¶°07 Fodasse essa escola.

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          SAYA ADENTRA O BANHEIRO FEMININO para dar uma lavada no rosto, já que estava dormindo na aula. Foi aí que ela escutou alguém chorando.



—— Puta madre que lhe o pariu. —— Ouvindo aquele xingamento ela soube na hora quem estava na cabine. Ela se aproxima do potinho de remédio que acabara de rolar de uma das cabines e o pega.

—— Valpoatro? —— Saya pergunta olhando para Maggie que tinha acabado de sair da cabine.

          Maggie não disse nada a amiga, só pegou o pote de suas mãos e colocou ele no bolso de seu casaco. —— Caramba hein. —— Saya fala surpresa com a atitude da morena que agora estava saindo do banheiro com raiva. —— Maggie!

          A mesma vai atrás de sua amiga, mas antes que posso sair do banheiro Marcus aparece na porta sem folego.

—— Eu tenho que falar com você.

          Ela revira os olhos. —— Se manda.

—— Por favor. —— Ele pede. Saya suspira e o puxa para dentro do banheiro. O mesmo fecha a porta.




☯︎




          Eles já estavam lá a uns três minutos depois de explicar tudo a garota. Marcus não falava nada além de andar de um lado para o outro.



—— Chico? Começou uma treta com Chico? —— Ela pergunta séria.

—— Ele tava sufocando a Maria.

—— A sim, até aí você tá na razão cara, mas, e parte que você dá em cima da casula da gangue dele. —— Ela se refere a Maggie. —— Boa sorte nessa cara. —— Ela fala e começa a andar para sair do banheiro.

—— É tudo mentira. —— Ela continua andando. —— Essa reputação maldita. —— O garoto fala e Saya para escutá-lo. Ele percebe que falou por impulso ficando nervo. Ele pega um cigarro para se acalmar acendendo o mesmo e dando uma tragada. Quando ele estava mais calmo ele começou a falar. —— Com nove anos o meu pai... E a minha mãe morreram, bem na minha frente. Os tribunais me mandaram pro lar de meninos. O lugar era de exploração... Eles... Torturavam a gente... E-e faziam coisas muito ruins. Eu feri uns guardas quando eu escapei, mas eu não matei aquelas crianças. —— Ele admitiu finalmente.

—— Os jornais, a polícia. —— Ela fala sobre as provas que tinham que ele fez aquilo.

—— Entenderam errado. —— Ele se defende. —— Mas esse não é o ponto. —— Ele continua. —— Eu não sou o que vocês pensam, eu não sou como vocês.

—— Se é tudo mentira, por que veio pra cá?

—— Por que Maggie me pediu... Ela me beijou.

—— Cara, aquilo foi uma tarefa, ela ia reprovar se não te trouce-se de volta.

—— Ela disse que eu não precisava ficar sozinho.

—— Mas eu tenho certeza de que ela não disse pra arranjar briga com o psicopata do irmão dela.

—— Eu não sabia...

—— Não sabia oque? Que o Vato tatuado era um assassino de verdade e não um ator de teatro. —— Ela foi sínica. —— Tem alguma ideia de onde está?

𝐕𝐈𝐕𝐀 𝐋𝐀 𝐕𝐈𝐃𝐀 𝐋𝐎𝐂𝐀 ° ᵐᵃʳᶜᵘˢ ˡᵒᵖᵉᶻOnde histórias criam vida. Descubra agora