Capítulo Um

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Anahi

Acordo escutando um barulhinho irritante de bip, abro meus olhos e vejo a tia Janice sentada em uma cadeira próxima a cama. 

Olho ao redor e percebo estar em um hospital, me movo tentando me sentar mas a dor em meu abdômen e na perna me faz gemer acordando a tia Janice. 

— Não se mexa minha menina, você passou por uma cirurgia de apendicite e também se machucou muito no acidente. — Ela diz e faz carinho em meus cabelos. 

— Que acidente? Onde está a minha mãe? — Lhe pergunto. 

— Você não se lembra do acidente? — me responde com outra pergunta. 

— Não, a última coisa que me lembro foi de eu e a mamãe plantando girassóis no jardim. — Lhe respondo.

— Ane vocês plantaram girassóis na primavera passada, isso aconteceu a quase um ano. Tem certeza que não se lembra de mais nada? — Ela me pergunta.

— Não, agora me responde onde está a  minha mãe. — Lhe pergunto mais uma vez. 

— Vocês sofreram um acidente de carro a três dias atrás, sinto muito querida, a sua mãe não resistiu aos ferimentos e faleceu ainda no local. — Ela me responde. 

— Essa piada não tem graça tia Janice, cadê a minha mãe? — Lhe pergunto.


— A Janice está falando a verdade Anahi, a sua mãe está morta. — Meu pai diz e só aí percebo que ele entrou no quarto.

— Não, isso é mentira de vocês. A minha mãe não pode está morta, ela não pode ir a lugar nenhum sem mim. — Lhe respondo. 

— Mas foi o que aconteceu, trate de se acostumar por que ela não irá voltar. — Ele diz e sai do quarto sem se importar com o me sofrimento. 

Me sento, abraço meu joelhos e choro de saudade da minha mamãe, o que será de mim aqui sem ela.

— Não chore Ane, eu estarei sempre com você. — A tia Janice diz e me abraça.

Continuo chorando, a dor de saber que perdi a minha mãe, a única pessoa que me amou incondicionalmente  é muito grande.

 Nunca mais poderei vê-la novamente, nunca mais iremos fazer bolo juntas, ou cuidar do jardim que ela tanto amava, nunca mais ela irá arrumar os meus cabelos, ou dormir comigo quando eu tinha pesadelos e perdia o sono.

Ela se foi para sempre e nem ao menos pudemos nos despedir, não pude abraça-la e nem beija-la uma e dizer o quanto a amo uma última vez.

A porta do quarto se abre mais uma vez e por ela passa meu pai, dessa vez acompanhado de um médico que provavelmente é quem está sendo responsável pelo meu tratamento.

— Bom dia bela menina, sou o Doutor Barney. —Ele diz e começa a me examinar.

— Bom dia. — Lhe responde.

— Anahi como você está se sentindo hoje?— Ele me pergunta.

— Estou bem. — Lhe respondo.

O Seu amor me salvou Onde histórias criam vida. Descubra agora