𝙁𝙊𝙍𝘼𝙂𝙄𝘿𝙊| 𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯 𝘯𝘰𝘢𝘳𝘵

001| chapter one

NOAH URREA
New York | Sexta - feira
20:48 pm

Era mais uma das noites frias em New York e eu me encontro em um beco escuro junto de Amélie, uma doce menina de seis anos que eu encontrei vagando nas ruas duas semanas atrás. Depois de muito caminharmos para achar um lugar para passarmos a noite achamos esse beco, o menos sujo que encontramos.

Estico os papelões que encontramos em uma dessas lixeiras de ricos, ponho o travesseiro velho e o pequeno cobertor que teria que nos esquentar por essa noite e chamo Amélie para se deitar.

- Tio o que iremos comer? - ela pergunta enquanto a cubro. Escuto o ronco de seu estômago faminto e suspiro.

- Eu vou dar um jeito de conseguir algo para você, fique tranquila. - ajeito seu travesseiro. - Acho que tenho alguns trocados, então eu vou até o mercado da esquina e trarei algo.

- Eu posso ir com você? - ela pede fazendo beicinho e eu paro para pensar um pouco.

-Tudo bem, mas você tem que ficar esperando do lado de fora, ok? - ela assente e se levanta. Pego sua mãozinha pequena e caminho com ela até o mercado. - Fique aqui, voltarei logo, se aparecer algum estranho e puxar papo você vai atrás de mim na mesma hora, entendido senhorita? - ela assente segurando seu ursinho firmemente.

Me asseguro para ver se não tinha ninguém estranho por perto, ajeito meu cabelo com as mãos mesmo e tento entrar no mercado mas sou barrado pelo segurança.

- O que um mendigo como você quer aqui? - ele pergunta de maneira rude. - Creio que não tenha dinheiro nem para comprar meias.

- Eu tenho dinheiro, eu apenas vim comprar um biscoito para minha filha. - aponto para Amélie que segurava seu ursinho contra seu corpo que estava trêmulo, por conta do frio demasiado que fazia está noite.

- Deixe ele passar Augusto. - diz outro segurança e eu sorrio sem mostrar os dentes em forma de agradecimento. Ainda meio desconfiado o segurança nomeado Augusto me deixa passar.

Entro no supermercado e vou até a sessão de biscoito, olhando todos aqueles biscoitos que com certeza Amélie amaria experimentar todos eles, ponho a mão em meu bolso mas não tinha nada ali.

Tive que mentir para ela, eu nunca roubei por mais fome que eu sentisse, mas agora as coisas são diferentes eu tenho uma criança para cuidar. Sim eu poderia ter continuado sozinho e deixado ela para trás, mas meu coração não permite, tê-la visto desprotegida e machucada encheu comigo mais do que eu poderia imaginar.

Quando eu a encontrei era uma noite chuvosa, ela estava encolhida em um canto de um beco chorando muito, ela ela estava assustada não me deixava chegar perto, minhas suspeitas eram que ela possa ter sofrido abuso, eu tentei levar ela no médico, mas eles não entendiam mendigos. Foi difícil, mas eu consegui fazer com que ela confia-se em mim e me contasse, e minhas suspeitas estavam certas.

Procuro pelo biscoito que Amélie havia falado para mim a alguns dias, assim que eu encontrei os biscoitos com as características do pacote que ela me disse o pego e ponho debaixo da blusa. Saio andando olhando para os lados, sinto meu corpo bater contra o de alguém, assim que levanto meu olhar vejo o segurança que tinha esbarrado.

- Eu sabia. -ele segura meu braço e eu tento me soltar, mas é invão. Ele pega seu radinho ainda segurando meu braço e aciona mais seguranças.

- Por favor moço, deixe-me ir eu não fiz por mal, é que minha filha está com fome e eu não tenho dinheiro. - ele ri debochando.

- Diga isso ao delegado rapaz. - dois policiais apareceram e seguraram-me e me levam para fora do supermercado, ao lado de fora vejo Amélie que segurava seu ursinho me olhar assustada.

- EU VOU VOLTAR. - grito pra ela com a voz pouco embargada. Um dos seguranças vai até ela e a vejo encolher enquanto sou praticamente jogado dentro da viatura. A última coisa que vi foi Amélie correr até o carro e gritar meu nome, mas eu já estava me afastando.

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Olá vadias, por essa vocês não esperavam não é? 🗣️
Essa é a minha primeira adaptação, perdão qualquer erro.