Belgravia, 1° de Fevereiro, 2049.
O pequeno de cabelos cacheados, acordou com uma grande dor em suas costas, ele nem ao menos entendeu o porquê.
Talvez fosse apenas coisa de sua cabeça, mas de forma alguma seria um certo par de asas que havia surgindo em suas costas.
Não tinha chance dele ter asas, sua mãe não tinha asas, nem sua madrasta e muito menos sua irmã, então ele seria igual a elas, uma fada sem asas.
Nunca foi explicado o porquê de algumas pessoas não possuírem asas, Harry sempre procurava saber a resposta para isso, mas nunca ninguém soube.
Ao se levantar de sua cama, ele sentiu uma coisa em suas costas, era leve, parecia até mesmo que não estava ali, e talvez ele estivesse culpando novamente o sono por esta sentindo essas coisas.
Ele saiu de seu quarto em passos lentos, ele precisava contar para sua madrasta sobre suas dores nas costas, ele sabia que ela fazia uma ótima massagem.
– Grace, estou sentindo algo em minhas costas. – disse o cacheado ainda sonolento, e ao adentrar o quarto de sua mãe, ele viu a cara assustada de sua madrasta.
– Hazz, eu não posso acreditar, preciso ligar para sua mãe. – falou a mulher indo até onde o pequeno estava, e tocando em sua asa.
– Aí, o que está fazendo? – perguntou Harry com um pequeno bico se formando em seus lábios, Grace pediu desculpas.
– Hazz, amor, você tem asas, lindas asas azuis. – o garoto negou com cabeça, ela não poderia está falando sério. – Você ainda não se olhou no espelho? – ele negou outra vez. – Vá ver suas asas, enquanto eu conto a novidade para sua mãe.
E o pequeno saiu correndo em direção ao banheiro, ele pegou o banquinho que tinha ali para que ele pudesse se olhar no espelho, e logo subiu no mesmo, por sorte ele não caiu para trás.
Eram lindas, completamente lindas, elas eram de um tom de azul que ele não saberia dizer, não era azul claro, mas também não era azul escuro, depois ele pesquisaria na internet os tons de azul.
Ele tocou em suas asas devagar, era tão suave, pareciam que nem estavam ali, era completamente mágico, e Harry estava adorando.
O pequeno queria sair voando pela casa, mas ele ainda não sabia como funcionava, talvez ele perguntasse a sua mãe quando chegasse, ela era inteligente.
Um grito foi ouvido, e logo que o garoto virou para saber o que era, se deparou com Gemma o olhando perplexa.
– O que está acontecendo? – ela não esperava uma resposta do garoto, ela estava nervosa demais. – Grace. – gritou a garota, e a mulher saiu correndo. – O que está acontecendo?
– Eu tenho asas. – disse Harry sorrindo, mostrando os dois buraquinhos em suas bochechas, mas conhecidos como, covinhas.
– Por que? – perguntou ela ainda em choque, veja bem, ela amava o seu irmão, no fundo estava feliz por ele ter asas, mas, no bairro em que viviam, era muito difícil encontrar fadas com asas, e Gemma sabia que as pessoas pegavam pesadas com estas.
– O universo me presenteou. – ela não pode conter um sorriso pequeno, ele estava tão feliz, que ela apenas não podia não está feliz também.
– Feliz aniversário, baixinho. – disse a garota o abraçando, ele agradeceu ainda com um grande sorriso no rosto.
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My Fairy | l.s.
FantasyAos onze anos chega um determinado momento em que algumas crianças de Belgrávia ganham asas, se tornando fadas. Harry, logo na manhã do seu aniversário de onze anos, acorda com um belo par de asas azuis. Porém Louis, já tem treze anos e ainda não po...