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ME CHAMO MAGGIE SALAZAR. Vocês provavelmente devem conhecer a história de mi hermana, mas não a minha. Bom, eu sou um ano mais nova que Maria. E naquela época eu tinha só uns dez anos.
Alguns anos atrás...
Estávamos eu e minha irmã no quarto, já deveria ser umas 11:30 da noite, então, eu e Maria estávamos nos preparando para ir dormir, quando alguém começou a bater na porta repetidamente. Maria se levanta e avisa ao Papa que o barulho estava muito alto, e ele fala para ela voltar para a cama. Vejo ele pegando sua arma e indo em direção a porta, assim que ele abre, vê um menino que aparentava ter a mesma idade que a de Maria.
—— Tortillas frescas? —— Papa guarda a sua arma.
—— Temos tudo do que precisamos.
—— Sim, mas não o que vocês merecem. —— Só pude escutar um tiro, e ver ele caindo no chão sangrando. De repente um homem pula para dentro de nossa casa pela janela.
—— O fogo desceu de Deus direto do céu. E os devorou. —— Ele assopra um pó que estava em suas mãos. Mi madre, que estava grávida na época, começa a pegar fogo...
Homens aparecem e cortam as cabeças de meus tios e primos. Era um massacre total, estava em choque não conseguia sair do lugar. Sinto alguém puxar meu braço, era Maria. A mais velha me puxa para um canto e me abraça fortemente, nos duas começamos chorar.
—— E eu os lançarei na fornalha de fogo. —— Fala uma silhueta de um homem. —— Haverá insultos e ranger de dentes! —— ele fala aparecendo.
Não entendia nenhuma palavra que saia de sua boca. Mas não achava que era boa coisa. —— Minha esposa... Ajudem ela! Por favor... —— O homem, então arrasta ele para fora de casa. Eu e Maria corremos atrás dele.
Todos estavam nas janelas observando. O Homem começando a falar. —— Cidadãos... Não desviem o olhar. Este homem me roubou. De mim. O portador de água limpa, comida, proteção. O meu filho não merece comida e abrigo? Que tipo de pai eu seria, se permitisse que um rato... Roube o sustento da boca do meu Chico?
—— Por favor...Não há o suficiente para todos... —— Mi padre suplica.
—— Pelas minhas costas, vocês, meus vizinhos, me chamam de El Alma del Diablo. Agora é ora de honrar o nome. Ele pega mi padre e o coloca em uma cruz de madeira.
—— Os homens não desprezam um ladrão, se ele rouba para se satisfazer, quando está com fome... —— Ele martela suas mãos e o deixa sangrar. —— Mas ao ser encontrado, ele deve pagar sete vezes.
—— PAPAAAA! —— Maria e eu berramos indo ao encontro dele.
—— Papa! Põe ele no chão. —— Maria suplicou a eles.
— Por favor. Poupe Mis hijas.— Um dos homens pega sua espada e vem para cima de nós, mas é interrompido.
—— Espera! Eu as conheço. Elas são espertas. Úteis. —— O Homem chega perto da gente.
—— Sim, Chico. Rostos inocentes. Está bem, tragam-nas.
Os homens altos me pegam e minha irmã. Eu estava em choque nem chorar eu conseguia, já Maria, estava desesperada. —— Papa ama vocês. Façam tudo o que eles mandarem...Sempre façam o que eles pedem!
—— PAPAAA! —— Foram as últimas palavras que disse ao meu pai.
Foi basicamente assim, eu e minha irmã fomos criadas pela família Salazar desde então, vulgo gangue Soto Vatos, de Juarez.
Bom isso só até nossos quatorze anos, com apenas 15 anos fomos para king's Dominion uma escola de assino. El Alma del Diablo, ou como eu gosto de chamar El Diablo, achou que seria melhor para nós. Já estamos aqui a dois anos.
