Diamonds - Rafe Cameron

𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚝𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢 𝚎𝚒𝚐𝚑𝚝

Friday, 9:19 a.m

WARD CAMERON tinha seus privilégios.

E ficar em uma prisão melhor era um deles, pois enquanto recebia a visita de seu filho mais velho, estava sentado em uma cadeira dentro de uma sala privada, onde possibilitava ficar sem as algemas e ultrapassar um pouquinho os minutos.

— Por que fez Rose me obrigar a estar aqui? — O loiro perguntou sentando na outra ponta da mesa — ela era redonda —.

— Se não queria por que veio? — O mais velho respondeu com as mãos relaxadas em cima da mesa.

— Deveria ter que mostrar que sou grato por ter me soltado. — Falou.

— Eu sei que não é por causa disso Rafe... — Um sorriso detestável surgiu em seu rosto. — Você sabe que sempre faz o que eu mando...

O loiro engoliu em seco, pois ele estava certo.

— Você é muito manipulável. — Ward se levantou seguindo na direção do filho, que se mantinha paralisado. — E muito previsível também.  — Quando estava perto o suficiente de Rafe, pegou em seu rosto com uma certa força e o empurrou para que ficasse de pé.

Apesar da diferença de altura, Rafe sempre seria o mais assutado e indefeso dali, mesmo depois de matar alguém.

Seu pai sempre o fazia se sentir ridículo perto dele.

— Ah querido... Deveria ter se alertado melhor antes de cometer essa idiotice. — As sobrancelhas de Rafe se arquearam e ele sentiu seu corpo tremer por um minuto. — Maya Cooper. Reconhece esse nome? — Os olhos azuis de seu pai se transformaram em raiva pela demora de resposta. — Você conhece?! — Apertou mais seu rosto.

— N-não. — O loiro respondeu.

— Tem certeza do que está falando? — Com dificuldade ele assentiu com a cabeça e seu pai soltou seu rosto bruscamente. Ele andou de um lado para o outro em silêncio, surpreendendo Rafe quando foi para sua direção e o empurrou contra a parede. — Sabe o que acontecem com mentirosos na nossa família Rafe? — Um soco foi diferido em seu rosto. — Eles se arrependem segundos depois! — Um outro soco foi dado.

Ninguém lá fora podia o ajudar, pois as paredes eram incapazes de produzir barulhos e os cinco minutos não se passavam nunca.

Rafe empurrou o corpo de seu pai para longe e finalmente se pronunciou.

— Qual é a porra do seu problema?! — Disse sentido o gosto metálico de sangue na sua boca enquanto falava.

— Me diga Rafe! Você a conhece?! — Ele voltou e puxou a camiseta do filho pela gola. — Se não, então como você explica a porra das suas roupas na nossa lavadora?! Como você explica o sumiço das suas camisetas?! Como você explica as saídas noturnas?! Como Rafe?! Como?! — Ele gritou. — Como você explica aquela merda de encontro?! — Ele cuspia as palavras em sua cara.

— Você estava me espionando o tempo todo?! — Pela primeira vez ele estava enfrentando seu pai.

— Eu estava! E quer saber mais? Essa garota é ridícula e você é mais ainda quando está com ela! — Rafe trancou o maxilar. — E me diga, eu aposto que ela deve ser como as suas vadiazinhas!

Aquela havia sido a hora d'água.

Ninguém xingava Maya Cooper.

Ele empurrou seu pai novamente e então diferiu um soco em seu rosto.

— Filho da puta! — O acertou no olho.

Ward ficou surpreso com a ação do filho, mas rapidamente se recuperou e voltou a falar.