012| chapter twelve

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NOAH URREA
New York| quinta-feira,
09:10

Ver Sina no estado em que estava me deixou despedaçado, pensar que ela teve que passar tanto tempo sofrendo nas mãos daquele infeliz parte meu coração, eu só queria proteger ela de todo o mal, da mesma forma como ela cuida de mim e de Amélie.

Eu me sinto tão insuficiente sabendo que não consegui impedir que ele encostasse nela, que a machucasse. Mas a partir de agora ele se arrependerá amargamente se chegar perto dela, ou eu não me chamarei Noah Jacob Urrea. Custe o que custar não a deixarei ser machucada por ele denovo.

- Noah. - ouvi sua voz e me levantei da poltrona e fui até ela. - você deveria ir para casa, levar Amélie para descansar. - ela falou observando a pequena que dormia abraçada a ela na maca.

Tive que trazer Amélie já que a mesma estava em prantos em casa e nada o que a empregada fizesse adiantaria, ela queria ver a mim e a Sia.

Ela disse que seu coração estava dodói, assim que ela chegou se abraçou a Sina e não largou mais alegando que cuidaria da titia princesa.

- Eu não vou Sina, não até que tenha alta, vou cuidar de você com a ajuda da pequena. - sorri fazendo um carinho em seu rosto com meu polegar. - Agora descanse um pouco mais.

- Noah.

- Hum. - olhei ainda acariciando seu rosto delicado que tinha algumas marcas roxas.

- Acha que ele vai voltar para terminar o que
começou?-perguntou com a voz embargada. O medo é evidente em seu olhar.

- Não, eu garanto que farei de tudo para que ele esteja atrás das grades o quanto antes, eu já comuniquei a polícia. - ela arregalou os olhos. - Mais tarde eles devem vir pegar seu depoimento.

- Você não deveria ter feito isso, Noah, não deveria. - suspirei entendo a recusa pela denúncia. - Ele vai voltar e... - a interrompi.

- Isso é o certo a se fazer, eu sei que o medo é inevitável, mas acalme-se, vai dar tudo certo, amor. - beijei sua testa e fiquei  fazendo um cafuné até que ela dormisse novamente.

Como havia pensado ao entardecer os policiais vinheram e pediram o depoimento de Sina após o médico ter dado a permissão necessária. Eu fiquei ao seu lado segurando sua mão para lhe passar segurança já que estava muito nervosa e temerosa também.

Ela contou detalhadamente sobre seu
relacionamento, que ele era um homem adorável até um mês de casamento ter se passado. Seu lado tóxico foi começado a ser revelado por ele, mas ela nunca enxergou isso estava apaixonada.

Aos poucos ele foi privando sua liberdade, se afastou dos amigos de certa forma, da família também, os ciúmes dele era absurdo, mas apesar de tudo isso nunca tinha batido nela, só que não deixava de ser
agrevisso com suas palavras e como acontece diversas vezes e em vários relacionamentos a desculpa foi porque a "ama e só quer o bem dela".

Feita a denúncia conclusiva e o laudo médico entregue ao delegado nos foi confirmado que sem demora estariam atrás dele.

- Noah, eu não quero voltar para casa. - Sina falou enquanto eu assino sua alta médica. - Podemos ficar em um apartamento de cobertura que eu tenho em Manhattan. Eu não vou me sentir bem naquela casa.

𝙁𝙊𝙍𝘼𝙂𝙄𝘿𝙊| 𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯 𝘯𝘰𝘢𝘳𝘵Onde histórias criam vida. Descubra agora