𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚝𝚑𝚒𝚛𝚝𝚢 𝚏𝚘𝚞𝚛

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Wednesday, 01:15 a.m

Meio da madrugada.

Maya já não aguentava mais chorar, seus olhos inchados enquanto guardava suas roupas no guarda roupa do motel o qual parecia nunca ter deixado.

Se deitou na cama cansada, tentando pregar os olhos, mas algo estava a incomodando.

Respirou fundo com raiva, angústia e tristeza, pois sabia o que era, então se levantou sem pegar nada e saiu.

Os próximos minutos foram de caminhadas intensas e um bater de porta na grande mansão Cameron.

Aquela era a última vez que falaria com ele, havia prometido a si mesma antes de pisar no quintal daquela família.

Sentiu algo estranho, a casa estava silenciosa demais e todas as luzes acesas.

Decidiu trocar a rota e ir pelos fundos, dando sorte com a porta da cozinha aberta, Wheezie provavelmente havia decorado essas vindas de Maya e agora nunca trancava a porta.

Entrou, algumas coisas estavam fora do lugar e pareciam que haviam sido tiradas há pouco tempo de lá.

Sentiu um medo percorrer pelo seu corpo, mas decidiu ignorar e caminhou até a sala, devagar.

Mais uma vez todas as luzes estavam acesas e ela se assustou ao escutar um barulho vindo mais dos fundos.

Seguiu o som, dando de cara com a lavanderia da casa, onde Rafe estava de costas, com as mãos escoradas em cada canto do tanque de lavar roupas.

Maya pigarreou e o loiro levou um susto, virando rapidamente e parando seu olhar em Cooper, que ajustou a postura da defensiva, até ver seu estado.

Sua camiseta verde escuro, seu rosto, seu cabelo, seus braços, sua calça, até seus sapatos estavam sujos de sangue.

Havia uma mancha roxa no olho esquerdo do loiro e quando Maya percebeu tudo isso deu dois passos em falso para trás.

— O-onde estão Wheezie e Rose? — Sua voz falhou e ela se escorou no batente da porta tentando conter a respiração.

— Elas saíram. — Respondeu com os olhos fixos nos da morena. — O que veio fazer aqui? — Arqueou as sobrancelhas.

— Rafe... Por que você está... Assim? — Engoliu em seco.

— Eu fiz a pergunta primeiro. — Disse.

Onde estavam os azuis dos seus olhos? Maya estava tentando os encontrar no meio das suas pupilas dilatadas, mas o que via não passava de uma vasta escuridão.

— Não interessa mais. Agora me diga o que fez.

— Não fiz nada. — Respondeu.

— Eu estou ficando com medo Rafe... Por favor...

— Já disse que não fiz nada! — Maya se assustou com seu tom de voz. — Agora vá embora se não veio aqui por nada importante!

— Tudo bem. — Não contestou e se virou saindo andando pela casa.

A porta mais próxima era a que dava para o quintal, então andou até lá, porém as manchas de sangue começaram a surgir pelas paredes brancas da casa e Maya acelerou o passo para encontrar o fim daquilo.

Diamonds - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora