Sumiço.

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Depois daquele pedido inesperado do Dustin eu não tive escolha a não ser aceitar, pois foi lindo demais. Se ele não me amasse de verdade não faria tudo aquilo pra mim, logo ele que no começo não passava de um bruto. Eu sentia que ele realmente me amava, e eu também o amo mesmo com seus defeitos que tanto me machucam, mas o que eu posso fazer se é mais forte que eu? Ninguém pode me julgar pois só eu sei o que sinto por ele, é algo que nunca senti antes, e por mais que eu queira esquecê-lo, por mais que eu tente de todas as formas, sei que nunca irei conseguir. Fizemos um sexo maravilhoso de saudade dentro da nossa nova sala de estar, que é muito linda por sinal. Era uma verdadeira mansão, e eu ainda estava perplexa com tudo que aconteceu.

Alguns meses se passaram.

Sexto mês de gestação.

- Para de frescura Liz, você não está obesa. – Dustin revira os olhos e se deita ao meu lado da cama.

- Eu estou sim, estou obesa e horrorosa.

Ele bufa e se senta.

- Meu amor, você continua linda e ainda mais gostosa, isso é paranóia da sua cabeça.

Eu me sentia feia e obesa, mas todos diziam ao contrário, porém não acreditava muito, acho que é só pra me agradar. Esse sexto mês de gravidez estava sendo um dos mais chatos, meus pés incharam mais, minha barriga não parava de coçar e eu tinha que me controlar pra não passar a unha, minha fome havia se multiplicado, e o bebê chutava muito. Nem transar direito eu estava conseguindo. Eu não tinha nenhuma paciência pra isso. Só tinha aceitado não abortar porque Dustin conseguiu me convencer. Eu tenho dezoito anos e não estou nem um pouco animada pra ter esse filho. Eu decidi adiar o casamento pois me sentia muito horrível.

- Vamos dormir que estou morta de cansaço.

- Durma bem minha barrigudinha, e deixa a mamãe dormir meu mulecote – Dustin riu e depositou um beijo em minha barriga. Revirei os olhos, e me virei de costas pra ele. Sim, eu carregava um menino em meu ventre, e nem preciso dizer a alegria do Dustin por saber que é um macho.

Dustin colocou suas mãos em minha cintura e começou a alisar minha barriga.

(...)

- O bebê não tem culpa de nada, ame ele minha filha.

- Mas eu não o quero pai, eu não planejei.

- Nem tudo nessa vida é como a gente quer. Cuide dele e o ame como eu te amo.

- Você me ama mesmo?

- Sim, te amo com todos os meus defeitos, você não deixa de ser minha filha.

- Também te amo papai.

Acordei assustada com o sonho que tivera com meu pai. Que sonho mais sinistro. Meus pais nem sabiam que eu estava grávida, pois se mudamos antes deles me verem pela rua com a barriga grande.

Dustin não estava mais ao meu lado da cama, provavelmente ele foi pra boate. Me levanto e vou até o banheiro para fazer minhas higienes matinais.

Após me arrumar, desço para a cozinha. Samantha mexia a colher na panela, e quando eu dei um "Bom dia", ela me respondeu e sorriu.

- Que cheiro bom.

- Estou fazendo uma macarronada de panela.

- Hum, parece gostoso. Dustin saiu faz tempo? Que horas são?

- Já vai dar uma hora da tarde. Ele saiu umas oito da manhã.

- Caramba, perdi a noção do tempo! Eu dormi tanto assim?

O meu novo vizinho Onde histórias criam vida. Descubra agora