Capítulo 27

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Hitoshi


Ele tinha colocado um filme qualquer, mas eu não estava prestando atenção.

Eu estava tenso, Denki havia deitado na cama... E eu também.

Era uma situação desconcertante, tudo o que eu conseguia pensar era: "fica calmo, fica calmo, vai dar tudo certo, tá tudo bem até agora."

Denki e eu já tínhamos terminado o Doritos, ele tinha pego um refrigerante lá embaixo e agora a gente dividia.

Meu pulso estava acelerado e eu nem sabia o motivo, eu só estava muito nervoso.

Ouvimos uma batida na porta e Denki levantou e abriu.

— A Mina tá indo embora. – falou Katsuki na porta.

— Ah, vou lá me despedir dela. Mas e você? Vai dormir aqui?

Katsuki abriu um sorriso malicioso.

— Vou.

— Para de torturar o Eiji.

Eu não entendi, mas tudo bem.

— Quer que eu pause o filme? – perguntei.

— Não, pode ir assistindo, eu volto rápido. – disse e saiu.

Denki

Acompanhei Katsuki até lá embaixo.

— Sério Denki? Pensei que ouviria gemidos, a cama rangendo... Mas você leva um alfa pro quarto pra ficar assistindo filme. Francamente. – diz ele fingindo decepção.

— Ah para né, eu chamei ele pra jogar, não pra transar.

— Mas você quer? – pergunta ele debochado.

— Eu não sei, é um fato que ele está gostoso, mas não vou me jogar no cara.

— Relaxa Denki, dar pra ele não vai fazer ele sumir.

A gente chegou na sala e eu me despedi da Mina, mas pensei no que Katsuki disse.

Ele tem razão, se o cara me ligou depois do que aconteceu no hospital, não vai fazer diferença. Se ele sumir, paciência.

Hitoshi

Denki abriu a porta e entrou, ele sorriu para mim entrando na frente da TV.

Denki veio na direção da cama, eu pensei que ele iria sentar do meu lado, mas ele passou as pernas por cima da minha cintura e sentou no meu colo.

— O que você-

Ele me beijou antes que eu pudesse completar a frase.

Os lábios dele encostaram no meu, eu já tinha beijado ele antes, mas sentia como se fosse a primeira vez.

Foi só um selinho, mas já sentia o calor subindo pelo meu peito.

Eu me inclinei para frente, separei nossos lábios e olhei para ele.

Ele não disse nada e eu não sabia o que dizer, ele era tão lindo e embaralhava minha mente.

Voltei a beijar ele, ele abriu a boca para o beijo e eu senti o valor dele invadindo minha boca, era tão confortável e tão quente.

Ele suspirou e agarrou a frente da minha camisa.

Eu não sei se devia chegar tão longe, mas vou aproveitar por enquanto.

Segurei a nuca dele, o corpo dele estava relaxado sobre mim, e eu não acreditei quando ele começou a movimentar o quadril.

Eu chiei e segurei a cintura dele, me afastando para aprofundar mais o beijo.

As mãos dele começaram a invadir minha blusa e eu segurei suas mãos.

Parei o beijo e olhei nos olhos dele.

Ambos estávamos ofegantes.

— O que foi? – perguntou ele

— Eu... Você... Não precisa fazer isso.

Ele sorriu calmo.

— Mas eu quero.

Eu neguei e ele encostou a testa na minha.

— Eu não quero apressar as coisas. – falei quase sussurrando – Nunca sei como agir depois do sexo, e nunca tive um encontro que chegasse a isso.

— Tá com medo. – ele disse passando os dedos pela minha testa.

— Tô, eu não quero fazer nada errado, nem forçar nada. Faz pouco tempo que a gente se conhece, mas eu gosto de você. Você é divertido, é bonito, tem uma bunda gostosa – falei fazendo ele rir – e não liga pro meu jeito antisocial, nem pra minha pouca experiência em encontros.

— E acho você gostoso.

Eu ri da fala dele.

— Olha, eu acho fofo você se preocupar, mas eu vou continuar a mesma pessoa se você me comer ou não. E eu também gostei de você, por mais que eu pensasse que me envolveria com um ômega.

Eu sorri para ele.

— Quebrei suas expectativas.

— É.

O filme estava acabando e tinha uma música no fundo, um piano suave.

— Você quer ir com calma? – ele perguntou para mim.

— Quero. Se você quiser.

— Então tá. – disse ele se esticando mas ainda sentado em cima de mim.

— Mas eu posso provocar né? – perguntou ele me fazendo rir.

— Pode. Na verdade, deve.

Eu me sentei e ele voltou a me beijar.

— Nesse caso, acho que alguém vai ficar com bolas azuis.

Ele beijou meu pescoço e mexeu o quadril de novo.

Eu rosnei sem querer e ele gemeu.

Segurei a cintura dele com mais força.

Era tão bom ouvir ele gemer.

— É melhor eu ir. – falei para ele.

— Mas já?

Eu ri.

— Se eu ficar, você vai gemer muito mais alto.

Ele mordeu o lábio inferior e retraiu as coxas, me apertando no processo, fazendo com que eu sinta a força dele.

— E se eu quiser isso.

— Então eu não vou ser o único de bolas azuis.

Ele riu encostando a cabeça no meu peito e depois saindo de cima de mim.

Ele ficou em pé do lado da cama e olhou para meu pau marcado na calça.

— Vai sair assim?

— Vou.

Ele arregalou os olhos.

— Sério?

— Não vão me ver, provavelmente vão estar entretidos um no outro. Não julgo, os dois são muito bonitos.

Denki me acompanhou até a porta, e como eu disse, eles estavam se beijando no sofá, nem perceberam como eu estava, só deram um "Tchau" e voltaram a se beijar.

O Uber já me esperava lá fora.

— Manda mensagem. – falou ele.

— Mando.

Ele chegou perto e me deu mais um beijo.

— Até a próxima.

DominanteOnde histórias criam vida. Descubra agora