Contos da Família Jackson

Beijo

Percy POV -

- Papai? - A pequena de quatro anos de idade, cabelos ondulados e olhos verdes-mar chamou.

- Sim, meu amor? - Perguntei.

- Como você e mamãe começaram a namorar? - Ela questionou, piscando os olhinhos e se enroscando em meus braços no sofá.

Arregalei os olhos. Essa menina era muito direta e fazia umas perguntas difíceis de explicar pra alguém da idade dela.

- Eu... Bom, nós nos conhecemos com 12 anos e...

- Não, papai. Essa história eu já sei. "Você baba enquanto dorme... Blá blá blá". Quero a história que vocês começaram a namorar! - Ally pediu, já com um semblante demonstrado impaciência, como o da mãe quando estava estressada.

- Hum... Certo, certo! Vejamos... Como posso começar?
Estávamos no meio de uma guerra em frente ao Empire State e eu precisava colocar pra fora o que eu sentia pela sua mãe e aquela ainda não era a oportunidade.

- O que você tava sentindo? - Ela perguntou, como se fosse uma terapeuta.

- Hum... Amor, filha. Eu precisava dizer isso pra ela.

- Era só dizer: eu te amo, mamãe.

Ri.

- Primeiro que sua mãe não é minha mãe. E, bom, não é tão simples assim...

- Te amo, papai.

Sorri.

- Eu também te amo, minha filha.

- Viu? É fácil. - Ela deu de ombros.

- É. Só que eu estava com vergonha. Ela hummm ainda não era parte da minha família. Bom, não oficialmente. Então, não é tão fácil contar isso pra alguém que não sabe disso.

Ela ficou me olhando, tentando formular a próxima pergunta.

Sorri.

- Você vai me deixar terminar ou não?

Ela se aninhou mais ao meu peito.

- Sim, papai.

- Bom, então, quando a luta contra Cronos terminou e dei graças aos deuses por ela ainda estar viva. Houve um momento em que ela desmaiou e eu fiquei preocupado. Mas, logo Apolo conseguiu reverter a situação e me dar um pouco de paz.

Nós retornamos para o Acampamento Meio Sangue.

E... Eu não estava lembrado, mas era meu aniversário de 16 anos. Mas, ei... - toquei seu rosto - sua mãe é a deusa da sabedoria e possui uma mente brilhante. Ela nunca se esqueceria.

E então, ela me trouxe um cupcake que mais parecia um tijolo pra me parabenizar.

- Era azul? - Ally questionou.

Ri.

- Era azul.

- Gostoso como os da vovó Sally? - Ela perguntou.

Sorri.

- É... Não dá pra dizer que sim... Afinal, seu tio Tyson ajudou, aí já se viu. Mas, era comestível.

Ela fez uma careta. Ri mais.

- Se não foi a vovó Sally, eu teria jogado fora.

Balancei a cabeça.

- Mas, sua mãe preparou junto com ele. Então não ficou mal. Nós comemos e começamos a conversar.

- Você foi romano?