Perigo.

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Rapidamente o meu olhar vai até o Justin, que continuava encarando Micael. Ele acabara de fazer uma tremenda besteira. Justin se afasta de Noah, olha pra mim, e vai de passos largos até a porta, na qual abre e sai. Eu queria correr atrás dele, mas sentia que o mesmo precisava de um tempo. Enxugo minhas lágrimas ligeiramente, indo até Noah, e o ajudo a levantar.

- Venha, vou te ajudar com os ferimentos.

- Eu não preciso da sua ajuda. – Ele me empurra, fazendo-me quase cair ao chão. Noah também se levanta e da as costas pra mim, saindo de casa. Suspiro fundo. Lembro de Micael, e então subo as escadas. O seu olhar estava perdido, e isso me dava uma tremenda dó. A única vítima disso tudo era ele.

- Filho, eu preciso conversar com você.

Ele concorda com a cabeça, enxugando as lágrimas de seu rosto, e estende as mãos para mim. O pego no colo, indo até meu quarto.

Após colocar ele na cama, me sento ao seu lado.

- Eu sei que você ainda é pequeno, mas também sei que você é muito inteligente. – Aliso seu rosto com o polegar direito. – Quando você nasceu, eu fiz uma burrada enorme. Noah não é o seu verdadeiro pai, ele te criou, mas o seu pai de sangue é Justin. – Seus olhos se arregalam – Sei que é muita informação pra sua cabecinha, mas não posso continuar mentindo pra você. Noah te ama, assim como você ama ele, e o Justin também te ama, mesmo que não tenha ficado presente na nossa vida... Ele precisou estar fora na cidade por um bom tempo, e só agora conseguiu voltar.

- Então eu tenho dlois papai, mamãe?

Sorri de lado, assentindo a cabeça.

- Sim, eles dois te amam muito.

- E por que Justin bateu no papai Noah?

Respiro fundo, tentando encontrar as palavras certas.

- Vamos se dizer que eles não se gostam muito.

- Adultos. – Revira os olhos, me fazendo gargalhar. Ele é a cópia de Justin.

- Eu te amo tanto, sabia?

Tamblém, mamãe. – Me abraça, e eu retribuo, o apertando.

Nunca imaginaria que Micael podia ser tão compreensível a esse ponto. Que orgulho do meu menino.

Justin Bieber on.

Já tinha perdido a conta de quantas doses de Whisky havia tomado. Isso me faz lembrar de quando estava na prisão, pois um dos meus colegas sempre arranjavam um jeito de conseguir pra gente. Falando neles, preciso logo tirá-los de lá.

Minha cabeça girava, e eu estava foda-se se caísse da banqueta, ou algo do tipo. Me encontro dentro de um bar, bebendo igual a um condenado, tentando afogar toda a minha raiva e tristeza. Agora eu tinha perdido Micael de vez! Pra ele eu devo ser um monstro agora, e já não sei mais o que fazer. Já não sei mais se foi o certo eu ter vindo pra cá. Minha mente estava uma repleta confusão.

Já tinha perdido a noção do tempo, e só quando olho em meu celular, reparo que já eram 3h da madrugada. Haviam algumas ligações perdidas da Liz que eu não atendi. Não estava com cabeça pra falar com ela.

- Mais uma dose de tequila. – Peço ao barman, e ele suspende as sobrancelhas.

- Não acha que está exagerando?

- Estou te perguntando alguma coisa? Faça o caralho do seu trabalho.

Ele arregala os olhos, e pega meu copo, indo fazer o que mandei. Cara patético.

O meu novo vizinho Onde histórias criam vida. Descubra agora