Capítulo 33

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Capítulo 33

Denki

Eu sinceramente devo estar muito apegado a ele, o que é ridículo, eu conheço ele tem quanto tempo? Um mês? Saímos duas vezes. Três se considerar o dia em que nos conhecemos. Quatro se considerar minha ida no hospital um encontro.

O fato é que de novo estou no hospital e estou um pouco nervoso.

Respiro fundo e entro pela cozinha.

Ouço a voz dele, o que pode ser bom, ou eu espero que seja.

Quando apareço em frente o negócio que serve comida, ele estava com um menino no colo, conversando com ele.

— Shinso?

Ele virou para mim.

— Denki? Oi, é... Você tem jeito com crianças?

[...]

Hitoshi

Eu estava em um dia estressante, teve um acidente de carro com alguns universitários bêbados e uma família.

Logo que soube, fui procurando o Denki, o Eijiro ou até o Katsuki no meio dos pacientes que estavam chegando.

Mas fiquei tranquilo quando não achei nenhum deles.

A emergência estava um caos.

Eu estava dando pontos em um dos universitários bêbados que estava desacordado e só tinha se cortado um pouco.

As portas são abertas de repente e a pessoa na maca parecia ter sido passada no moedor de carne.

Em cima dele tinha uma criança chorando com um pouco de sangue escorrendo pela cabeça.

— Hitoshi, preciso da sua ajuda aqui. – falou uma das enfermeiras.

Corri até lá.

— Esse menino não quer largar o pai, e a gente precisa levar ele para a cirurgia agora.

O menino era negro com olhos bem escuros e parecia não ter mais do que seis anos.

Me aproximei e toquei no ombro dele.

— Esse é seu pai? – perguntei.

Ele acenou que sim.

— Ele precisa ser cuidado pelo médico, que tal se eu comprasse alguma coisa pra você comer.

Ele balançou a cabeça que não e abraçou o pai.

— E se a gente for procurar sua mãe?

Ele olhou para mim e estendeu os braços.

Peguei ele no colo e levaram o pai dele, ele viu que o pai estava se afastando e tentou se soltar, mas segurei ele e levei para o médico examinar a cabeça dele.

Não tinha nada de grave, só um machucado de leve, ele fez um curativo no menino e deu um pirulito. Eu ia levantar mas ele se agarrou em mim.

— Eu preciso trabalhar.

Ele nem se moveu.

Segurei ele e abaixei.

— Qual o seu nome, carinha? – perguntei.

— Noah. – falou bem baixinho.

— Noah, pode falar para mim o que aconteceu?

— O papai estava me levando pra casa depois da festa do Doug. A gente viu uma luz forte e o papai virou o volante bem rápido. Eu não vi muito bem, mas quando olhei pra fora do carro, o papai estava embaixo do outro carro.

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