No dia seguinte acordei antes do alarme tocar. Estava muito cansada, cheguei em casa não era muito tarde, mas com os meus pensamentos me prendendo só consegui dormir mais tarde. Tomei o meu café tranqüila, tomei um banho e me arrumei um pouco melhor. Tinha no fundo, mesmo sem querer aceitar, uma esperança de que ele pudesse aparecer por la, mas o pior é ter que encarar o Choi depois do dia anterior. Ele me deixara balançada com aquele beijo, nunca ninguém me beijou daquele jeito, acho que ninguém nunca colocou tanto a língua em minha boca. Ri com esse pensamento, não havia beijado muitos, mas os que beijei mal sabiam beijar, e eu muito inexperiente... fiquei horrorizada com o pensamento de não saber beijar direito. O Choi deve ter percebido.
Cheguei na redação e fui direto pra "minha" sala, o Choi ainda não havia chegado, aproveitei para começar a trabalhar logo e me concentrar. Alguns minutos depois... toc toc toc...
- pode entrar. - eu disse sabendo que era o Ton vindo me dar bom dia.
- com licença. - levantei a cabeça ao ouvir aquela voz. - bom dia, você está bem?
- sim, sim estou e voc... er desculpa, e o senhor? Sente-se por favor.
- ah por favor não precisa me chamar de senhor. - ele disse enquanto sentava em minha frente.
- eu faço questão, e peço desculpas por ontem o tratar tão informal.
- não peça desculpas por isso, na verdade eu até gostei que me tenha tratado como uma pessoa normal, a maioria das pessoas fica me bajulando porque sou dono da revista, não gosto de gente assim. Gosto de pessoas verdadeiras. - ele tinha uma feição muito séria o que me deixava acanhada. - bem, mas não vim aqui para isso, só queria agradecer pelo que fez por mim ontem, te convidando para um jantar.
- ah eu já aceitei, a senhora Letícia já fez questão que...
- não, não é esse jantar com a minha família, é um jantar privado. Só você e eu.
- er... er... eu a...
- é só um jantar para quem sabe nos conhecermos melhor e sermos amigos.- ele disse tentando me tranqüilizar. - na verdade Naraya eu fui com a sua cara, acho que devia existir mais gente no mundo como você. E tenho uns projetos de renovação da revista e gostaria de ouvir sua opinião.
-entendi. Mas não seria melhor falarmos disso aqui na empresa mesmo? - eu disse tentando me sair, mas os olhos fixos dele me desconcertavam.
- bem, seria sim, se, não houvesse tantos olhares ao redor, não nos concentraríamos.
- sei, mas porque não aqui na minha sala mesmo então? - eu estava tão nervosa que a agressividade do seu olhar, ele parecia que animal faminto.
- você não divide ela com o meu filho? Que por sinal ta atrasado. Mas me diz... você tem medo de alguma coisa? - ele disse retirando os olhos de mim por um instante, me dando a chance de respirar.
- NÃO! - falei assustada e exaltada, mais alto do que pretendia, ele formou um sorriso na boca, acho que ele estava se divertindo com isso. - eu não tenho medo de nada, só estava tentando achar uma forma mais convencional. - falei fingindo estar relaxada, não estava funcionando.
-então. Combinado, hoje às 20:00 hs te pego na sua casa. - ele disse decidido, levantando e indo ate a porta.
- o que? - perguntei levantando ainda confusa, como assim hoje? - é que os projetos são muito importantes, temos pressa nisso.
- eu sei, mas... - fui interrompida pelo olhar cinzento do Choi que abriu a porta e se deparou com o pai.
-depois eu quero o senhor na sala da sua mãe. - ele disse sendo ignorado pelo filho que entrou e dirigiu-se a sua mesa. - bem... é isso, até mais tarde. - ele disse saindo, e me deixando abalada com essa historia de sair com ele, tudo bem que seriam negócios, mas eram negócios muito estranhos.
- Bom dia Choi. - falei voltando para a minha mesa.
- o que ele queria aqui? - ele perguntou grosseiro
- ele veio falar de negócios.
-Que negócios? - ele disse com um tom arrogante
- por que está me tratando dessa forma? - perguntei olhando no fundo dos seus olhos e me arrependi logo que vi ele mudando de feição, já estava na minha frente o mesmo rapaz de ontem a noite. Fiquei envergonhada agora ao lembrar do seu beijo quente e perfeito.
- me desculpe, é que eu estou um pouco chateado com o meu pai, ele têm feito coisas ruins e... mas não quero falar sobre isso.
- tudo bem. - eu disse virando-me para o meu computador e rezando para que ele não puxasse assunto aquele assunto.
-er... Naraya. - ele, para a minha tristeza e medo, gaguejou. - sobre ontem... você.... bem, acho que você estava certa, e eu... am... eu sinto muito pelo que aconteceu.
- tudo bem Choi, vamos apenas esquecer. - eu disse sabendo que jamais esqueceria. Ele voltou-se para o seu computador e começou a trabalhar, foi inevitável olhar para ele todo concentrado, estava com uma postura tão rígida, parecia cuidadoso com cada passeada da sua mão ao mouse. Suas mandíbulas travadas me fizeram lembrar que ontem a noite as minha mãos estavam ali... estavam o acariciando, puxando em seus cabelos, de repente subiu ao meu estômago uma queimação pouco conhecida por mim, mas gostosa, os meus olhos começaram a arder e fiquei arrepiada quando ele olhou pra mim. Travei ao seu olhar. Não consegui me virar. Fiquei fixada, ele levantou lentamente e mais relaxado veio a minha direção. Estava sorrindo. Encostou-se na minha mesa quase de frente pra mim.
-parece que você não está nem um pouco arrependida por ontem né... - ele disse agora se abaixando .
- Choi eu...
- eu também não! - ele disse agarrando em meu rosto e me puxando até sua boca, me beijou intensamente. E era tão gostoso, eu queria mais... segurei com uma mão em seus cabelos e a outra estava em sua mandíbula deslizando lentamente pelo seu pescoço. Sentia a minha pele a pegar fogo, e aquela queimação do estomago estava a me matar. Estava tão excitada... toc toc toc... Choi me largou bruscamente e voltou para a sua cadeira em um pulo, eu ainda estava em chock. Respirei fundo e passei a mão nos cabelos tentando não parecer atacada.
Postei pra ver se me alegro. LUTO41D Zayn me destruiu hoje. mas... não vamos desistir dos sonhos pelo menos nas fics. aproveite Nah! e sorry os erros nem revisei.
