☆Capítulo 14☆

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Augusto

           Enquanto ela trabalhava na casa e fazia a minha comida eu falava com o Afonso pelo celular, tinha que saber o que estava acontecendo na empresa, ele me passou os relatórios das vendas a planta da nova filial que pretendo construir, soube que o meu tio ligou na empresa atrás de mim, mas ignorei a informação, ele não vai mais conseguir me irritar.

Agora essa puta desaforada consegue, apesar de estar de bom humor, não deixei passar os seus gritos e nem mesmo a hora em que ela veio para cima de mim, soquei seu estomago para que ela entendesse de uma vez que eu mando nessa porra, a levei para o quarto arrastada e tranquei ela dentro do quarto, hoje ela não vai comer e nem beber.

Vou para a cozinha esquentar a minha janta, tenho que ser sincero a comida que ela fez estava muito boa, mas nem por isso vou ser bonzinho com essa puta, que acho que me engana, com a sua conversa fiada que nunca saiu com nenhum cliente.

Depois de jantar deixo tudo para que ela limpe no outro dia, vou para o meu quarto, mas antes vou até a porta do seu, consigo ouvir o seu choro, se ela pudesse imaginar que chorando não vai adiantar nada, talvez para-se, volto para o meu quarto tomo um banho, me visto e tomo o meu remédio, não quero que ela escute os meus gritos a noite, me deito e logo durmo.

Maria Eduarda

Dor e o que sinto nesse momento, tive que puxar o ar muitas vezes, esse monstro não teve compaixão me arrastou escada acima me jogou dentro do quarto trancou a porta, fiquei no chão por um tempo sem conseguir me mexer, conforme fui me sentindo melhor me levantei, fui para o banheiro, quando me olhei no espelho não me reconheci, estava um trapo, suja, não conseguir controlar as lágrimas, segurei firme na bancada gritei, gritei de ódio e raiva, depois mais calma tirei a roupa, a marca está bem vermelha, coloquei a mão ainda está bem sensível.

Entrei no box liguei o chuveiro deixei que a água tentasse levar a dor, passei o sabonete pelo meu corpo, lavei o meu cabelo, mas não conseguir tocar no estômago, aproveitei para lavar a minha calcinha e o sutiã já que só tinha eles.
Depois de limpa, me enrolei na toalha, me sentei na cama não tinha roupa aqui, então sequei cabelo é me deitei, escutei seus passos no corredor, rezei para que ele me deixasse em paz, não queria de maneira alguma olhar na sua cara.

Me virei para o canto e voltei a chorar, sentir fome e sede, eu sabia que ele não ia me dá comida, foi ai que me lembrei das vezes que tive que dormir com fome quando morava com a minha avó, e no tempo que vivi nas ruas, a dor no meu peito pelas lembras me fizeram chorar mas alto.
Não me importei se ele ouvisse, que ele se fodesse, não me importo com o que ele passa de mim.
Respirei fundo, me cobrir com o lençol e continuei por um tempo olhando para o nada, não acendi as luzes deixei da janela tomasse o ambiente, foi assim que dormi.

___ acorda, tem que fazer o meu café ___fala ele gritando.
Me virei e olhou para aquele monstro na minha frente, respirei fundo e falei.
___ preciso de uma roupa, as que estava usando ontem estão suja.
Ele não responde, se vira e sai do quarto, alguns segundos se passaram ele volta, com uma calça de moletom e uma camiseta, joga em cima de mim.
___ tem dois minutos para se vestir , estou esperando.
___ preciso que saia para que me vista.
___ não existe nada em você que já não tenha visto, para de conversa e ande logo porra, não me irrite logo pela manhã.
Me enrolei no lençol peguei a roupa e fui para o banheiro, a minha calcinha tinha secado mas o sutiã ainda não.
Fiz minha higiene, prendi o meu cabelo é sai do banheiro, ele continuava no mesmo lugar, pegou pelo meu braço e saiu me puxando escada baixo, quando parou foi para colocar novamente a corrente no meu tornozelo.
___ vá fazer o meu café, e não demore.
Sai da sala, e fui para cozinha, fiz o café, esquentei o leite, peguei os frios na geladeira, e o saco de pão no armário levei tudo para a mesa, arrumei, e fui para a sala e chamei ele.
Ele me olhou, se levantou e veio para a mesa, eu estava com muita fome, mas voltei para a cozinha, comecei a limpar a bagunça deixada por ele, se passaram quase 30 minutos e ele entra.
___ pode tomar café com o resto que sobrou, quero um almoço melhor do que fez ontem, se fosse para comer aquela comida horrível eu mesmo teria feito.
Segurei firme na pia, olhei para dentro dela tinha uma faca, fui arrastando a minha mão e segurei firme no cabo.
___ eu falei com você porro me responda--- grita ele.
Não respondi me virei e parti para cima dele, que se arquivou, segurou firme o meu braço e tirou a faca de mim.
___ vou te mostrar do que sou capaz quando me desobedece e ainda tentam me matar sua cadela do inferno.
Ele segurou os meu cabelos com força, foi me arrastando, tirou a corrente, me levou escada a cima, abriu a porta do quarto, me prendeu na cama, arrancou a camiseta, tirou o cinto de sua calça e começou a bater, bater, não adiantou eu gritar e pedir para que ele parece, ele não me ouvia, não sei por quanto tempo ele continuo porque a minha visão e a dor sumiram.

Acordei ainda estava amarrada, olhei para o meu corpo, o meu peito, minha barriga estavam sagrando tinha marca por vários lugares, tentei me soltar mas não conseguir, sentia tanta dor até respirar doía, foi quando ele falou.
___ Da próxima vez que eu falar você obedece, parei porque desmaiou, mas não vou parar se me tornar me irritar ou me desobedece fui claro.
___ Sim.
___ Vou desamarra-la se limpe e dessa, a casa precisa ser limpa e o meu almoço feito.
Não respondi, assim que ele me desamarrou, vi que tinha outra blusa na cama, ele se virou e saiu, fui para o banheiro me arrastando, passei a toalha molhada onde estava sangrando, doía, doía muito, segurei o choro, depois que me limpei coloquei a camiseta e me apoiando nas paredes sai do quarto, não conseguia ficar reta, cheguei na escada, segurei firme no corrimão e desci degrau por degrau, quando cheguei no último ele apareceu se abaixou colocou novamente a corrente e saiu pela porta da frente.

Fiquei por um tempo olhando a porta se fechar, fui para a cozinha, a fome tinha passado, a dor tomou o seu lugar, com muita dificuldade conseguir fazer tudo, coloquei a mesa, ele entrou pela porta se sentou e começou a comer sem dizer nada.
___ Já fiz tudo posso voltar para o quarto ___pergunto com medo da sua resposta.
Ele não disse nada, se levantou tirou a corrente e voltou a se sentar na mesa nem olhou para mim, sai da sala, subi as escadas como desci, cheguei no quarto tirei a camiseta que estava manchada de sague peguei outra toalha molhei e passei, mesmo sendo devagar estava muito sensível.

Olhei no armário do banheiro por algo que pudesse usar, achei uma pomada e gases, passei a pomada e coloquei os gases para que a pomada ficasse no lugar, visto novamente a camiseta fui até a cama e me deitei de barriga para cima, era o único jeito que poderia me deitar, a dor aos poucos foi desaparecendo, dormi assim.

(¯'♥'¯)..♥𝕽𝖔𝖘𝖆 𝖓𝖊𝖌𝖗𝖆 & 𝕸𝖆𝖗𝖎𝖆 𝕲𝖗𝖆𝖈𝖆𝖘♥..(¯'♥'¯)

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