Capitulo 26

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Quando chego a sala, Henry se levanta rapidamente e guarda seu celular no bolso.

— Angel, me desculpa mas preciso ir já, tudo bem pra você? — Ele olha para mim perguntando.

Não consigo nem sequer parar de pensar no que o Matt me falou ali em cima.

— Claro, pode ir. Mais tarde vamos fazer algo, pode ser? — Questiono pondo minhas mãos nos meus bolso traseiro e balançando meu corpo para frente e para trás.

— Pode ser.

Ele caminha até mim deposita um beijo sobre minha bochecha e sai.

Eu o acompanho até a porta e fico esperando até  ele sair com o carro.

Me viro para dentro da casa, bato a porta e subo as escadas correndo, me arremesso contra a cama.

Deito com a barriga para cima e fico olhando para o teto, pensando no que o Matt acabará de me disser.

Será que realmente em algum momento o sentimento de Henry deixou de de ser aquele carinho de irmão?

Tenho medo de pensar sobre isso e a
única resposta for sim!

Ele não me vê mais como a irmãzinha dele, ou como a melhor amiga briguenta.

Mas sim como a namorada, ou uma menina pegavel.

Ouço meu celular vibrar em cima da cômoda o que me tira de meus pensamentos. Me levanto e pego celular e vejo que o Nathan me ligando.

Mas ué...

Certeza que ele quer incomodar, dizer que me ama, e que agora é uma pessoa melhor... Uma pena que ele é a última pessoa que desejo por perto a essa altura.

Recuso a chamada e me deito na cama novamente. Mas logo o celular volta a vibrar.

Celular:
Nathan: Alô? Angel?!

Angel: Sim?!

Nathan: Preciso falar com você, é muito importante...

Angel: Pois fale aqui!

Nathan: Minha mãe doente Angel...

Angel: Como assim?

Nathan: Ela está com câncer. Logo que terminamos ela descobriu, mas estava na fase terminal, ela parou com os tratamento, e hoje ela está muito mal... Você sabe que ela te como uma filha, minha mãe te ama, e ela queria você aqui hoje e se puder, agora!

Angel: Puta merda. Eu indo!

Desligo o celular e coloca um tênis e desço as escadas correndo.

Pego meu celular e chamo um Uber, por que se eu for correndo vai demorar demais. 

Sento na sala e fico aguardando o Uber. 

Vejo Elle vindo e me encarando.

— O que houve? Se entendeu com o Henry? — Ela pergunta se sentando no banco em frente ao balcão.

— Ah, claro! Está tudo certo já.

— Então por que está assim? De cara fechada, parece que tá preocupada com algo...

— A mãe do Nathan, está doente, parece que está quase batendo as botas, Nathan acabou de me ligar contando e me pedindo para ir lá.

Dou uma checada rápida do celular para ver se O Uber já está por perto.

— Angel, não fala assim. Mas é bom ir mesmo, vai que acontecesse algo e depois você fica com a consciência pesada.

— É.

E nesse instante de silêncio ouvi a buzina, e abri a porta disparada e reconheci o carro do Uber que era um Siena 2020 prata.  

Era um menino quase, jovem, de cabelos claros e olhos coloridos ele pelo visto tinha heterocromia, já que um era verde e o outro castanho, ele era extremamente branco, nao sou uma pessoa boa para dizer isso, mas certamente ele era mais claro que eu.

  Entrei no carro e me sentei no banco de trás do motorista, como minha vó sempre me mandou fazer.

Ela sempre disse também para carregar uma faca e uma fruta. SEMPRE.

Se a polícia me parar, a faca é para corta a fruta.

Se um homem me assediar, ele é a fruta.

— Boa tarde podemos iniciar a corrida? — O motorista diz olhando pelo retrovisor.

— podemos sim.

— Olha eu tenho uma faca na minha bolsa, e não tenho medo de usar, sem corta caminho "hein" — E soltei um sorriso amarelo

Ele olhou pelo retrovisor, me encarou por uns segundos, sorriu e disse "Que fofa"

Seguimos o caminho ouvindo música e a conversa entre nós não fluiu em nenhum momento, graças a Deus.

Logo que vi a entrada da casa de Nathan, um calafrio meu percorreu por inteiro, memórias de nós como casal e de como tive uma ilusão de que algum dia já consegui ser feliz ao lado dele.

Desço da casa e pago o uber, que me diz tchau com um pequeno sorriso de lado e acelera o carro.

Caminho pela entrada, lembrando de muitos momentos que já vivi naquela casa.

Paro em frente a porta e dou duas batida, e logo Nathan abre a porta me dando espaço para entrar.

Vejo a mãe dele, sentada no sofá com um inalador ao lado.

Quando ela me vê, ela até tenta ficar em pé, mas claramente suas perna não estão suportando mais o peso do próprio corpo.

Caminho até ela com um sorriso e a dou um abraço carinho e quente.

— Olá senhora Walker, como vai? — pergunto mesmo sabendo a infeliz resposta.

— Ah, Angel está indo, já estive melhor, mas nem todos os dias são flores né anjo. — ela diz com um sorriso.

— Como assim a senhora já esteve melhor? Eu nunca te vi tão charmosa desde que entrei pra essa família — continuo dando risada.

Ela ri e começa a conversar comigo sobre a novela e sobre as coisas estão indo comigo.

Nathan,  se junta a nós na sala e conversa um pouco também.

Depois de horas conversando com ela, me despeço e prometo vir visitá-la mais vezes.

Caminho até a porta aonde Nathan me acompanha.

— Pode ficar aqui comigo enquanto o uber não chega? — pergunto.

— Claro, se você quiser eu mesmo posso te levar, só cancela a corrida e vamos. — Walker diz

— Bom se você insiste. — digo rindo.

O caminho até em casa com o Nathan é tranquilo, trocamos algumas palavras mas sempre mantendo o respeito entre nós tento não comentar sobre a situação dele e da Asheley.

more than friends? [EM ANDAMENTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora