Anahi
Acordo escutando um barulhinho irritante de bip, abro meus olhos e vejo a tia Janice sentada em uma cadeira próxima a cama.
Olho ao redor e percebo estar em um hospital, me movo tentando me sentar mas a dor em meu abdômen e na perna me faz gemer acordando a tia Janice.
— Não se mexa minha menina, você passou por uma cirurgia de apendicite e também se machucou muito no acidente. — Ela diz e faz carinho em meus cabelos.
— Que acidente? Onde está a minha mãe? — Lhe pergunto.
— Você não se lembra do acidente? — me responde com outra pergunta.
— Não, a última coisa que me lembro foi de eu e a mamãe plantando girassóis no jardim. — Lhe respondo.
— Ane vocês plantaram girassóis na primavera passada, isso aconteceu a quase um ano. Tem certeza que não se lembra de mais nada? — Ela me pergunta.
— Não, agora me responde onde está a minha mãe. — Lhe pergunto mais uma vez.
— Vocês sofreram um acidente de carro a três dias atrás, sinto muito querida, a sua mãe não resistiu aos ferimentos e faleceu ainda no local. — Ela me responde.
— Essa piada não tem graça tia Janice, cadê a minha mãe? — Lhe pergunto.
— A Janice está falando a verdade Anahi, a sua mãe está morta. — Meu pai diz e só aí percebo que ele entrou no quarto.
— Não, isso é mentira de vocês. A minha mãe não pode está morta, ela não pode ir a lugar nenhum sem mim. — Lhe respondo.
— Mas foi o que aconteceu, trate de se acostumar por que ela não irá voltar. — Ele diz e sai do quarto sem se importar com o me sofrimento.
Me sento, abraço meu joelhos e choro de saudade da minha mamãe, o que será de mim aqui sem ela.
— Não chore Ane, eu estarei sempre com você. — A tia Janice diz e me abraça.
Continuo chorando, a dor de saber que perdi a minha mãe, a única pessoa que me amou incondicionalmente é muito grande.
Nunca mais poderei vê-la novamente, nunca mais iremos fazer bolo juntas, ou cuidar do jardim que ela tanto amava, nunca mais ela irá arrumar os meus cabelos, ou dormir comigo quando eu tinha pesadelos e perdia o sono.
Ela se foi para sempre e nem ao menos pudemos nos despedir, não pude abraça-la e nem beija-la uma e dizer o quanto a amo uma última vez.
A porta do quarto se abre mais uma vez e por ela passa meu pai, dessa vez acompanhado de um médico que provavelmente é quem está sendo responsável pelo meu tratamento.
— Bom dia bela menina, sou o Doutor Barney. —Ele diz e começa a me examinar.
— Bom dia. — Lhe responde.
— Anahi como você está se sentindo hoje?— Ele me pergunta.
— Estou bem. — Lhe respondo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Seu amor me salvou
RomanceAnahi vê sua vida inteira mudar após a morte da mãe em um acidente de carro no dia do seu aniversário de dez anos. Seu pai já ausente se torna também omisso e agressivo, e passa a culpa-la pela morte da esposa amada. Os dias vão passando e três me...