Capitulo 14

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O meu maior medo estava de concretizando.

Eu entrei em choque e em desespero, comecei a chorar e meu pai veio e puxou para o peito dele aonde eu pude me sentir segura.

Voltei a chorar sem parar, por Deus isso não podia estar acontecendo com minha vózinha.

A mulher da minha vida.

A minha vó não, por favor! Eu preciso daquela mulher, daquela guerreira.

Eu só consigo pensar se eles vão conseguiu trazer minha vózinha de volta. Eu acredito da medicina.

Não posso perder as esperanças agora o médico ainda nem saiu da sala, então ele podem estar restabelecendo o corpo dela.

Uma pequena chama se ascende no meu peito.

Uma fé, talvez uma esperança de que eu não perca minha vó/mãe já que ela foi a mulher que me acolheu.

Vejo minha mãe entrando pelos corredores com a cara vermelha de choro.

Eu não vou julgar ela por que é um momento delicado para todos.

A vida vovó está na mão do médico, da médica, da enfermeira, está na mão de todos ali eu só posso ter paciência.

Depois de uns 10 minutos o médico sai com as mãos no bolso e a cabeça baixa.

-Olha, nos fizemos o que... - A voz do médico e abafada pelo meu grito

Grito "NÃO" com todas as minhas forças, por que vejo os médico saindo da sala com o corpo da minha vó.

Corro até aonde os médico estão e o rosto de minha vó está coberto por um pano azul que cobre todo o resto de seu corpo.

- Por favor vó, fica comigo eu te amo, por favor vovó não me deixa.

Só consigo dizer isso pois meu pai me puxa para trás e os médico saem com o corpo.

Isso não pode estar acontecendo, não comigo, vovó não merecia isso, eu não merecia isso.

A única coisa que consigo fazer é chorar e sentir uma tristeza imensa tomar conta de mim e do meu corpo.

Passa por mim todos os momentos que estive com ela, todos os momentos em que ela me apoio.

Saio andando de lá de dentro e caminho para o lado de fora do hospital para tomar um ar e vejo o carro do Henry estacionando e ele caminha até a mim.

- E aí donzela, vamos embora? - ele pergunta.

- Henry... - tento dizer algo mas começo a chorar de novo e ele me abraça.

- Fala comigo anjo, o que foi?

- A vovó ela...- e começo a chorar de novo com mais soluços.

- A não, não fica assim meu amorzinho, tudo vai ficar bem! Ela precisava ir para parar de sentir dor, tenho certeza que você não queria ela sofrendo. - Henry responde com a voz embargada por um choramingo baixo, ele gostava da minha vó muito também.

Não consigo responder aquilo só concordo com a cabeça e continuo a chorar e ele fica abraçado comigo beijando minha cabeça em meio aos meus cabelo.

Henry fica muito tempo comigo sem dizer nada, só acompanhando meu choro e abraçado comigo olhando para o nada.

Depois de alguns minutos ele se atreve a falar.

- Anjo?

- Oi -digo ainda com a voz embolada pelo choro, mas agora já não choro mais tanto quanto antes.

- Precisamos ir, está ficando tarde eu te levo em casa vem. - Ele me solta de seu abraço fica de frente para mim e puxa minha mão.

Fico olhando para o amigo incrível que eu tenho por um tempo e pego na mão dele.

Com esse ato ele me puxa com força para cima e para perto de seu peito, me dá mais um abraço e segura na minha mao para me conduzir até o carro dele.

Entro dentro do carro com cabeça baixa, Henry passa a mão pelas minhas costa subindo e descendo em um gesto de carinho que me conforta bastante.

Então ele da partida no carro.

Ergo meu joelho e coloco os pés no banco ficando em posição fetal e observo as ruas lá fora.

Acabo chorando até dormir dentro do carro e acordo com Henry me chacoalhando e abro os olhos e não estamos na minha casa.

- Aonde a gente está? - pergunto esfregando os olhos.

- Te trouxe para esfriar a cabeça anjo, venha aqui.

Ele sai do carro e da a volta e abre a porta para a mim, quando volto a me recompor vejo que estamos no meio do nada.

Só tem mato e árvore por aqui e a lua enorme e da para encherga umas montanhas e um lago pequeno daqui.

Fico observando a vista e volto a me lembrar da minha vó e algumas lágrimas cai novamente.

Henry me chama e caminho até ele que está abrindo o porta malas do carro dele e lá dentro tem um colchão inflável grande com uns travesseiro e coberta para a gente dormir juntos.

Olho para Henry dou um sorriso mesmo sabendo que estou com a maior cara de choro.

Ele da batidinhas no colchão indicando para mim deitar junto com ele.

Entro e deito com ele e o abraço o mais forte que posso e volto a chorar e ele só beija o topo da minha cabeça seguimos em silêncio.

Para aquele momento nenhuma palavra precisava ser dita, só aquele abraço já me reconfortava mais do que qualquer presente ou qualquer coisa.

Dormimos juntos como nos velhos tempo, demorei a dormir pois fiquei pensando na minha avó e como eu queria ela aqui comigo.

Fiquei observando aquele céu enorme pensando se agora vovó era uma estrela zelando por mim.

Voltei a chorar com um aperto no coração e acabei dormindo.

Acordei cedo, me sentei e trouxe meus joelhos até meu peito para abraça -los.

Observei o céu, o sol estava nascendo e Henry dormia feito um anjo.

Respirei fundo e meus olhos se encheram de lágrima, mas não deixei nenhuma cair só as limpei e fiquei olhando o céu, até Henry se remexer na cama.

- O que tá fazendo amor? - fiquei constrangida com o apelido que ele me chamou mas ignorei por que ele deve estar bêbado de sono.

- Tô olhando o céu, só isso.

- Espero que tenha gostado de ontem.

- Eu amei ontem.

- Que bom, por que eu te amo angel.

- Eu te amo também.

- Angel, não assim, precisamos conversar.

- Tudo bem, pode falar.

Henry ficou me encarando por uns segundos e balançou a cabeça como se estivesse espantando pensamentos.

- Esquece, vamos embora? Precisamos ir para a escola.

- Eu não vou hoje, preciso descansar e falar com minha mãe.

- Como quiser.

Pulamos do porta malas, e o Henry o fechou e fomos para os banco da frente nos sentar.

Eu ainda precisava tomar um banho, organizar aquela casa e falar com a Elle apesar de que a essa altura ela já deve saber de tudo.

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