Capítulo 8

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Muitas pessoas estavam reunidas em volta do parque da cidade. Todos pareciam estar se divertindo, e quando viam Joui, seus rostos pareciam se fechar em diversos tipos de expressões: curiosidade, revolta ou até medo.
Várias barraquinhas estavam montadas no ambiente, vendendo diversos tipos de comida e oferecendo entretenimento.

- Aonde pretende ir primeiro? - Diz Cesar parecendo um pouco desconfortável com a situação.

- Não sei, não faço a menor ideia do que eu poderia fazer aqui.

- E que tal aquilo? - Cesar aponta para uma barraquinha de tiro ao alvo.

- Isso é jogo de criança, faço isso de olhos fechados.

- Então vamos testar.

   Cesar vai andando na frente e Joui corre para acompanhá-lo. A barraquinha está cheio de crianças errando os alvos consecutivamente. Uma acaba de ganhar um brinquedo, um carrinho de madeira puxado por uma cordinha.
   Cesar dá umas moedas ao dono da barraca e pega duas armas, entregando uma ao Joui.

   - Quem fizer mais pontos ganha - Cesar apoia a arma e mira diretamente no alvo.

   - Você diz como se tivesse chance - Joui vira a arma pro alvo e faz um tiro certeiro.

   - Okay, isso vai ser interessante.

   As crianças que antes brincavam, ou até as que queriam brincar, desistiram. Estavam elas e outros adultos torcendo pela vitória de Cesar. Lá de fundinho podia-se escutar uma torcida pelo Joui também, que certamente seria o Arthur.
   No fim, o Joui ganhou, as pessoas bateram palmas e as crianças pularam e festejaram de empolgação.

   - Você teve sorte dessa vez - Cesar devolve a arma para o dono da loja e Joui o segue.

   - Você que é lento, não conseguiu nem me acompanhar.

   - Admito que me surpreendi com a velocidade da sua mira nos primeiros momentos.

   - Vocês foram incríveis! - Arthur chega e dá um abraço apertado nos dois. - Eu só gritei o Joui porque a maioria tava gritando o seu nome, mas juro que estava torcendo pelos dois.

   - O amigo do meu inimigo é meu inimigo, só pode escolher um lado Arthur - O Cesar ri.

   - Me larga, você tá me matando - O Joui vira o rosto para o lado tentando esconder o seu rosto que demonstrava estar muito feliz de ter ganhado a partida.

   O resto da festa foi pura agitação: jogaram dardos, apostaram quem bebia mais, comeram... Fizeram um pouco de tudo, mas em momentos também fizeram nada.
   Em algum momento, Joui se deu conta, ele estava sozinho no meio da multidão. Cesar já não estava mais ali, e não ver nenhum rosto familiar o fez se sentir... Sozinho.

   - Cesar? Cesar onde você está?! - Joui caminha entre a multidão quando de repente é puxado pelo braço e levado a um beco, sendo pressionado na parede. - Quem é v-!

   - Shhh - Diz uma pessoa encapuzada.

   A pessoa levanta com seus dois dedos um papel dobrado e põe delicadamente no bolso da calça de Joui.

   - Joui?! - Eles escutam uma voz se aproximando.

   A pessoa misteriosa sai correndo e desaparece antes que Cesar chegue.

   - O que está fazendo aqui?

   Joui o encara, depois olha para o fundo do beco, não havia mais ninguém ali.

   - Você tá bem? Podemos sair daqui se estiver se sentindo mal.

   - Ah, claro. Ótima ideia, vamos.

   Joui sai seguidamente do Cesar, que dá uma segunda olhada para trás.

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Ei! Peço perdão pelo capítulo curto🙌 Juro que pensei em escrever mais coisa, mas ficará melhor num capítulo separado.

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Injustiçados [Joesar]Onde histórias criam vida. Descubra agora