Capítulo 4

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— Diga tudo o que aconteceu sem pular nenhum ponto e nem uma vírgula - Cesar puxa uma cadeira e se senta com o encosto ao contrário.

   — Não tem muito o que contar... — Disse um homem largado na cadeira, com cabelos um pouco ondulados até o pescoço, barba e bigodes bem curtos e ralos, um rosto carismático e visíveis queimaduras pelo corpo. — Tava indo buscar armamentos quando ouvi conversinha lá de baixo, desci com a rapaziada que estava perto de mim, quando chegamos lá estava Joui agarrado em alguém coberto e ambos sumiram que nem pó.

   — Só? Simplesmente assim? Ele foge na maior facilidade? — Cesar diz indignado.

   — Não é como se pudéssemos ter feito algo, a única pessoa que poderia ter feito algo é a Ivete com aquela arma foda, mas ela tava na torre.

   — Bom, se é só isso que você tem a dizer então pode ir — Ele estende o braço e o direciona para a saída. — Obrigado Tristan.

   Tristan vai em direção à saída e bate na mão de Cesar, embora não fosse esse o motivo da mão estar estendida.
    Não demora muito para Arthur entrar logo em seguida a pedido de Cesar.

   — O que rolou? — Arthur puxava uma cadeira para mais perto do Cesar.

   — Te contarei algo, mas você deve manter segredo — Sussurra.

   Arthur acena com a cabeça, e se aproxima ainda mais para ouvir.
    — Sei que pode parecer loucura mas... — Cesar olha para a janela da pequena sala vendo se não havia ninguém passando. — Acho que temos um infiltrado.

   Arthur arregala os olhos, e segurando os ombros de Cesar ele se impulsiona para frente.

   — Quê? Tá falando sério?

   — Isso fica entre a gente okay?

   Arthur fecha a boca com um zíper imaginário e faz um "okay".

   — Hey vocês dois! — Ivete aparece na porta. — Por eu ter ganhado nesse jogo de vocês liberei bebida pra todo mundo, vão ir?

   — Claro, pode deixar — Arthur manda um beijo.

   Ivete vendo os dois visivelmente tensos, vai até eles e dá um beijo na testa de cada.

   — É bom relaxar de vez em quando — E ela sai da sala.

   — É, acho melhor eu ir — Arthur vai em direção à porta. — Você vem?

   — Não obrigado — Cesar faz um gesto para que ele saia. — Preciso de um tempo para reorganizar minha mente.

   — Boa sorte com isso — E Arthur sai logo em seguida.

   Alguns minutos de silêncio Cesar começa a caminhar de um lado para o outro, não se sabe por quanto tempo, mas foi o suficiente para que ele visse uma carta na frente da porta, e abrindo para ver quem havia deixado, se decepciona ao não encontrar ninguém pelos corredores.
   Fechando a porta novamente agora com uma carta em mãos, com o selo de um lugar familiar, o povo vizinho — Conhecido por ser uma cidade neutra, Castfor—. Abrindo a carta estava um convite:

   "Fala ae meu querido quanto tempo.
   Esse é um convite para a festa das máscaras en Castfor

(obrigatório as máscaras por sinal).

   Virá gente de todos os cantos, então peço para que mantenha a postura na festa mesmo que encontre algum inimigo seu, como já sabe a guerra aqui é proibida.

   Obs: Não levar armas e nada que ameace a vida de alguém. (Copos de vidro contam desde que você decidiu tacar uma em um dos convidados).

   Daqui a 3 dias, as 18:00 no castelo.

Injustiçados [Joesar]Onde histórias criam vida. Descubra agora