Aviso: capítulo com alta dose de terror psicológico e outras formas de tortura, para quem tem grande sensibilidade a tais assuntos recomendo que pule, isso não afetará na compreensão da história.
18/02/2033
Sexta-feira.
- Senhor, todas as barreiras já foram quebradas, a mente da Srta.Windsor está inutilizada - Juan me informa assim que entro no subsolo -2.
- Hefesto, como foi o último interrogatório? - pergunto para o soldado que afia a faca.
Autorizei que a interrogasse. Não posso dedicar todo meu tempo e atenção a ela, ou qualquer um.
Quem dera cuidar da máfia fosse apenas torturar inimigos.
- Não acho que saiba de algo, já tentamos de tudo senhor. Todo mundo tem um limite, já ultrapassamos o dela - explica - Não assimila mais nada, sua memória e raciocínio foram comprometidos, está delirante e as vezes tem algumas explosões de agressividade.
Faz quase uma semana que está com todas as privações mantidas. Até que foi bem resistente, a maioria tem esse resultado com 4 dias sem dormir.
- As punições quando tenta cochilar continuam? - pergunto para Juan.
- Sim senhor, entretanto já chegou em um estado de exaustão onde seu corpo a apaga, está desmaiando.
- Prepare o prisioneiro 97, leve-o para o D36.
Caminho em direção a sala branca, B11, antes de entrar olho pelo vidro camuflado. Está horrível, extremamente pálida, manchas fundas de olheira desenham seu rosto, agora fino e marcado pela desnutrição.
Abro a porta e entro na sala. Ela olha fixamente para um ponto sorrindo, está alucinando.
Mesmo com a temperatura quente, que deixaram o cômodo, treme, tem calafrios.
- Animalzinho - chamo, não me olha - Gabrielly - tento mais uma vez.
Na sua mesa possui o controle, os três dedos apodrecendo de Aron e as fotos de Diane morta.
- Gabrielly - agacho em sua altura, coloco a mão encima da sua - Estou te chamando!
- Oi - responde em seu idioma, português, me olha e sorri.
Não me reconhece, bufo.
- Vamos tomar um banho animalzinho? - pergunto, continua a me olhar, talvez não tenha entendido.
Desligo o som do lugar e normalizo a temperatura para 23°C, isso já não faz mais diferença no estado em que está. Destravo as presilhas e as retiro de seus braços e pernas.
- Consegue andar? - pergunto, apenas me olha e sorri.
A seguro no colo e saio da sala.
Agora a outra parte da tortura começa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Exilada Na Máfia - Adaptação ☑️
FanfictionAny Gabrielly vivia em seu mundo cor-de-rosa. Possuía uma mãe que a amava, a casa dos sonhos, uma melhor amiga incrível, e tudo que quisesse teria. Infelizmente, contos de fadas não duram para sempre, e o seu acabou cedo demais. Diferente da doce...