2 dia parte 4- O termino.

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Bulma fazia uma laçada simples em seu calçado de cano alto perdendo a conta de quantas vezes havia passado o dorso da mão para secar as lágrimas que não a deixava esquecer que dentro dela existia dor.

Ela se levantou olhando para os lados para ver se não estava esquecendo nada, mas aí lembrou que pouco se importava se esqueceria ou não, se tudo que pertencia a ela cabia apenas numa mala e uma mochila velha de couro. Suspirou e pegou na cômoda o bilhete que tinha escrito para Vegeta, não que ele merecesse alguma explicação, ela tentava repetir isso em sua mente a fim de convencer a si mesma que estava fazendo o certo. Bulma se virou e jogou o bilhete no meio da cama e pegou sua mochila e sua mala e começou a sair do quarto tentando inutilmente se manter centrada, coisa que falava miseravelmente.

Bulma não olhou para trás quando fechou a porta do quarto, ela apenas começou a andar devagar rezando a tudo que era santo e aos anjos para que Dona Rafaella estivesse ocupada nos fundos da casa e não a visse sair.

De um em um degrau ela foi descendo olhando com atenção em direção a cozinha escutando apenas o som da música que vinha do velho rádio com Dona Rafaella fazendo uma espécie de dueto. Com muito cuidado, ela chegou no último degrau esticando o pescoço andando com as pontas dos pés em direção a saída. Quando seus pés cruzaram a soleira ela se permitiu olhar uma pequena parte do corpo de dona Rafaella que parecia no vão do arco que separa a sala da cozinha, e esboçando um sorriso triste, lamentou por ter que ser daquela maneira que se lembraria da doce senhora.

Bulma se virou e olhou a paisagem daquele lindo lugar e internamente não queria nunca mais sair daquela cidade. Suspirou e começou a descer a longa escadaria de pedras que dava para rua de terra batida. Fechando o portão atrás dela Bulma ficou pensando em qual direção seguir... Se fosse em direção a cidade corria o risco de encontrar Vegeta voltando, e para o outro lado ela não fazia ideia de onde iria dar, mas seria mais atrativo do que ter que olhar para os olhos de Vegeta e simplesmente não conseguir dizer adeus.

Bulma se virou olhando a casa tão charmosa que a abrigou e começou a se encaminhar para o desconhecido.

...

Vegeta tirava do seu bolso a carteira pegando seu cartão para pagar o serviço e a compra de um step quando sentiu uma sensação esquisita apertar seu coração. Ele franziu o cenho finalizando a digitação da senha e engoliu a saliva pesadamente recolhendo o cartão o guardado. Ele se virou e tombou a cabeça de um lado para o outro, estalando a região numa tentativa de se livrar daquele estranho sentimento. —Podemos ir senhor Jonas. Ele passava pelo homem que estava sentado tomando um café morno o aguardando.

—Claro... Se quiser podemos levar seu carro ainda no meu guincho.

—De forma alguma eu vou te seguir com meu bebê aqui, chegando lá acertamos todo seu bom trabalho e minha hospedagem com a Bulma. Ele falava saindo para parte de fora olhando para o alto tendo a visão da casa da qual estavam hospedados... "Bulma" Ele pensou com ansiedade em poder vê-la logo...

Vegeta deu a volta entrando em seu bebê sentindo a deliciosa sensação do couro do volante em seus dedos e não podia negar que estava satisfeito em poder dirigi-lo novamente.

...

Dona Rafaella estranhava a demora da jovem em descer para o almoço e saiu da cozinha com a intenção de subir para o andar de cima e ver se a moça tinha dormido, quando escutou o som da voz de seu filho e do senhor Vegeta que a fez recuar a perna não iniciando a subida. —Ahhh já voltaram, deu tudo certo então com o carro do senhor?

—Deu sim senhora... Vegeta entrava na casa buscando com seu olhar achar Bulma... —Onde está Bulma Senhora?

—Eu já estava indo ver o que aconteceu com ela, pois ela foi atender o celular e não voltou mais. Ela falava vendo Vegeta olhar para o alto da escada. —Se o senhor puder chamá-la para almoçar, acredito que estejam com fome.

O Casamento do meu melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora