda, fudeu.

— Comigo, é lógico — afirmou Nate.

— Te encontro lá então Matt.

Matt só confirma com a cabeça e vai caminhando para o carro dele.

— Não precisava falar nesse tom ríspido com ele — Falo para Nate sem olhar para o rosto dele, fechando a porta da casa.

— Nao fui ríspido, estamos juntos, não estamos?

— Estamos ué.

— Então, nao haveria cabimento eu ir sozinho no meu carro para você ir com ele!

—Ai, tá. Morreu o assunto, podemos ir?

— Claro.

Caminhamos até o carro com o silêncio de climão corroendo.

Entro para dentro do carro e não abro a minha boca, para falar nada.

Ele liga o som do carro e deixa tocando uma música. 

Quando consigo avistar a entrada da casa de Melissa, está com vários carros na frente e cheia de pessoas da minha idade e claramente uma galera mais velha.

Provavelmente calouros da faculdade.

Desço do carro e Nate vai atrás de alguma vaga para estacionar e Matt está parado na calçada me olhando.

Caminho até ele, que está com um cigarro aceso entre os dedos e a outra mão em seu bolso, me olhando com um olhar que me perfura.

— Podemos entrar na festa, minha gata? — ele diz rindo e dando um trago.

— Claro!

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