HANNAH KALINEZ
As ruas da cidade estavam completamente desertas. Hannah observava pela janela do quarto enquanto fumava mais um cigarro e pensava no que havia feito com Jonas.
De todas as pessoas com quem ela transou, o loiro foi de longe o melhor. Tudo encaixou perfeitamente. Suas intimidades, o beijo, o calor, o desejo. Tudo.Como ela queria repetir. Ligar para ele, chama-lo para a cama dela, mas Hannah não se permitiu alcançar o celular. A mafiosa sabia que se transasse com ele mais uma vez, faria de novo, de novo e de novo. Perderia a aposta com Hanz e não conseguiria terminar a missão para seu pai.
Uma pena, ela teria que procurar um outro homem com aproximados vinte e um centímetros.
Ela apagou o cigarro e foi dormir. Teria uma audiência com seu pai no dia seguinte.
*
Hanz a encarava do outro lado da mesa. Era um domingo extremamente movimento no prédio, principalmente no setor A, um dos setores de Hannah.
Com a notícia de que Valeri voltaria para Oslo, eles tinham que pensar numa maneira de descobrir o motivo, além de impedir o voo. O líder da Máfia da Noruega não era simpático, se ele tivesse ligação com a família Raines, então a guerra começaria, e não seria nada pacífica.
— Dormiu bem, senhorita Kalinez? — Hanz tinha um certo semblante de felicidade quando se aproximou da mulher. Como ela não respondeu, ele continuou. — Fiquei sabendo que a festa de Valeri foi muito animada, podemos ate dizer, quente.
Ela finalmente desviou o olhar de suas mãos e mirou em Hanz que sorria debochadamente.
— Eu não sei o que você quer dizer com isso, Hanz, mas não me atormente num domingo de manhã ou eu.... — Ela não teve tempo de terminar a ameaça, Pitter Kalinez havia entrado na sala. Todos os homens ficaram de pé e mudos.
— Bom dia — o homem assustador falou com a voz seca. — Que bom que todos tiveram noção de que suas vidas poderiam acabar, e decidiram aparecer.
Ele sentou na cabeceira da mesa, com Hannah a sua esquerda. Um outro homem, ruívo, com o nariz torto por ter sido quebrado e com um dedo faltando, se sentou a frente de Hannah, a direita do pai. Ele era Rupert Lancy. Consigliere de Pitter.
— Bom, como todos já sabem, minha filha, Hannah, está numa missão de reconhecimento. Ela está investigando a família Raines, com ajuda do Líder da Mafia Dinamarquesa, Hanz Christian. — Ele olhou para Hanz, o sangue de Hannah gelou. — Obrigado por se unir a nós, sabemos que a união com a Dinamarca é essencial, ainda mais se os Raines tiverem ligação com a Máfia da Noruega.
O dinamarquês assentiu com a cabeça e rodou o olhar pela mesa. Todos homens, apenas Hannah de mulher.— É um prazer unir forças com você, Kalinez, ainda mais quando tudo aqui é tão, animado. — A herdeira sentiu os olhares voltando a ela. Muitos homens sabiam que ela era perigosa, mas eles não tinham medo, não quando tentavam tirar ela do cargo. — Devo dizer que Hannah é quem está fazendo a maior parte do trabalho, podemos concluir que em uma semana ela conheceu e aprendeu muito sobre Jonas Raines.
Filho da puta.
— Hannah não está fazendo mais que o trabalho dela, não esperava menos que isso. — Pitter girava um anel no dedão. Era a última lembrança da mãe dela. — Tem algo a dizer, Kalinez?
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CIGARROS & HONRAS.
RomanceHannah Kalinez podia ser tudo. Uma mulher de vinte e dois anos importantíssima nos Estados Unidos, uma ótima artista, uma bela atriz, uma consumidora assídua de livros de romance e principalmente, filha do líder da Mafia dos EUA. Ela nunca pensou qu...