Capítulo 7

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Kirishima.


Voltamos para casa algumas horas depois.

Katsuki voltou para a própria casa que dividia com mais uma omega e ficamos apenas Denki, Mina e eu em casa.

— Tá, mas você não falou como foi o calor com Katsuki. – disse Denki.

Ser dominante implicava em muita coisa com meus instintos, como por exemplo o cio.

Eu não tenho problemas de falar como é o cio e nem sobre como o ômega com quem eu passei se comportou, a não ser que o ômega em questão seja o Katsuki.

Meu alfa interior simplesmente se revoltava com a ideia de falar sobre como ele se comportou - mesmo que eu me lembre pouco - ou mesmo como eu me senti com ele.

Katsuki era minha paixonite de infância, uma coisa boba que deveria ter passado com todos esses anos, e em parte passou.

Durante os primeiros anos meu peito apertava com a saudade, mas à medida que eu fui me ocupando, o sentimento foi sumindo, ou foi o que eu pensei.

Quando encontrei com ele, o sentimento me atingiu com força total.

Todos esses anos desejando que fossemos compatíveis e meu alfa interior reconhecesse que ele era o ômega ideal para mim, - mas nunca aconteceu - apenas para que agora eu encontre ele e me sinta vazio por não conseguir falar para ele como me sinto.

E então voltamos aos instintos, aqueles que me obrigam a ir até ele e o foder de novo e de novo, mesmo que nenhum de nós esteja no cio.

Instintos que me mandam meter fundo nele até que ele fique com as pernas bambas e admita que precisa de mim ou que me quer para sempre.

Instintos que só vão se acalmar depois que meu alfa interior entender que o cio havia acabado.

Os mesmos instintos que na piscina gritavam para que eu arrastasse Katsuki para casa e o empalasse com meu pau e o marcasse como meu.

Esses mesmos instintos agora diziam que Denki - meu melhor amigo, Denki - era um inimigo em potencial que queria o meu ômega. Apenas os calei e voltei a prestar atenção em Denki.

— Eu sempre quis saber como é sentir o calor. Eu posso já ter passado o calor de ômegas e alfas com eles, mas queria saber como é sentir na pele. – disse Denki.

— Vai por mim, quer não. – falei e Mina riu.

— Desenvolva. – disse ele.

— Para nós Ômegas, é um saco depender de Alfas para nos satisfazer. – diz Mina – Nos sentimos quentes e incomodados porquê nosso corpo decidiu que somos aptos a ter filhotes.

— Mas é melhor do que não poder ter uma marca. – diz Denki.

— Mas Betas podem ter marcas. – respondi.

— Não seria a mesma coisa.

— Ah Denki, nem todo ômega deseja uma Marca. A marca muitas vezes faz o alfa ficar mais agressivo com o ômega. O Alfa começa a achar que o ômega nada mais é do que uma encubadora.

— Eu já vi acontecer. – complementei.

— Mas isso é só quando o casal passa por alguma situação traumática. – diz Denki.

— Tá, mas pensa bem. Uma marca faz com que o alfa sinta muitas coisas que o ômega também sente. – digo – É invasivo e um pouco constrangedor, principalmente se a marca foi feita durante o cio quando o casal não é apaixonado, apenas parceiros de calor.

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