003| chapter tree

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NOAH URREA
New York| sexta- feira
23:10pm

Eu nunca tinha visto uma mulher tão bonita na minha vida. A senhora, digo Sina, tem uma beleza surreal. Eu estava meio preocupado  eu havia esbarrado nela e seu café havia sujado sua roupa que eu acho que com certeza nunca conseguiria pagar, eu estava com pressa eu não podia ser pego, eu tinha que volta para pegar Amélie.

Mas o destino me trouxe até sua casa, na verdade ela quem me trouxe em seu carro luxuoso e agora está aqui me perguntando o porquê de eu estar fugindo. Eu não queria contar por medo do julgamento, mas ela fez tanto por mim eu não posso simplesmente mentir para ela.

– Eu estava fugindo da polícia, antes que me julgue preciso contar o porquê. - ela apenas assente. – Eu tinha roubado um biscoito. - ela arqueia as sombrancelhas. – A duas emanas atrás eu encontrei uma menina na rua. Ela se chama Amélie, ela é linda e tem seis anos, ela parece muito com você, só que ela criança. - ela ri fraco. – Ela estava com muita fome e eu não tinha nada para dar para ela, então...- ela me interrompe.

– E então você roubou o tal biscoito para ela comer, mas teve o asar de ter sido quase pego pela polícia e agora está fugindo. - assinto com os olhos arregalados.

– Como sabe? - pergunto ainda surpreso e a vejo rir.

– É só pensar um pouco, você com uma criança faminta, provavelmente sem dinheiro não querendo deixar ela com fome foi roubar o biscoito para ela. - sorrio e assinto.

- Foi isso mesmo, mas eu nunca tinha feito isso antes, nunca havia roubado antes mesmo estando á seis anos morando na rua. - ela arregala os olhos.

- Tanto tempo assim? Como faz pra sobreviver? Como foi parar nas ruas? - ela sorri sem graça por tantas
perguntas feitas. - Desculpa. -ri.

- É uma longa história, mas eu não posso conta-la, eu preciso ir atrás de Amélie. Ela é pequena pode está correndo riscos. - ela assente compreendendo.

· Eu posse te ajudar. - ela diz e pega meu copo vazio e o põe na pia.

- Não precisa, você já fez muito me ajudando a fugir agora eu preciso ir, obrigado por tudo Sina Deinert. - ela nega com a cabeça e vem até mim.

- Nada disso, eu vou sim te ajudar. - ela pega minha mão, mas eu a puxo com vergonha.

- Minha mão está suja. - ela me olha.

- Eu não ligo. Mas acho que você pode tomar um banho antes de irmos. - nego.

- Eu não quero atrapalhar você, eu preciso ir.

- Vai tomar um banho sim, aqui em baixo tem banheiro é bem aquele ali. - ela aponta para uma porta. - Eu vou buscar alguma roupa que possa servir em você. Que número que você veste? - ela diz apressada.

- Qualquer roupa que caiba está de bom tamanho. - digo e ela assente e sobe para o andar de cima.

Vou até o banheiro e vejo o como era tudo arrumadinho,
logo Sina chega com roupas e toalha para mim. Entrando debaixo do chuveiro e o ligando comecei a sentir o frescor da água que eu não sentia a muito tempo.

Terminei o banho, me vesti e pendurei a toalha no gancho apropriado, ajeitei meu cabelo com as mãos e escovei meus dentes com a escova que Sina disse estar nova. Já pronto nós dois saímos de fininho de
sua casa, já que seu marido estava dormindo e se acordasse poderia nos ver.

Eu e ela saímos em busca de Amélie, fomos primeiro até o mercado, mas o mesmo já estava fechado e ela não estava ali em frente, ela poderia estar com os polícias porém pelo o que eu ouvi quando estava na delegacia ela conseguiu fugir do policial.

Fomos até o beco onde eu iria passar com ela essa noite, mas nenhum sinal de Amélie. Segundos, minutos e horas se passaram e nada, rodamos quase a cidade inteira já estava amanhecendo, Sina já estava caindo
de sono e seu marido não parava de ligar.

- Sina. - cutuco ela e a mesma resmunga. - Seu marido está te ligando de novo. - ela desperta e se ajeita no banco do carro.

- Aló. - ela murmura seguido de um bocejo.
- SINA MARIA ONDE VOCÊ ESTÁ, NÃO CHEGOU ATÉ AGORA SUA VADIA. - de tão alto que ele gritou pude
ouvir, ele está muito alterado.

-Eu acabei passando a noite aqui no escritório, fiquei revisando um projeto, eu peguei no sono. - Ela diz
calmamente ainda sonolenta. - Depois a gente se fala. - ela desligou.

- Ele não devia falar assim com você. - ela me olha.

- Eu já estou acostumada. - deu de ombros e eu neguei com a cabeça.

- Não deveria, mulher tem que ser tratada como ela merece, delicada como uma rosa, mesmo que ela tenha seus espinhos. - Ela ficou pensativa.

- Você tem razão, mas ele é meu marido e eu o amo mesmo ele sendo tão rude. - ela morde o lábio inferior e logo dá um sorriso de canto. - Agora vamos voltar a procurar a menina. - ela liga o carro e volta a dirigir.

- Acho que você não está em condições pra dirigir, você está morrendo de sono. - afirmei. Olha, olha ali, parece com a menina das descrições
que você disse. - ela apontou para dentro de um beco.

Com o carro parado saio do mesmo e caminho até o beco e Sina me segue. Olho para a menina encolhida, me agachou em sua frente, a menina percebendo nossa presença levanta a cabeça e eu pude confirmar que era Amélie. A puxei
para meus braços a envolvendo em um abraço apertado.

- Você está bem? Alguém te machucou? -ela nega enquanto me abraça forte e chora ao mesmo tempo.

-Eu estou aqui agora, me desculpa por ter te deixado sozinha pequena. - ela desfaz o abraço, me olha com seus olhinhos que continham uma cor indecifrável que estavam vermelhos e inchados por conta do choro.

- Obrigada p-por não m-me abandonar. - ela soluça e eu a abraço denovo e limpo suas lágrimas.

- Eu nunca vou te abandonar, me desculpa. - a peguei no colo e me levantei. Olhei para Sina que nos olhava emocionada já com seus olhos marejados. - Sina essa é Amélie, Amélie essa é a Sina. - apresento as duas, Amelie tira sua cabeça de meu ombro e encara Sina.

- Sua namorada?. - nego.

- Uma amiga, prazer princesa. - Sina disse e esticou sua mão para que Clare apertasse.
Sou Amélie. - Amelie aperta a mão de Sina e logo volta a deitar sua cabeça em meu ombro.

– E agora oque eu vou fazer? - perguntei para mim mesmo.

𝙁𝙊𝙍𝘼𝙂𝙄𝘿𝙊| 𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯 𝘯𝘰𝘢𝘳𝘵Onde histórias criam vida. Descubra agora