Any Gabrielly vivia em seu mundo cor-de-rosa. Possuía uma mãe que a amava, a casa dos sonhos, uma melhor amiga incrível, e tudo que quisesse teria. Infelizmente, contos de fadas não duram para sempre, e o seu acabou cedo demais.
Diferente da doce...
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No fim da semana passada, na sexta, as notas finalmente saíram no sistema, consegui ultrapassar a média em todas as disciplinas, estou definitivamente de férias. Esse com certeza foi o semestre letivo mais curto da minha vida.
Comprei alguns livros sobre alguns filósofos e outros de psicologia, me inscrevi também em um cursinho online durante as férias para aperfeiçoar mais os meus conhecimentos. Desde então tenho revezado meu tempo entre ler os livros e estudar o conteúdo do curso.
No fim de semana que passou sai com as meninas para um bar, não demorou muito até que Josh aparecesse com seus primos e tivesse uma crise de ciúmes.
Depois que transamos, ele tem agido diferente, ainda fazemos as mesmas provocações, mas todas as noites consegue se enfiar na minha cama.
— Elly, você pode fechar para mim por favor? — Sabina se vira segurando o biquini.
Estamos na praia, aproveitei o passeio para trazer os filhotes também, eles amam o mar.
— Claro. — sorrio ao amarrar seu biquini.
— Está pensativa. — acusa me observando.
Desde que transamos pela primeira vez não consigo deixar de pensar em tudo que aconteceu.
A confusão ainda está em mim, aumenta mais a cada dia. Quando penso que estou finalmente decidida as coisas mudam, é impossível tomar qualquer decisão dessa forma.
— Estou perdida. — assumo.
Preciso de alguém para conversar. Ninguém seria melhor que Sabina, que me conhece desde que nasci.
— Uau! — se espanta. — Você é sempre tão decidida, me pegou de surpresa. — assume. — O que te aflige?
Sabina é claramente hedonista, se importa apenas com o que lhe proporciona prazer imediato, isso faz com que viva o momento sem pensar muito no futuro, está sempre pensando em curtição, mas ainda assim sabe dar bons conselhos.
— Tenho medo de estar sentindo algo por Josh. — revelo, ela sorri.
Um sorriso sincero, sem maldade.
— Fazem duas semanas que estou aqui, posso afirmar que nunca antes te vi tão livre e feliz, você está radiante Elly! — sorri feliz por mim. — Mesmo que eu não quisesse admitir, é nítido que ele tem participação nisso.
Por algum motivo antes eu não me permitia sentir as coisas de verdade, ficava sempre presa aos estudos e ao meu currículo.
Ainda tenho meus estudos como prioridade, mas também saio e me divirto, me sinto muito mais leve, realmente feliz.
— Está claro que sente algo por ele! — me encara. — Qual é o problema?
— Como você mesma disse antes, ele me sequestrou e me torturou...
