capítulo 20

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Demetri nos deixou na recepção agradavelmente opulenta onde a mulher, Gianna, ainda estava em seu posto atrás do balcão encerado. Uma música animada e inofensiva soava de alto-falantes embutidos.

— Não saiam até que escureça_ ele nos alertou.

Jasper assentiu e Demetri se afastou às pressas. Gianna não pareceu nada surpresa com a troca, embora olhasse o manto emprestado em Edward e Jasper com uma especulação maliciosa.

— Você está bem?_ perguntou Jasper em voz baixa, baixa demais para a mulher humana ouvir.

Bella e Edward estavam sentado em um banco ali perto conversando e eu havia me sentado em outro um pouco afastada.

— Estou ótima._ disse sem olha-lo.

— Alexie eu..._ o interropi

— Não, eu não quero conversar._ disse agora o encarrando.

— Você parece muito cansada.

— E você parece estar com sede — disse, examinando as manchas roxas sob as íris negras.

Ele deu de ombros.

— Não é nada.

— Hummm... Acho melhor eu ir falar com Alice._ disse me levantando, soltando o ar que eu nem sabia que prendia.

Enquanto discutia com Alice e Edward sobre como chegar em casa, sentia os olhos de Jasper sobre mim.

Falávamos rápido e baixo para que Gianna não escutasse ou entendesse algo. Teríamos que roubar outro carro.

— O que foi toda aquela conversa de cantoras?_ perguntou Alice a certa altura.

— La tua cantante — disse Edward.

— Sim, isso_ disse Alice, e eu me concentrei por um momento. Na hora, também me perguntei sobre isso.

Pude ver Jasper encolher os ombros.

— Eles têm um nome para quem tem o cheiro que Bella tem para mim ou Alexie tem para Jasper. Chamam de minha cantora... Porque o sangue dela canta para mim. Aro achou ainda mais interessante o fato de dois vampiros acharem sua La cantante  juntos, além do fato do cheiro de Alexie acalmar Jasper.

Alice riu.

De vez enquanto conversava com Alice e Bella. Perdi completamente a noção do tempo.

Assim, quando Jasper se sentou ao meu lado envolvendo me em seus braços, ele, Alice e Edward olharam preocupados o fundo da sala, não escutei nada já que o efeito da runa de audição já tinha passado e eu não a ativei novamente.

Alec_ os olhos agora de um rubi vívido, mas ainda imaculado em seu terno cinza-
claro, apesar da refeição da tarde — passou pelas portas duplas.

Eram boas notícias.

— Estão livres para partir agora_ disse-nos Alec, o tom de voz tão caloroso que parecia que éramos todos velhos amigos. — Pedimos que não se demorem na cidade.

Edward não se preocupou em fingir ao responder; sua voz era de uma frieza gélida.

— Isso não será problema.

Alec sorriu, aquiesceu e desapareceu novamente.

— Sigam o corredor à direita até o primeiro grupo de elevadores_ disse-nos Gianna enquanto Jasper se levantava ainda sem me soltar.— Dois andares abaixo ficam o
saguão e a saída para a rua. Então, adeus — acrescentou, num tom agradável.

Alice lançou a ela um olhar sombrio.

Saímos por um saguão luxuoso e de bom gosto. A festa ainda estava a todo o vapor nas ruas. As luzes dos postes começavam a se acender enquanto andávamos rápido pelas estreitas vias de pedra. O céu era de um cinza- claro e opaco, mas as construções eram tão próximas nas ruas que parecia mais escuro. A festa também estava mais sombria. O manto longo de Jasper arrastava no chão, mas não se destacava tanto quanto teria ocorrido numa noite normal em Volterra.

 A Outra Swan - Lua Nova - Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora