Estava quase completando uma semana, e Joui continuava trancado sozinho. As vezes Arthur aparecia com comida e água, mas ele nunca mais chegou a tentar conversar.
Quando sozinho, ele olhava em todos os cantos buscando uma forma de sair. E então, novamente Arthur aparece.— Eu... Lhe trouxe isso — Arthur entrega um pedaço de bolo de morango. — Se você não gostar é só devolver, se puder não jogar no chão ou destrui-lo agradeço...
— Pode ficar com isso, não tenho fome — Disse logo em seguida de um ronco.
— Isso não é um pedido — Cesar aparece apoiado na parede. — Come.
Joui olha para a fatia de bolo.
— "Come"? É a tortura que seus prisioneiros passam por aqui? Ou tem veneno nesse bolo? Não sou idiota.
— Na verdade você é o único prisioneiro se não percebeu — Arthur chega perto da grade e sussurra. — Cesar não tem muita paciência em manter pessoas nas celas.
— Arthur, você não pode sair dizendo meu nome aos outros assim! — Cesar diz levemente bravo.
— Foi mal, foi mal — Ele volta a atenção pro Joui. — E não tem veneno nenhum aí, caso esteja com medo eu provo aqui na sua frente.
— Não obrigado — Joui afasta o bolo do Arthur e morde um pedaço do bolo.
— Deixarei você interrogando ele Arthur, esperarei nas escadas — Cesar se vira e some de vista.
— Um pedaço de bolo não me fará dizer nada.
— Relaxa, o bolo é de graça
Arthur se senta novamente perto da cela.
— Você vai querer fazer isso do jeito chato ou jogando alguma coisa?— Falou cabisbaixo lembrando do dia em que Joui rasgou as cartas.
— Nenhum dos dois.
— Essa opção não existe, considerarei a primeira opção então.
Ainda assim Arthur se levanta e tira da caixa uma bolinha amarela. Ao sentar novamente ele joga em direção à cela, que bate na barreira de proteção e volta para ele.
— Seguinte, te farei algumas perguntas e você terá que responder pelo menos uma. Se eu subir aquela escada sem nenhum progresso é o Cesar que vai descer aqui, e não garanto que ele vá subir aquelas escadas com você ainda respirando.
— Já pode se adiantar e subir, de qualquer forma não ligo de morrer.
— Jura? Aposto que seu pai ficaria decepcionado se você saísse em uma missão e não voltasse, o grande Joui Jouki invade uma "cidade pequena" e não volta — Joui o olha com raiva. — Por sinal, soube que logo vocês entrarão em uma guerra desnecessária, acha que seu pai vai voltar vivo de lá? Ou é um plano seu para ficar com o trono dele?
— Como você OUSA?! — Joui tenta avançar em Arthur para dar um soco, mas ele é arremessado até a parede.
— Bem, vamos começar então — Arthur tira do bolso papel e carvão. — O que veio fazer aqui?
Joui fica em silêncio por uns instantes, pensando se realmente deveria dizer algo.
— Examinar o território inimigo.
— Por quê?
— Já respondi uma, não tenho por que dizer mais — Ele cospe no chão e tenta se recompor.
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Injustiçados [Joesar]
Fanfiction°EM ANDAMENTO° Um príncipe e um "cachorro" do governo destinados a se encontrarem, embora não seja da melhor maneira. Por viverem em mundos diferentes automaticamente se vêem como inimigos, principalmente após Joui ser pego espionando as redondezas...