Maria Eduarda
Como imaginei ele não voltou, fiquei o dia todo sozinha, ja que o período que ele ficou nem conta.
Sem poder sair, já que ele não permite e as correntes não chegam até lá fora, o que me resta e só ficar ouvindo os sons que vinham do lado de fora, a cada barulho que ouvia eu ficava imaginava que poderia ser ele que estava de volta.
Passei o dia desse jeito com medo dele voltar e está pior do que quando saiu, almocei, limpei a cozinha, voltei para a sala e novamente fiquei sem fazer nada, a tarde também passou lenta, e a noite finalmente chegou, sem ter como tomar banho, só me restava jantar sozinha e dormi.
A escuridão da noite trouxe junto os pequenos barulhos, pássaros, bichos que eu não sabia o que era, nem mesmo pelos sons que fazia eu poderia imaginar qual eram.
Me ajeitei no sofá, pequei a pequena manta e me cobrir, tentei dormir de qualquer jeito, mas estava com muito medo, isso me fez lembrar do tempo em que passei nas ruas, sempre ficava praticamente acordada a noite toda com medo das outras pessoas que viviam como eu, pois cada barulho que escutava me assustava.
Era assim que passava as noites, dormia e acordada, não foi diferente aqui, o mesmo medo que sempre me assombrou parecia está mais vivo do que nunca, a escuridão desse lugar era horrível, não se via nada do lado de fora, me sentia sendo vigiada, a cada movimento que fazia no sofá, sentia que olhos me observava, mas mesmo tentando ver algo lá fora, a escuridão era muito densa e impossibilitava a minha visão.
Levantei-me na manhã seguinte, olhei para os lados e para a porta que continuava fechada, isso significava que ele realmente não voltou ou que ninguem entrou enquanto cochilei.
Mesmo toda dolorida por ter tentado dormir nesse sofá duro e por não ter dormido de verdade, me levantei tinha que ir atras de fazer a minha higiene, mesmo estando no andar de baixo.
Parei enfrente a escada, olhei para cima, todas as minhas coisas estão tudo no andar de cima, as correntes não vão chegar até o meu quarto, paro e olho ao redor, penso onde eu poderia achar pelo menos uma escova de dente, sei que na sala não vou encontrar nenhuma.
Descido ir procurar dentro do armário da cozinha, depois de procurar muito consigo encontrar uma escova e uma pasta ainda fechadas, isso me deixa muito alegre, posso ficar sem tomar banho, mas sem escovar os meus dentes eu não fico, só queria saber o porquê ele ter deixado isso aqui embaixo, ja que tudo sobre higiênico fica tudo nos armários dos banheiros.
O mostro sempre pensa em tudo, acho que ele deve ter adivinhado que passaria o dia fora, e que não queria chegar e me encontrar com a boca suja, se ele pensou isso pensou erado, ja que estou sem tomar banho e pensando bem posso usar isso quando ele voltar se ele tentar se aproximar de mim.
Despois de escovar os meus dentes, resolvi fazer um pequeno café, algo me dizia que seria apenas eu em mais um dia, então não precisava fazer nada tão sofisticado, o mostro com certeza não iria chegar tão cedo, mesmo assim irei fazer o seu almoço, não sei se ele volta hoje.
Passei novamente sozinha, limpei toda a casa para o tempo passar, ja que não tinha nada para fazer, almocei, jantei, e mais uma vez a escuridão tomou conta do lugar, hoje ja estava um pouco mais calma então conseguir dormir um pouco mais que ontem.
Quando acordei, o sol ja estava bem quente, ja que hoje era o terceiro dia em que eu não tinha tomado banho, resolvi, tomar um banho de balde, tirei toda a minha roupa e coloquei para lavar como ele não estava em casa, fiquei enrolada na manta até que as minhas roupas secassem, assim não me sentir tão suja como estava.
Fiz tudo novamente, café, almoço e limpei novamente a casa, mesmo ela não estando suja, depois que almocei, as minhas roupas ja tinham secado, as coloquei, e novamente fui ficar no sofá.
Daniel.
Fiquei sabendo que os acionista estavam pressionando o meu querido sobrinho e por esse motivo o mesmo voltou, desse vez coloquei alguem de olho nele, onde quer que ele vá eu vou ficar sabendo, tenho que achar uma oportunidade para conseguir acabar com ele de uma vez, tenho que recuperar tudo que e meu, se o meu irmão não se importava como eu vivia então sempre se deu o dinheiro que eu precisava sem questionar para que eu iria usar, agora estou num cubículo que mal cabe a minha cama, comendo comida em latada, sem ter dinheiro para gastar como bem quero.
Não vou viver assim esse valor que ele me paga não dá para nada e uma verdadeira miséria, nem mesmo para sair com os meus amigos e tomar uma bebida descente o valor da, nunca passei por isso desdo momento em que o meu irmão me acolheu, esqueceu o meu passado e não ligou para o que eu sempre fui, me aceitou como eu sempre fui, não vou passar necessidade por causa desse pirralhão do inferno.
Se não fosse a mãe maldita que eu tive hoje esse meu sobrinho não teria nada, e por isso que eu odeio as duas mulheres que passaram em minha vida a minha mãe que não me contou que o meu pai era rico e a mulher que eu amei tanto, que me trocou pelo meu irmão rico.
Duas mulheres que me destruíram e eu farei tudo para conseguir o que é meu por direito nem que para isso eu tenha que voltar a matar, não vou me importar em tirar qualquer um da minha vida que me atrapalhar o meu destino. Quando souber onde aquele maldito se esconde, darei logo o fim nele, e nem mesmo o grande amigo dele, filho de uma pessoa poderosa irá me impedir, e mesmo que tenho que fazer com o filho dele o mesmo que farei com o meu sobrinho não estou me importando.
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VIDA ROUBADA
RomanceAugusto Eu serei o seu único dono, ela será somente minha e demais ninguém" Maria Eduarda Sou dona de mim, ele pode tentar mais jamais terá o meu coração ou minha alma"