004| chapter four

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SINA DEINERT MILLER
New York| sábado
06:10 am

Era tão linda aquela pobre menina, ela realmente parece comigo só que criança. Vê-la me fez sentir um sentimento bom como se fosse um alívio e eu nem ao menos sei, vê-la me fez lembrar do filho que eu já carreguei um dia em meu ventre, só que agora ele ou ela não está mais aqui, nesse mundo.

- E agora o que eu vou fazer? - Ouvi Noah perguntar para si mesmo, mas em voz alta.

- Você pode ficar junto com a menina na minha casa. - Digo soando como quase uma ordem.

- Não Sina, eu agradeço pelo o que fez por mim, por ter me ajudado a encontrar Amélie, você já fez o que ninguém faria por nós dois. -ele beija testa da menina - Agora a gente vai voltar pro beco da Avenida principal que fica depois do supermercado, se um dia quiser nos ver estaremos por lá. - ele se vira e começa a caminhar, corro até ele e seguro seu braço.

- Por favor aceite, lá em casa tem espaço suficiente, eu conversarei com meu marido, por favor. - fiz cara de cachorro pidão. - Você não pode criar ela sozinho e passando fome na rua. - ele suspira.

- Tudo bem, mas só por uns dias. - sorrio assentindo.

- Então vamos. - caminhamos até o carro, Noah entra com a menina no banco de trás e eu vou no do motorista, ligo o carro novamente e dou partida de volta para casa.

Estaciono o carro na garagem e destravo as portas do carro e assim que saímos as travo novamente.

Os guiei até a sala de minha casa, quando entramos estava tudo um caos.

Vaso quebrado, quadro quebrado, sofá virado. Estava tudo quebrado e fora do lugar, tremi de susto, olhei para Josh e ele me olhou preocupado.

- Será que foi algum ladrão?-Josh sussurra perto do meu ouvido e logo em seguida ouvimos um barulho alto vindo do andar de cima. Ouvimos o choro
de Amélie que acabara de acordar, provavelmente assustada.

- Espere aqui, eu vou ver o que é. - disse e quando começava a caminhar Noah segura meu braço.

- Pode ser perigoso, eu vou com você. - ele diz e eu suspiro pesado.

- Tudo bem, podemos deixar a Amélie no porão talvez lá seja seguro. - ele assente.

Guio ele até o porão e depois de falar com Amélie e tranquiliza-la conseguimos ir até o andar de cima.

Os barulhos de coisas sendo o quebradas fica mais alto cada passo que dávamos, quando já estávamos no corredor dos quartos tive certeza que era do meu quarto que vinha os barulhos.

Encontrando a porta a aberta sem mesmo entrar pude ver meu quarto também revirado e meu marido aparentemente bêbado quebrando mais um quadro.

- BRIAN. - Gritei. Ele se virou, pela sua expressão pude ver fúria ele estava extremamente bêbado. Ele andou até mim em passos largos. Noah se pôs na minha frente.

- Quem é você?- mesmo não tão de perto senti o bafo de cachaça. - Você está me traindo sua vadia. - ele tentou encostar em mim, mas Noah o impediu.

Não fale assim dela. - Noah diz segurando o braço de Brian.

- Quem é você pra me dizer o que eu posso fazer ou não com ela? Ela é minha e vai ter o que merece por ter me traído. - ele acertou um soco na barriga de Noah fazendo com que Noah o soltasse.

- Noah. - ele solto um baixo gemido de dor, mas logo se recompõe e revida o golpe de Brian. - Por favor parem. - digo em um tom elevado.

Entro na frente de Josh impedindo de que o soco de Brian o acertasse e isso me rendeu uma ardência no rosto por conta do soco que eu não consegui evitar que pegasse em mim.

- Sina, meu Deus. - ele me abraçou e Brian tentou atacar-nos, Noah me soltou e o segurou pelo punho e deu um chute em seus países baixos, fazendo com que o Brian caisse de joelhos, enquanto gemia de
dor.

- Aprenda a respeitar sua mulher, se ela chegou tarde procure saber os motivos. - Noah diz e Brian continua caído, praticamente desmaiado de tão bêbado. - Vem vamos ver a Amélie. - Noah me abraça de lado e juntos vamos até o porão.
Abrindo a porta e entrando no porão vimos Amélie dormindo abraçada ao seu ursinho e encolhida no sofá. sorri. Fomos até o sofá, Noah começa a acariciar o rostinho da menina.

- Ele é muito linda, a relação de vocês dois também parece ser, são como pai e filha. Pelo menos foi a impressão que eu tive até agora. - digo sorrindo de canto, Noah me olha também sorrindo.

- Ela é como se fosse uma filha minha, desde que eu a encontrei sinto que a devo proteger o tempo todo e que devo fazer tudo por ela. - ele a olha.

– Ela é como se fosse uma filha minha, desde que eu a encontrei sinto que a devo proteger o tempo todo e que devo fazer tudo por ela. - ele a olha.

- Isso é muito lindo, o que você faz por ela. - ele assente.

- Eu faço o meu melhor, mesmo que as vezes não seja o suficiente. - ele dá um sorriso amarelo.

- É melhor acordar ela pra ela tomar um banho e poder dormir, né?! - ele assente em concordância. - Eu vou ver como está Brian. - me viro para ir, mas ele segura meu braço.

- Tome cuidado, qualquer coisa grite. - assinto. Volta até meu quarto e vejo Brian dormindo no mesmo local onde caiu com o chute de Noah, passo por e observo a bagunça que estava meu quarto. A minha sorte é que os empregados voltavam hoje de suas férias.

Recolhi alguns cacos de vidro de uma garrafa quebrada e de alguns porta retratos e os joguei na lixeira do banheiro. Fui até meu closet e procurei por uma roupa confortável e toalhas, pegando o que eu precisava fui até o porão subterrâneo que também era como uma parte de lazer da mansão onde moro.

Assim que entrei vi Noah sair com a menina enroladana toalha. Qualquer um que os olhasse pensariam que são pai e filha, dá pra ver o carinho mesmo que eles não se conheçam a tanto tempo.

- Agora o que você vai vestir em pequena. - diz Noah ajudando a secar seu cabelo com outra toalha.

– Eu posso arranjar, minha vizinha tem uma filha da idade de Amélie. - digo e Noah se vira para me olhar.

- Não vai ser incômodo?! - nego.

– Ela é legal, não acho que se importará de emprestar uma peça de roupa, mais tarde vamos ao shopping aí eu comprarei roupas novas pra você dois. - sorrio para a menina que brincava com a ponta da toalha.

– Não é nescessário Sina, você na está fazendo muito pela gente, não querendo incomodar. - me aproximo deles.

– Eu me incomodaria se não fizesse. - deixo minhas roupas e as toalhas no sofá, e vou até a casa da vizinha.

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𝙁𝙊𝙍𝘼𝙂𝙄𝘿𝙊| 𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯 𝘯𝘰𝘢𝘳𝘵Onde histórias criam vida. Descubra agora