capitulo 5

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      Aviso: Nesse capítulo, tem cenas de assédio a mulher, se for sensível a esse tipo de conteúdo sugiro que pule para o próximo capítulo, boa leitura❤ 
   
    Acelero meu passos, mas o carro continua devagar mexendo comigo com assobios, e comentários nojento.

Estou completamente em pânico.

Sinto algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Meu coração palpita e sinto gosto de sangue na minha boca.
       
Olho para o lado, e o rosto é de um homem de uns 50 anos, barbudo, conservado mas nojento.

Sinto meu estômago embrulhar de nojo desse cara.
   
—Ah gatinha não faz assim, você não é tão difícil assim, sua bunda tão lindinha—  O homem comenta.
     
Sinto meu corpo todo entrar em desespero.

  Meu celular está sem bateria.

Quase sempre sofro assédio, afinal qual mulher nunca sofreu um assédio pelo menos uma vez na vida? Nenhuma!

Isso é tão triste,  normalmente são só comentários nojentos, mas esse homem não para de sorrir com um sorriso aterrozirante.
    
Continuo acelerando meus passos e chorando.

 Caso começasse a correr ou gritar ele pode jogar o carro contra mim.

Em situações como essa nunca se tem muito o que fazer.

Aperto minha mochila com mais força e continuo caminhando de pressa.

Finjo que ele nem está aqui fazendo comentários grosseiros sobre meu corpo.

 Para minha sorte um carro vem na nossa direção.

 O carro para do meu lado, e para minha surpresa é o Nate.

Nem espero ele falar nada só abro a porta do carro dele e entro.

  Quando entro dentro do carro apoio os cotovelos na coxa, abaixo a cabeça e começo a chorar.

 Nate fica paralisado só olhando aquela cena, como se não entendesse o que estava acontecendo.

O homem acelerou o carro e saiu.
   
—Ei, O que foi? Estava passando aqui só ia perguntar se queria carona, mas não sabia se o pai da Ema já ia te levar, já que ele estava falando com você — Nate comenta.
    
—Não, Meu Deus ele estava me seguindo! Veio da escola até aqui fazendo comentários nojentos, nem sabia que ele era pai da Ema. — E desabo no choro outra vez.

Nate se inclina do banco dele, me abraça e deixa um beijo no topo da minha cabeça.

Me recupero e pergunto.

— Ele era seu sogro?

— Sim, ele nunca foi de muitas palavras, nunca via ele na casa da Ema, normalmente ele estava jogado em algum bar.
  
—Tadinha, deve ser terrível ter um pai assim, só fiquei com medo de que ele fizesse algo comigo.
  
— Tudo bem, olha se você quiser posso te trazer da escola, é um pouco fora do meu caminho mas eu faço esse esforço.
  
—Obrigada, eu adoraria! Eu preciso tirar minha habilitação ainda.

  O caminho até a minha casa foi em silêncio tocando uma música, ele gosta muito de rap pelo jeito.

  Quando chegamos na frente de casa, agradeci o Nate pela carona e agradeci por ele ter me ajudado.

  Entro para dentro de casa, dou um oi para Elle e um beijinho na Minha vó.

  Ela teve um AVC a um mês atrás, então está meio limitada ainda.

  Normalmente eu não passava muito tempo com ela por estar quase sempre treinando mas agora.

  O que não vai faltar é tempo, já que fui expulsa daquela merda.

 Normalmente Elle entra 5:30 AM para preparar o café da manhã e sai 6:30 PM.

Mas 6:00 PM minha vó já está até dormindo, então eu não cuido dela mesmo, fico aqui só para ter certeza que ela está sendo bem cuidada.
       
 Subo as escadas para tomar um banho e dou uma olhada no celular.

Margot e Henry enviou mensagem.

Celular:

Henry:
Vamos fazer uma trilha hoje? Eu você e a Margot

    Meus Deus, eu não contei para ele sobre oque aconteceu

Seria mais fácil para contar se ele não tivesse uma paixãozinha pela Margot.

Desde o fundamental, apesar quem não teria o menina linda.

Estou com medo que ele fique chateado.

  Ignoro esses pensamento e entro na minha conversa com a margot.

Celular:

Margot:
Ei, Henry me chamou para fazer uma trilha disse que você iria, você vai mesmo ou é ele tentando me beijar de novo?

 Agora tenho certeza que é o Henry  tentando pegar a Margot.

Ele com certeza terminou com a Nathalia, após o incidente da foto.

Ele ainda me afirmou que terminou com ela por ela me acusar de algo que eu não seria capaz.

Não pelo incidente em si.

Celular:

Angel:
Oi Henry, vamos sim, mas precisamos conversa antes, tem como vir aqui em casa antes de irmos?

*Entra na conversa com a Margot*

Angel:
Oi amiga, ele me chamou sim, vamos?

   Desligo o celular e vou tomar um banho, por que nem almocei ainda.

Tomo um banho rápido e desço para almoçar.

Minha vó e Elle estão na sala vendo TV.

Coloco um pouco do macarrão com sardinha que a Elle fez com arroz branco.

Como bem rápido para subir e assistir mais um pouco de Gossip Girl, e esperar Henry chegar.
            
  Pego no sono enquanto assisto a série, e acordo com batidas na porta do meu quarto.

Acordo esfregando os olhos e limpando um pouco da baba que escorreu enquanto eu dormia.

Fico olhando ao um ponto fixo atéq minha visão ficar normal e perceber que é o Nate?

O que ele tá fazendo aqui?

Por que a Elle o deixou subir?

Olha são perguntas demais para quem acabou de acordar.
   
— Oi, Posso entrar? — Nate pergunta todo sem graça.
   
— Ah, oi, você já entrou né.

Não quero ser mal educada, mas não gosto de surpresas e não gosto de acordar no susto.
    
— Desculpa por vir sem avisar, só vim para ver se você estava bem.
    
— Eu estou ótima. Essas coisas infelizmente são normal! Eu tô assustada, mas estou bem, graças a você ne.

  A única coisa que passa pela minha cabeça é se alguém ver ele, ou o carro dele aqui eu estou morta.

Se alguém dizer a Ema que viu ele aqui, eu estou fudida.
                   
                 ♤♡◇♧
Nota da autora: votem e comentem ❤

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