Capítulo 14

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Katsuki


Eu estava bem apreensivo, afinal, Eijiro é alfa dominante, e se machucar alguém? Ou pior, e se ele SE machucar?

Saí do Uber depois de ver a mensagem da Ura falando que já tinha chegado em casa e que a Toga estava com ela.

Mina tinha me passado um endereço que eu não conhecia, mas assim que saí pude ver a confusão no restaurante em que o Uber parou.

Eijiro estava com a pele diferente, talvez fosse a característica de dominante dele.

Era muito comum que ao perder o controle do alfa ou ômega interior, os dominantes sempre mostrar uma característica única e bem peculiar.

Ao que parece a pele do Eijiro sofreu uma mudança drástica.

Entrei no restaurante sem nem notar a decoração.

Eu tinha medo.

Medo do alfa que eu conheci não voltar mais, medo de ele ter machucado alguém.

A primeira coisa que senti foi os feromônios dele, estavam amargos e raivosos como nunca vi antes, depois notei a presença que era ameaçadora e expansiva.

Ouvi ele rosnando alto e ouvi quando ele soltou o que poderia ser um rugido.

Respirei fundo liberando meus feromônios.

Ele olhou para mim.

— O que faz aqui Ômega?

Senti minha pele arrepiar com o tom duro e grave daquela voz.

— O que aconteceu Alfa?

Ele voltou a atenção para o outro alfa à sua frente que exibia alguns arranhões e um olho roxo.

— Você é uma puta! Mandou ele pra me pegar. – falou o alfa machucado e Eijiro rosnou novamente indo para cima dele.

Me coloquei na frente, mesmo que o puto merecesse, eu ainda não queria que Eijiro tivesse em suas mãos a culpa de um crime.

— Sai da frente Katsuki.

Eu quase obedeci, mas antes que o fizesse, me joguei para abraçar Eijiro sentindo seus braços oscilando pendurados pelos seus ombros.

Sua pele era dura como pedra e ele parecia estar duas vezes maior do que eu.

Senti os braços dele se fechando ao meu redor com um bufo profundo.

— Eu preciso de você alfa. – falei soltando mais feromônios sabendo que apenas as necessidades de um ômega fazia o alfa recuar em uma briga.

A pele de Eijiro começou a voltar ao normal, mas ainda tinha alguns rosnados e bufos escapando da garganta dele.

Ele foi aos poucos relaxando e senti a presença dele oscilando, os feromônios diminuindo e a respiração dele bateu contra o topo da minha cabeça logo antes da mão dele passar pela minha cabeça puxando suavemente os fios para trás.

— O que aconteceu? – perguntei para ele.

— Me recuso a repetir o que o filho da puta disse. – falou ele esbravejando.

— Eiji, tá tudo bem? – perguntei quando pensei que ele tinha se recuperado o suficiente.

— Acho que sim.

Todos que estavam no restaurante relaxaram um pouco e os funcionários começaram a arrumar o lugar enquanto eu e Eijiro eramos chamados pelo responsável do lugar.

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